Capítulo 01/2017
Primeiro a gente faz cena. Finge desinteresse. Flerta com outros flertes. Se nega a acreditar, que o que existe, é de fato real.
Depois a gente se distancia. Conta outras histórias, com outra gente. Relata felicidade, onde a gente sabe, que falta magia!
E então, a gente prende o choro. Engole as borboletas, e espera que cada uma delas morra, antes mesmo de borboletar dentro de nós.
A gente se engana friamente. Duela com nossas emoções, pra ver quem é mais forte - na ilusão de que desdenhar o amor, seja sinônimo de coragem - a gente sofre.
Mas somos duas moedas de lados iguais.
Dois braços direitos, que não sabem como se abraçar, porque tudo parece meio constrangedor.
A gente se conhece demais, se percebe demais, sente demais e já se gosta demais!
Unimos as sobras. Tudo aquilo que restou de nós. Tudo o que um dia disseram, que seria pouco demais!
Nós somos o excesso daquilo em que acreditamos.
E juntas, somos infinitas demais!
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Elas por Ela
PoesíaColetânea de pequenos contos e poesias. Diante de uma narrativa minimalista, que explora o cotidiano da mulher. A obra carrega em si inúmeras histórias reais. Um ponto de vista feminino sobre a realidade do Universo. Por, Kim Walachai
