Silêncios falam alto para quem espera uma resposta. É o sumiço de alguém que costumava fazer barulho o tempo todo, é a falta daquela risada deliciosa, é a impossibilidade de ir atrás de quem não quer ser mais encontrado.
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alessa9Podes considerar guerra aberta, ''querida''. 😘
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-Só podem estar a brincar comigo. - Digo após ver a foto.
-Que se passa? - Pergunta o André, desviando por meros segundos o olhar da estrada.
-Aquela loira burra não entendeu que isto não é um jogo. - Disse irritada mostrando o telemóvel ao André.
-Não lhe ligues, ignora a presença dela! - Pediu ele. - Sei que é difícil, mas tenta.
-Vou tentar... - Suspirei.
Chegamos a casa e almoçamos, o André fez o almoço e eu tratei de fazer uma sobremesa, fez arroz doce que era o mais rápido de fazer neste momento. Hoje chega o Afonso, estou tão contente por ir ver o meu moreno mais novo, estou a morrer de saudades dele. Sinto tanta falta dele, dos meus pais também mas eles afastaram-se um pouco de mim desde que decidi vir para Milão, a nossa conversa ao telemóvel foi um tanto desagradável, nos três dias que vou a Portugal vou ver vou falar com eles. Depois de almoçar e arrumar a cozinha fomos para a sala, mas mesmo antes de começar a dar um filme a campainha toca e o André vai abrir sendo acompanhado por Alan que foi a correr atrás de si.
-Um envelope para ti Alice. - Disse o André ao fechar a porta da entrada.
-Para mim? - Pergunto admirada. -Estranho.
-Abre, eu vou à casa de banho! - Disse ele.
Abro o envelope castanho que continha o meu nome e entorno o que lá estava dentro para cima da mesa da sala. Caem em cima da mesa fotografias. Mas não era uma fotografias quaisquer eram fotografias do André e da Alessa, os dois juntos. Juntamente com as fotografias vinha um papel: ''Achas mesmo que fui só uma diversão? Então é porque és mesmo burra. Nota a felicidade dele, querida.'' Olhei as fotos e de facto ele parecia muito feliz, e pareciam tão íntimos. Tudo aquilo estava a fazer-me sentir o chão a fugir de baixo dos meus pés. Agarrei a minha mala e telemóvel, deixei as fotos em cima da mesa e saí. Apanhei um táxi e pedi que me levasse à catedral de Milão, é dos sitio mais lindo de Milão e um quanto relaxante. Parei na frente da Catedral e sentei-me nas escadas à frente. Estava pouca gente hoje, não sei é por ser dia de semana se por serem três da tarde mas ainda bem que estava pouca gente.
Senti o meu telemóvel a vibrar pela vigésima vez, o André tentava desesperadamente ligar-me mas eu preciso de espaço, preciso de respirar fundo e pensar no que aconteceu. Porque ver aquelas fotos magoou-me, ver o André com ela foi como se estivessem a apertar o meu coração, como se me tivessem a tirar o ar. Depois de mais umas tantas tentativas eu atendi o telemóvel ao moreno que demonstrou de imediato a sua preocupação comigo.
