Todos menos ele

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Meu coração parou, fiquei sem ação, senti minha boca entreaberta e meus olhos deveriam estar arregalados, ou seja a minha cara de espanto deveria estar nada sexy. Mas o que ele estava fazendo aqui? Será que ele era algum tipo de cliente?

– Vem, vamos sair daqui! - Ele disse enquanto colocava a mão na base da minha coluna para me tirar daquele local.

– Espera, tenho que trocar de roupa!

– Então vá, estarei te esperando nesse mesmo lugar! - falou e eu sai apressada para me vestir.

Assim que voltei, já havia me despedido do ruivo e do dono da casa e fui conduzida até um enorme carro preto. Herbert estava lindo com uma blusa social preta dobrada até o cotovelo, calça jeans clara e sapato social. Seu andar era algo único, parecia tão natural. Ele tirou um controle do bolso e apontou para o carro, os faróis piscaram, e o carro destrancou, ele abriu a porta do carona e me acomodei ali, nossa, ele era tão gentil. Ele entrou, colocamos o cinto e deu partida, perguntou onde eu estava morando, e fomos pra lá, huuum... Ele queria um programa particular neeh... Adorei isso!

Chegando ao meu quarto ele sugere que eu tome um banho, então toda serelepe eu vou. Deixei a porta aberta imaginando que ele viria atrás de mim, mas ele não veio, sai do banho enrolada na toalha, ele estava sentado na beirada da cama já que ali no quarto não havia sofá e nem cadeiras.

Era um quarto de hotel simples e comum. Parei de costas para ele e inclinei meu corpo a frente da cintura pra cima, para pegar alguma roupa no guarda roupa. Assim que avistei uma camisolinha de algodão, deixei a toalha cair ficando totalmente nua, e pude ver através do espelho que ele me olhava, mas porra, porque a demora?! O que ele queria?! Eu já havia dado todos os sinais e ele nem percebeu! Vesti lentamente a camisola e me virei pra ele, que com o dedo me chamou para me aproximar e sentei ao lado dele.

– Feliz aniversário! - ele falou me surpreendendo e tirando do bolso uma caixinha.

– Mas, mas, como soube? - perguntei.

– Tenho meus meios... - ele falou e me deu um lindo sorriso. - quando te tirei daquele lugar, eu vi nos seus documentos que faltava pouco para o seu dia. Abra o presente, é para você!

– Eu nunca ganhei presentes assim! - eu joguei meus braços pelo seu pescoço e o abracei, abracei tão forte, eu estava muito feliz, meu coração estava batendo desesperadamente e eu me emocionei.

– Hey, hey, hey, não chore! - ele falou limpando as lágrimas que escorreram dos meus olhos. - Desse jeito vou me arrepender de ter vindo aqui!

– Não! Eu tô feliz, e muito! - e então abri a caixinha que continha uma linda gargantilha de ouro e o pingente era uma pedrinha de Esmeralda verde. - Uaaaaaaaaaaal! - gritei e corri para o espelho, eu tinha que por e olhar!

– Deixa que eu fecho! - ele falou quando já estava atrás de mim.

Afastei o cabelo do meu pescoço e ele pós a gargantilha em mim, assim que soltei o cabelo, suas mãos desceram pelos meus braços e ficamos assim, admirando a joia em meu corpo.

– Que lindo, muito obrigado! - falei e me virei para ficar de frente para ele.

– Não precisa me agradecer! - ele segurou meus cabelos e me beijou na testa.

"É agora, é agora que esse homem vai me atirar na cama, rasgar minha camisola e me devorar!" pensei, mas não, ele me abraçou. O que estava acontecendo?! Porque ele não queria me fuder?! Porque ele não faz menção nem de me beijar?!

– Vamos a algum lugar especial agora? - ele perguntou!

"Vai me levar ao motel!" pensei e sorri.

Doce VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora