A mascara caia a cada ato

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Depois da descoberta da gravidez Ana sempre se sentia mal e vomitava muito e perdia peso a cada dia que passava, e agora grávida numa terra onde não tinha amigos, família, nada.
Ana era agora obrigada a frequentar a igreja do seu marido e odiava aquilo e sabia que não teria argumentos nem forças pra se quer dizer que não iria com ele.
Era uma igreja cheia de falsos valores como a que cresceu sendo obrigada a ir,era constantemente julgada e reprovada por aquelas pessoas que se alto denominavam melhores do que ela,e sofria muito com as comparações do seu marido com aquelas moças membros da igreja, era como sua mãe fazia e isso só desencadeava lembranças ruins de sua infância em que Ana era sempre obrigada a seguir ao pé da linha cada letra ditada por sua mãe, as vezes Ana ia pra aula de educação física na quadra da escola e era obrigada a correr com aquelas saias horrorosas enquanto suas coleguinhas estavam vestidas com roupas de esporte,era sempre zombada pelos colegas, Ana tinha uma vontade enorme de ser normal de usar uma bela calça ou roupas normais como suas amiguinhas mas era sempre obrigada a se vestir como uma membra da família Addams.
  Ela imaginou que saindo da casa da sua mãe a vida seria outra e aos poucos se dava conta que a realidade não era esse conto de fadas todo que ela desenhará em sua bolha de vidro.
    Dias se passaram e certa noite seu marido a chamou para conversar,e Ana só temia pelo pior.
   _ Ana eu não quero esse filho e terá que tira ló,vou comprar o medicamento e você terá que toma lo.
   _ sinto muito por você mas essa Será uma coisa que nunca farei,eu dou um jeito pra criar essa criança mas mata lá nunca.
      Dias depois ele estaria diferente com Ana ,sempre ríspido,com pedras na mão para lhe acertar,já quase não se falavam mais e ele como sempre nunca ficava em casa, era viciado em jogo de sinuca e passava  a muito tempo jogando e apostando em bares com o que ele chamava  a de amigos e gora que faria isso com mais frequência. Ana chorava muito seu estado emocional ficará muito delicado principalmente devido a gravidez.
      Pouco tempo depois seu marido inventou uma história de perseguição e que corriam risco de vida e convenceu Ana que o melhor para ela era voltar pra terra dela, ele a levou até a rodoviária Ana levaria apenas um fogão e uma caixa com objetos pessoais que já lhe pertencia,e partiu sozinha naquele ônibus de volta pra sua terra Natal.
     A viagem foi uma das mais demoradas Ana estava temerosa pela vida do seu amado diante do que ele lhe disse,e tinha medo que algo de ruim lhe acontecesse.
    Ana já havia ligado e pedido a sua mãe para lhe encontrar na rodoviária da sua cidade, e logo cedo ela chegou e sua mãe estava lá a sua espera e se comprimentaram e no caminho para casa da sua mãe, sua mãe lhe disse que não poderia lhe receber em sua casa porque sua mãe não a queria por lá.
     Ana estava perplexa com a atitude da sua mãe,ela ainda disse que Ana não ficaria na rua que já teria arrumado um lugar para ela ficar o tempo que fosse necessário.
   Ana não tinha outra alternativa se não aceita as condições da mãe e foi com ela pra sua nova casa arranjada por sua mãe, era uma casa muito humilde não havia piso na casa,reboco,ou até mesmo água encanada,e ainda havia muitos lotes vazios ao lado e nos fundos da casa,lotes com muito lixo,mas Ana não tinha onde ficar e ficou por ali mesmo.
    Dias naquela casa Ana não sabia como iria sobreviver sem água e dependendo de comida que alguém lhe desse,não sabia como se virar em meio tudo aquilo,e chorava cada dia mais e se sentia cada dia pior de saúde.
    Sua mãe sempre lhe mandava uma das suas irmãs para lhe fazer companhia e algo para se alimentar, e poucas vezes aparecia por lá, Ana só sabia escrever e chorar não havia amigos para desabafar ou lhe oferecer um ombro amigo para chorar.
     Dias depois Ana conhecerá um homem mau trapido e visivelmente com problemas mentais, e aquele homem sempre lhe trazia baldes com água e alguma comida para se alimentar,todos os dias  ele chegará com Paes para o café  da manhã,e Ana era grata por isso.
    Os dias pareciam parar naquele lugar e Ana resolverá ir visitar sua mãe em sua casa, mas chegando na porta da casa ela avistou sua irmã e ela já a impediu que Ana entrasse na casa e quando Ana foi forçar a entrada a casa sua irmã lhe agrediu e saíram em luta corporal e Ana rasgou a blusa da sua irmã ali mesmo na rua ,ela temia em perder o BB mas não conseguiria apenas apanhar da sua irmã sem motivo algum naquele momento,logo vizinhos vieram e seguraram a irmã de Ana que estava totalmente fora de si,era uma pessoa extremamente violenta e louca, sua mãe tinha medo dela e Ana muito nervosa ligou para um dos seus irmãos que também já não suportava a dor de cabeça que sua irmã Catarina vinha causando a sua mãe,com uso de drogas e prostituição dentro da casa da mãe,e Ana disse a mãe que seu irmão iria vim busca lá pra internar em algum lugar pois também temiam pela saúde da mãe.
    A reação da mãe de Ana foi imediata.
   Se vocês encostarem num só fio de cabelo dela estarão mexendo comigo, ninguém vai tocar nela aqui você ouviu Ana? Ela é minha filha e você sabe não irão fazer nada pra prejudicar ela.
    Ana desligou o telefone e foi embora para sua casa horrorosa mais arrasada ainda,porque agora não restaria nenhuma dúvida do quanto sua mãe lhe odiava e idolatrava sua irmã que tanto lhe dava trabalhos.
   Isso só desencadeou mais lembranças ruins de infância,se lembrou do quanto sofreu nas mão da sua mãe devido a preferência por aquela irmã,lembrou de quantas surras sofreu injustamente.
Ana era ainda criança é um dia chegou em casa e procurou por uma de suas coleções que amava e logo percebeu que sua irmã havia jogado todos na casa da vizinha,e outra de suas coleções estava destruída também por sua irmã,seu quarto nunca poderia ficar aberto ou do contrário sua irmã destruia suas coisas,e mesmo quando Ana trancava a porta sua irmã pulava a parede do seu quarto, um dia Ana chegou em casa e o cadeado da porta do seu quarto estava com um pedacinho de ferro dentro e isso lhe impedia de abri ló  Ana foi até o trabalho da sua mãe chorando e lhe disse o que havia acontecido mas sua mãe a xingou e a mandou de volta pra casa....
   Um dia quando Ana ainda era adolescente sua mãe nervosa disse a Ana que não andasse com sua irmã Catarina porque ela não prestava,
Ana saiu e pouco tempo depois voltou e entrou em sua casa e ninguém a viu entrar para o seu quarto e se deitou e infelizmente ouviu sua mãe falar para sua irmã que não andasse na companhia de Ana porque ela era uma prostituta e que Deus ainda a daria a honra de vela lá na sala com um vestidinho branco,Ana ficou arrasada com o que acaba de ouvir da sua própria mãe e tentou por diversas vezes entender tudo aquilo.
   Odiava ter que relembrar momentos  como aqueles, mas sempre algo lhes  desencadeavam e revivia aquilo na sua mente.



ANA APENASOnde histórias criam vida. Descubra agora