Capítulo 3

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Olá, amorecas, tudo bem?

Espero muito que se divirtam com a nova versão da Caitlin, e, principalmente, do Colin nesse capítulo... rs

Tenham uma linda semana, até mais!

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Olho o celular em minha mão como se ele fosse um bicho de sete cabeças. Demoro cerca de dez minutos para ter a coragem de abrir os contatos, mais uns vinte para rolar a tela até o nome da minha ex madrasta malvada. E parece que vou demorar uma vida para ter coragem de fazer essa ligação. Talvez nem a faça nessa vida. Apesar do que a doutora casamenteira diz, eu ainda não acho que deva qualquer pedido de desculpas a ela, menos ainda saber se está bem, quando realmente não me importo. Melhor ser eu mesmo do que um cara bom.

Jogo-me na cadeira que até poucos minutos estava ocupada pela Caitlin e resolvo um de seus exercícios. Ela odeia quando faço isso, gosta que eu a ensine, mas não tenho vocação para lecionar, prefiro ajudá-la fazendo seu dever. Ela cantarola no banho enquanto vou resolvendo tudo apenas para irritá-la, e de repente algo vibra na mesa. É o celular dela. Dou uma olhada por alto ao ver um número sem foto.

— Caitlin, seu telefone! — grito. — Quer que eu atenda?

Ela não para de cantarolar e pego o aparelho, me dirijo até a porta do banheiro para entregá-lo a ela, quando reconheço o número na tela.

— Maldito!

Como diabos Stephen Imbecil Ryan conseguiu o número do celular dela?

Corro para o meu quarto com o aparelho e atendo, não estou ultrapassando nenhuma regra de invasão de privacidade aqui, estou apenas fazendo o meu papel de proteger a minha amiga.

— O que você quer? — atendo.

— Achei que esse número fosse da Caitlin, não seu.

— Última chance, babaca! O que você quer?

— Falar com a Caitlin. Ela sabe que você atende o celular dela?

— Ela não pode atender.

Desligo o telefone que toca de novo em seguida. Atendo imediatamente, pois ela parou de cantarolar no banheiro e não quero que ela escute.

— Hanson, deixa de ser criança, ok? Eu só quero convidar a Caitlin para sair comigo hoje. Isso não tem nada a ver com você, ou com o clube, só quero passar um tempo com ela.

Como se eu fosse acreditar que ele querer sair com minha melhor amiga não tem nada a ver com o fato de eu ter magoado a irmã dele. Se o interesse dele por ela não é pela nossa rivalidade no ringue, então é por vingança.

— Isso não vai acontecer. Quero você bem longe dela. Eu sei que fui um babaca com a Serena, mas a Caitlin não tem nada a ver com isso. Vingue-se de mim no ringue e deixe minha amiga fora disso!

— Você é mesmo um idiota prepotente se acha que meu mundo gira em torno de você. Estou pouco me lixando para o que fez com a Serena, eu a alertei sobre você, ela quis correr o risco. E mesmo se eu quisesse me vingar de você por isso, eu já o faço semanalmente no ringue, certo? O meu interesse na Caitlin somente tem a ver com ela e mesmo que você desligue o celular dela, eu vou bater na sua porta até que consiga falar com ela!

Ouço Caitlin cantarolando na cozinha, preciso desligar a ligação antes que ela pergunte pelo celular.

— Eu vou dar o recado. Mas se você a magoar, Ryan, pode ter certeza de que mesmo que eu seja expulso do clube, eu mato você.

— Não tenho medo de você. Mas não vou machucá-la.

Ele me passa o local de um restaurante não muito longe para que ela o encontre às vinte horas. Juro que vou dar o recado, mas claro que não vou fazer isso. Só preciso dar um jeito de tirar a Caitlin de casa, fazer o babaca achar que ela deu um bolo nele e então a vida tomará seu rumo certo de novo.

A observo montar um sanduíche, ela me oferece, mas estou sem fome. Devolvo seu celular à mesa, após apagar do registro as ligações do Stephen e penso em como tirá-la de casa. Principalmente porque tenho uma luta hoje.

— Por que você fez isso? — ela pergunta irritada e por um segundo penso que descobriu sobre a ligação, mas está encarando as respostas no seu trabalho.

— De nada, querida.

— Colin Hanson, você é o ser mais odiável e idiota da face da terra!

— Você deveria me agradecer, Caitlin. Fiz seu trabalho, agora você está livre o resto da noite.

— É verdade, e o que mesmo eu vou fazer com ela? Ah, sim! Assistir uma maratona de séries de heróis na Netflix e na semana que vem quando for fazer a prova, eu vejo se a história de Oliver Queen pode me dar um dez!

Adoro quando ela faz esses dramas.

— Só que essa noite você não vai ficar sozinha com a Netflix. — Lanço aquele olhar pidão e ela cai pesadamente na cadeira de frente para mim, já com o dedo indicador fazendo um movimento negativo no ar.

— De jeito nenhum! Você não vai atrapalhar meu romance com Oliver Queen para me meter em algum dos seus rolos! Não mesmo!

— Caitlin, por favor! — Faço minha melhor imitação do Gato de Botas.

— Não!

— Caitlin, preciso de você. Quero que seja a minha Sorte esta noite.

Espero sua negação e uma lição sobre o que houve da última vez em que a levei ao clube, mas estranhamente, ela permanece parada, como se seus pensamentos estivessem a quilômetros de distância daqui, logo, me analisa como se eu fosse um Alien, então parece cair em si e pigarreia sem graça. Levanta-se da cadeira e, olhando para o chão, como uma menina envergonhada, fala com a voz baixa e meio receosa:

— Para que você quer que eu vá? Sabe que assim não poderá voltar para a casa com uma mulher, não sabe?

— Não faço questão. Mas de você lá para me dar sorte, eu faço. Não abro mão da sua companhia esta noite, senhorita Ross.

— Eu vou me trocar — diz baixinho e sai meio cambaleante em direção ao seu quarto.

E eu não consigo fazer o mesmo porque não entendi merda nenhuma do que acabou de acontecer aqui. Não acredito que a convenci tão facilmente. E o que foi essa reação estranha dela? Bom, pelo menos ela não estará em casa quando o imbecil vier buscá-la e estando em cima do ringue comigo, não poderá atender nenhuma ligação dele.

— Hanson 1, Ryan 0! — grito comemorando e vou finalmente me preparar para a luta da noite.

DEGUSTAÇÃO Minha melhor amiga, virgem - (A virgem e o devasso #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora