Um ano de paz apenas

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A casa que Ana iria morar com seu marido era simples em um sítio imenso com muita vegetação,não tinha vizinhos em nenhum dos lados e tudo parecia ser a mais perfeita calmaria e paz, Ana estava feliz de mais pra ser verdade estava longe daquela vida que ela sempre sonhara,estava longe da irmã que destruía seus pertences e a fazia por diversas vezes ser agredida pela mãe,estava longe daquela igreja que era obrigada a seguir,e por um tempo Ana se sentia liberta.
Seu marido parecia adivinhar seus pensamentos e desejos sempre gentil e amável ,era a vida e a família que Ana pediu a Deus e que breve sonhava em constituir.
Era uma esposa dedicada e submissa Ana não dava um passo ou vestia uma roupa sem o consentimento do marido,era aquela menina criada no interior que vivia da casa pra igreja ou para a escola esse era o mundo de Ana onde todas as pessoas eram ou seria boas com ela.
Encontrou por acaso uma eis do seu marido que a chamava de termos pejorativos como se Ana fosse um bicho do mato ,bobo e chucru.
Muitas pessoas daquele lugar a viam assim como se Ana fosse pior, pelo simples fato de ter sido criada em uma cidade pequena, Ana por diversas vezes se sentia deslocada, sozinha naquela terra estranha,e chorava sozinha às escondidas em casa quando seu marido saia.
Ele quase não ficava em casa e Ana cada dia se sentia mais solitária.
Estava feliz por esta ali com a pessoa que mais amava,mas também se tornava uma pessoa melancólica a cada dia mais e mais.
Ana voltou a estudar em uma escola longe da sua casa mas era sua única alternativa ali, a escola era violenta e Ana por medo se mantinha afastada de todos sempre isolada com seu livro durante os recreios, a subida para a escola era muito cansativa pois a mesma ficava no topo de uma rua bem íngreme,logo começaram os ciúmes por parte do seu marido e ir a escola estava ficando cada dia mais difícil, ele também estudava em outra escola é um dia Ana descobriu em uma de suas calças um bilhetinho com o nome e o num de uma mulher com que Ana dias depois descobrirá que seu marido estaria tendo um caso,ela chorava e perguntava a ele porque isso,, mas ele afirmava que não teria tido nada sério com aquela pessoa e que a amava de mais e o perdoasse por ter cometido um erro tão grande com ela, Ana amava de mais e por mais que estivesse sofrendo o perdoou ela não poderia viver sem ele.
A vida de Ana girava em torno daquele homem e não existia nada nem ninguém que a separaria dele, ela tinha planos de constituir uma família diferente da que ela fora criada.
Ia todos os sábados com seu marido a feira trabalhar com ele ,e vendiam e trocavam objetos usados.
A solidão ainda a consumia pois ficava muito só em casa,poucos eram os momentos que seu marido ficava em casa ,Ana não entendia porque ele ficava tanto na rua se não tinha um emprego fixo fora de casa,aos poucos Ana foi percebendo que ele não gostava muito de trabalho pesado ,e logo ela perceberia que na verdade ele não gostava mesmo de trabalhar.
Por isso levava a vida de forma mais condizente com suas vontade,mas não faltava nada com relação a alimentação dentro de casa e por isso viviam de forma humilde.
Às vezes ele se vestia todo de preto durante a noite e saia com uma toca negra na mão e Ana não entendia o porque daquilo até que ele voltava com muitos fios de cobre e os queimava e os vendiam a um ferro velho e depois ele a levava ao supermercado pra comprar algo que ela quisesse Ana não procurava entender e só ia com ele e fazia o que ele queria.
Havia uma casa velha dentro do sítio onde ele passaram a criar cachorros e revende Los pois assim também seria uma outra fonte de renda ao casal.
Ana nunca perguntava ou reclamava de nada era uma boa esposa e queria continuar assim.
Ela só queria ser feliz fugir das lembranças ruins da sua infância passada, e aquele casamento era o que ela via de melhor alternativa.
Ana viverá muitos momentos dolorosos durante sua infância e tentava nunca relembra Los mas por vezes se perdia pensando neles,nunca gostou de pedir nada a ninguém nem emprestar o pouco que tinha e certa noite sua irmã vestiu sua blusa do uniforme da escola onde ela teria que está logo cedo com a mesma,Ana pediu sua irmã para tira lá mas as duas nunca foram criadas como boas amigas .
_ tira minha blusa Fernanda eu só tenho ela pra ir pra escola amanhã pela manhã
_ não vou tirar e se você for mulher venha até aqui é a tire de mim.
Ana não pensou duas vezes e aceitou a provocação da irmã e entraram em briga corporal ,até sua mãe aparecer com um rodo na mão e lhe acertou uma pancada tão forte que Ana se protegeu com um dos braços e a dor foi imediata,e dias depois Ana estava com muita dor no local e tentava esconder da mãe por medo de apanhar novamente, mas a dor tornava de cada dia insustentável e acabou jogando na cara da irmã e mostrando o que ela havia lhe causado, e ela acabou falando com sua mãe que logo procurou por Ana pra ver o que ela havia realmente feito e Ana estava com tanto medo e dor que apenas ficou ali paralisada de medo, mas a mãe de Ana se viu obrigada a levava lá a um hospital e lá ficou comprovado que o osso do pulso de Ana estaria trincado e logo o imobilizaram e Ana foi obrigada a mentir para o médico e confirmar que havia caído brincando pelo quintal.

ANA APENASOnde histórias criam vida. Descubra agora