Epilogo II - Parte Dois

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-Casamento ! - Disse minha mãe espantada com a noticia que acaba de receber - Isso não vai acontecer.

-Mãe escuta... - Ragnar tentou falar mas ela não queria ouvir

-Não é nada contra você Yule, você é uma pessoa incrível meu filho tem sorte de ter você mas Ragnar, você é muito novo tem apenas dezenove anos. Acabou de completar dezenove anos, você também Yule fez dezoito a menos de um mês, não acham que devem esperar um pouco mais.

-Você e o Papai não esperaram muito para se casar.

-Eu sei disso filho mas....

-Ele me disse que não quis esperar muito tempo para pedir a senhora porque não queria perder mais tempo sem tê-la em sua vida. Sinto o mesmo por Yule mãe. Não quero perder tempo. 

Eu não conseguia falar nada apenas presenciar o que acontecia. Minha mãe olhou para meu pai, mesmo depois de tantos anos juntos podia se perceber o quanto ainda se amavam. Era lindo o que tinham. Ela sorriu para ele mas em seu olhar podia ver um pouco de tristeza.

-Bom, então devemos fazer o anuncio na festa amanhã o que acham ? - Perguntou minha mãe com um sorriso tímido.

-Então concorda  mãe ? Você também pai ?

-Sim filho concordamos. - Confirmou

-E você irmã ?

Ainda não conseguia falar então apenas o abracei. E com aquele gesto, ele sabia que eu concordava, embora eu também concorde com minha mãe, ainda são muito novos. Mas se isso os fará feliz e sei que sim, não vejo como dizer algo negativo sobre isso.

Um almoço foi feito para comemorar. Na mesa todos menos eu e os gemeos conversavam sobre como fariam o anunciamento na festa. Estava feliz por Ragnar mas ainda triste por Stevan. Sai da mesa mesmo sem terminar de comer tudo que estava em meu prato. Beijei minha mãe, meu pai, meus irmãos e abracei Yule.

Já no meu quarto, fiquei olhando para para o jardim, o quarto que hoje é meu pertencia ao meu pai quando era mais novo. tinha uma linda varanda que dava para ver a fonte do jardim. Minha mãe contou para todos nós do que aconteceu ali naquele local. O dia em que ela matou o governador. Tenho certeza que algumas pessoas ainda tem medo dela até hoje.

Enquanto observa as estrelas a batida uma vez na porta seguida de mais duas batidas e depois quatro, denunciaram que meu irmão estava pedindo para entrar.

-Está muito triste, pude perceber desde que te vi hoje, é por causa de Stevan não é?

-Sim.

-Eu lhe falei para não se envolver muito com ele. Ele é bem mais velho do que você.

-Idade não importa Ragnar !

-Importa quando ele tem vinte e você apenas dezesseis. Para mim importa e para mãe e o pai também.

-Logo irei fazer dezessete e eu não consegui não gostar dele.

-Sinto muito por você irmã, não quero lhe ver sofrer de forma alguma.

Por mais que tenhamos brigado como um cão e um gato quando éramos pequenos, ele sempre soube deixar toada a nossa birra de lado e me ajudar quando estava precisando. Ragnar me abraçou e me contou sobre sua viagem ao reino Ghalltach e ao reino de Bròn que apenas passou para manter o bom laço que temos com todos um reinos, uma visita bem rápida. Odiei a última vez que tive que pisar naquele lugar.

-Eu não gosto nem um pouco daquele reino. As pessoas lá são bastantes rudes, parecem muito infelizes e chateadas.

-Infelizmente minha irmã, o rei Richard não trata as pessoas que compõem seu reino como o nosso pai é com seu súditos. O rei os trata como lixo. E nem podemos interferir ou estaríamos provocando uma guerra.

O Nascer de uma nova vida ( Hiccstrid )Onde histórias criam vida. Descubra agora