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André

-Atende Alice... Atende. - Digo tentando ligar pela décima vez.

Decido sair do carro e ir até ao edifício onde a minha morena trabalha mas este já se encontra fechado, volto para perto do carro e volto a marcar no numero da minha namorada e ligo.

-Atende... - Digo baixinho e de repente ouço a música do telemóvel dela e corro atrás do som e acabo por descobrir as coisas dela em cima de uma banco e o telemóvel no chão juntamente com os fones.

Olho em redor várias vezes e não havia sinal dela, pego as coisas dela r vou até à polícia deportar o acontecimento, o rapto da minha namorada.

-Muito bem, se dentro de 48 horas não houver novidades mandaremos uma equipa especializada investigar o assuntos.

-48 horas? - Pergunto ligeiramente alterado. - Estou a dizer que a minha namorada foi raptada, pelo ex namorada possivelmente.

-A sua namorada é maior, pode ter ido por vontade própria. - Responde o agente arrogante.

-Tudo indica que foi raptada! Porque deixaria as coisas dela ali espalhadas? Porque ia embora se estava à minha espera?

- Se dentro de 48 horas não houver novidades volte aqui e trataremos do assunto.

Que frustração, que nervos, que desespero... Eu devia ter dado ouvidos quando ela disse que andava a ser observada mas pensei que fosse imaginação dele e então não dei importância. A culpa é toda minha, eu já devia de estar lá à espera dela antes dela chegar, eu devia ter dado ouvidos à Alice... E agora não sei onde é que ela está, como é que ela está...

-Afonso? - Digo quando o meu irmão atende o telemóvel. - Mano...

-Estás a chorar André? O que se passa?

-A Alice, ela foi raptada Afonso... Eu preciso de ti...

-Assim que puder eu apanho o avião para ai, aguenta-te mano! - Diz ele. - Vai correr tudo bem!

Desligo a chamada e meto-me no carro arrancando em direcção a casa. Lá estava o Alan sentado com sempre à espera da Alice e correu até mim procurando a mesma.

-A dona não veio pequenote... - Digo e pelo a bola de pelo que ofereci à minha namorada. - A dona não veio...

E dei por mim novamente a chorar, ela é tão importante para mim, ela é tudo para mim, é a minha vida e eu dava a minha vida por ela. Eu amo aquele mulher como nunca amei ninguém na minha vida, amo-a com todas as minhas forças, amo tudo nela, tudo. Desde os defeitos até à qualidades e não mudava nada porque é isso que faz dela a pessoa que ela é.

Deitado no sofá a fazer festinhas ao Alan e só conseguia pensar na Alice, sinto-me impotente, não sei como a ajudar. E de repente a companhia tocar e eu corro até ele na esperança que seja algo sobre a mulher da minha vida. Abro a porta e sinto o chão a cair, não era ela.

-Que queres daqui? - Pergunto rudemente.

-Podemos falar? - Pergunta.

-Não. - Digo e fecho a porta na sua cara.

Caminho até ao sofá e a campainha toca novamente, e novamente e assim umas 10 vezes, irritado vou até lá e abro novamente a porta à loira.

-Paras com essa merda? 

-Calma André, só quero falar. - Diz ela e entra na minha casa.

-Sai da minha casa, não quero falar contigo! Não quero olhar para ti! Não quero sequer respirar o mesmo ar que tu!

-Tu é que perdes Andrézinho... - Diz ela provocando. - Tu é que perdes!

-Que queres dizer com isso? - Pergunto agarrando o seu braço.

-Então a Alice, está por ai? - Pergunta ela provocando novamente com o olhar.

-O que lhe fizeste? Onde é que ela está? 

-Eu? - Pergunta. - Não sei do que falas, eu vou andando, cuida-te bebé! 

Ela diz e sai indo para o seu carro arrancando rapidamente e neste momento tenho a certeza que ela tem algo a ver com desaparecimento da Alice. E eu não vou desistir de a encontrar nem que tenha de ir até ao fim do mundo.

-Eu vou encontra-te, eu prometo. - Digo. - Nem que seja a última coisa que faça na vida.

10 | André Silva - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora