A carta

663 99 21
                                    

Olá, pessoal! Chegando o segundo capítulo de MS e, como mencionei antes, agora é que a história corrente realmente começa. Espero que possam gostar.

 Espero que possam gostar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


De dentro do seu quarto, Junmyeon ouviu o barulho da porta da sala sendo aberta e depois fechada. Mesmo se não estivesse ciente de que o tio estava fora da cidade e que só voltaria em dois dias, ele ainda seria capaz de reconhecer, apenas pelo som dos passos, aquele que havia acabado de chegar.

Jongin tinha um jeito próprio - quase felino - de andar, geralmente muito charmoso para os olhares alheios, e silencioso para quem não o estivesse vendo. Junmyeon, porém, parecia pressentir sempre que o outro se aproximava, o que frustrava o mais novo quando ele brincava tentando assustar o irmão.

Junmyeon fechou o livro que estava lendo e o deixou sobre a cama enquanto se levantava. Aguçou sua audição, contudo não ouviu mais nenhum barulho, por isso abriu a porta e saiu do quarto, já imaginando o que encontraria ao final da escadaria.

Ao contrário do mais velho, que sempre fora mais calmo, centrado e reservado, Jongin era muito animado, extrovertido, fazia amizade com todos e, desde a adolescência, havia se envolvido com muitas pessoas, entre garotas e garotos. Claro que não era todo mundo que sabia disso, mas Junmyeon, além de seu irmão, era seu melhor amigo e confidente. A única pessoa de quem Jongin nunca guardava segredos.

O mais novo costumava dizer que aproveitava o que a vida tinha a oferecer, nunca ficando com uma mesma pessoa por mais de uma ou duas semanas. E, se ele percebesse que a pessoa em questão corria o risco de se apegar a si, ela logo era substituída.

Jongin perdera a conta de quantos corações havia partido, no entanto, havia deixado de se sentir culpado por isso há muito tempo. Ou pelo menos tentava convencer a si mesmo que as coisas eram assim.

Junmyeon, por sua vez, apesar de simpático, sociável e desenvolto, nunca se envolvera com ninguém e nem sequer dera seu primeiro beijo. Não julgava certo o que o mais novo fazia, entretanto, Junmyeon já se pegara, certa vez, sentido um pouco de inveja da coragem do irmão. De qualquer forma, sabia que não conseguiria viver daquele jeito, envolvendo-se com dezenas de pessoas e, ao mesmo tempo, com ninguém.

Pensava em tudo isso enquanto encarava o corpo bronzeado do irmão jogado de forma desleixada no sofá. Ele tinha saído para se divertir com a ficante da semana e, pelo jeito, havia bebido muito. De novo.

Junmyeon suspirou. Certamente teria que abrir a cafeteria sozinho, na manhã seguinte. Conhecia bem o mais novo e sabia que, na situação em que se encontrava, ele ficaria dormindo pelo menos até o meio do dia seguinte.

Suspirou novamente e foi até o irmão, chamando-o para que despertasse o suficiente para ir até o quarto. Depois de gemer um pouco, Jongin abriu os olhos e sentou-se no sofá, puxando Junmyeon para que ficasse ao seu lado.

O mais velho se assustou com o movimento repentino do outro, todavia não teve tempo de reclamar antes do irmão, que ainda segurava firmemente o seu braço, deitasse a cabeça em seu ombro e começasse a falar em um tom um tanto lamurioso.

Magia e seduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora