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Entediado, Zitao rolou pela quinta vez consecutiva sobre a cama, deixando assim que um gemidinho frustrado escapasse por seus lábios róseos. Eram exatas duas e meia da tarde e faltavam apenas mais trinta minutos para Yifan finalmente voltar do trabalho, podendo enfim fazer companhia ao híbrido que vinha a dividir apartamento há mais ou menos 3 anos.

Conhecendo-o como conhecia, o Wu tinha certeza de que Zitao odiava ficar sozinho em casa. Não por medo ou coisa do gênero, mas sim porque, sinceramente, era no mínimo deprimente passar o dia inteiro sem ninguém ao seu lado.

E, mesmo com todos os defeitos, Yifan amava cada partezinha daquele gato folgado - apelido este concebido gentilmente pelo chinês mais velho; desde a forma manhosa a qual ele agia quando queria algo, até as birras infantis que fazia ao receber um mero "não" como resposta.

Talvez Yifan, de certa maneira, gostasse daquela manha toda. Mas só talvez.

- FanFan! - pronunciara o apelido do maior exalando esperança na voz, ao passo em que as orelhinhas atentas erguiam-se pelo barulho da tranca sendo aberta com cautela.

No entanto, para sua surpresa e infelicidade, Yifan apenas lhe murmurou um "Oi" baixinho e continuou seguindo em direção ao banheiro. Zitao, confuso pela atitude do mais velho, tombou a cabeça para o lado, observando-o em puro êxtase.

- Mas... O quê?

(...)

O resto do dia passara rápido, mais do que o esperado para falar a verdade. Yifan, basicamente, permaneceu jogado no sofá com um notebook em mãos, sem nem ao menos se dar o trabalho de prestar atenção no híbrido, que contentou-se em perambular pela casa cabisbaixo.

Na realidade, Yifan estava cheio de serviço. Aquela maldita empresa tirava todo o seu tempo e, em consequência a esse fato, deixava Zitao de lado. Queria tanto poder abraçar o menor e enchê-lo de beijinhos, tudo isso como se fosse um pedido de desculpas, entretanto, terminar aquele projeto era sua prioridade momentaneamente.

Surpreendeu-se quando Huang apareceu em frente a entrada do corredor, parecia chateado e tristonho. Aquilo preocupava Yifan, e muito. Viu o moreno, hesitante, aproximar-se de si e quando estava perto o suficiente para realizar tal ato, tirou o aparelho de cima das coxas do loiro. Os olhos do Wu se arregalaram ao ter um Zitao sentado em seu colo - as orelhas baixinhas, assim como seu olhar, enquanto brincava com os próprios dedos.

- Desculpa - disse, meio incerto e inseguro. Yifan franziu o cenho, não entendendo a situação.

- Por que tá se desculpando? - questionou. Oras, ele não havia feito nada de errado, logo, não tinha porque se desculpar.

- Porque você tá me ignorando, Fannie. Eu vim pedir desculpas pelo que fiz - ah, como o maior se sentiu idiota naquele momento. Como pôde tratar uma criatura tão inocente e adorável daquele jeito?!

- Eu quem devo me desculpar, Taozi - dizia com sinceridade. - Tô cheio de trabalho pra fazer e acabei esquecendo de você. Me desculpa - ditou, quase suplicando pelo perdão do mais novo. E Zitao sorriu, lançando um olhar contente a Yifan

- Quer dizer que não vai mais me ignorar?

- Uhum - por fim, sorriu. Os dedos longos encontraram uma das orelhinhas pontiagudas, acariciando-a. Zitao só pôde ronronar, aproveitando mais do carinho.

Porque, no final, Zitao sempre cederia à Yifan se lhe desse aquele carinho gostoso que apenas ele era capaz de fazer.

eu não sei oq eu to fazendo da minha vida #vrau
kkkkespero que tenham gostado!!


❝carinho gostoso; kristao❞ Onde histórias criam vida. Descubra agora