Primeira briga

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Meus hematomas já estavam clareando, já não sentia muita dor, minha situação com o Herbert, bom prefiro pular essa parte, porque nem eu entendo. Mas ele não saia do meu quarto, e de tanta insistência de sua parte, concordei que me mudaria para o mesmo prédio que ele nos próximos dias, já que lá eu teria a minha própria cozinha, sala e não receberia mais ninguém na minha cama em uma breve visita.

Ele se recusara a trabalhar durante os dias que estive de repouso, e algumas noites costumávamos sair para comer algo. Ao ver de todos, eramos namorados, menos ao nosso. Eu não entendia, ou não queria entender o porque ele não me queria. Já não havia mais o que esconder entre nós, certo dia ele estava no banho, entrei no banheiro para fazer xixi e fiquei ali admirando sua beleza e batendo um papo com ele, ou com os glúteos maravilhosos que aquele homem possuía, já que ele havia virado, estava tentando esconder o que eu mais queria.

Hoje o clima entre nós não é dos mais agradáveis. Ele trouxe café na cama para mim, o que foi super fofo, e depois iniciou a conversa a respeito do meu trabalho, quis saber o porque eu estava ali, e se eu gostava de dar o meu corpo a todos os homens que frequentavam o lugar, respondi que no momento eu precisava daquilo para ter o que eu mais queria, e então ele se calou, mas não acredito que tenha dado esta história por encerrado.

Já havia me acostumado a dormir abraçada a ele e ter a sua presença 24h ao meu lado, me paparicando, me mimando, fazendo tudo, menos me comendo! Droga!

– Herbert, você já foi casado? - perguntei logo que ele deitou na cama.

– Não! Já tive namoradas, mas nunca me perdi no quarto de hotel delas por dias. - respondeu me dando um sorriso torto.

– Mas eu não sou sua namorada!

– O que eu quis dizer é que eu nunca passei tanto tempo com ela e fiz por elas, o que eu fiz por você! - ele diz e poe o dedo indicador na altura do meu coração.

Minha boca seca e não sei se devo fazer a pergunta que quero fazer.

– Então porque você não me deseja? - finalmente consigo perguntar.

Quando ele abre a boca para responder algo, é interrompido pelo toque do meu celular.

– Alô? -atendi

Do outro lado da linha, era o dono da casa noturna quis saber como eu estava e quando eu voltaria a trabalhar, a casa estava com um movimento fraco, havia perdido boa parte de sua clientela desde o meu acidente.

– Hoje mesmo eu estarei ai! Obrigada, Tchau! - e desliguei o telefone.

Quando olhei para o Herbert, seu rosto havia mudado, parecia insatisfeito. Mas pouco me importei, estava com a piriquita pegando fogo e ele não quis comer esse tempo todo. Mesmo assim tentei algo.

– Me beija! - pedi a ele.

Ele meteu a mão nos meus cabelos e me puxou pela nuca, opaaa, esse sim hein, que pegada, passei a perna e montei nele que me segurava pela cintura e passava a outra mão nas minhas costas, sua língua invadia a minha boca, me possuía, seus beijos tinham fome, desejo, mas o resto do corpo não. Ele mordeu meu queijo e fez um rastro de beijos até minha orelha, mordiscou um pouco e desceu pelo meu pescoço a caminho dos meus seios, mas chegando ali, chegando ali, ali, ali ele subiu. Droga! O que esse homem tem? Taca fogo e foge!

– Me fode! - pedi olhando em seus olhos.

Ele então levantou comigo ainda em seu colo e me carregou até a janela do hotel, me pós sentada ali e me segurou, me abraçou forte e olhando para a cidade, falou em meus ouvidos.

– Isabele, você tem sido uma menina muito má, muito, muito, muito mesmo! Eu posso até te foder, mas só depois de muito amor e de entrar na sua cabeça dura que nem tudo é sexo. Olha quantas vezes você já me deixou louco me tentando e eu fui forte para não fazer como os outros homens?! Isabele, eu amo você! Quero você para mais, e não só para isso! Amanhã faremos sua mudança e quem sabe num futuro sua mudança seja para dentro da minha casa?!

– Ei,ei,ei pode parando! Eu entendi que você possa estar gostando de mim, mas você não vai vir com esse papo e me fazer desistir de trazer a minha filha para perto de mim! A minha família é ela, se eu faço o que faço hoje, é por ela, e assim que eu me instalar no apartamento, vou buscar a minha filha e ser feliz com ela, homem tem esse papo furado que cola só no início, depois mostra as garras e eu me "fufu"...

– Garota, você esta viajando de novo... Olha aqui, eu não vou, eu não vou falar mais nada com você, você acha que tudo se resume a sexo, se eu não te joguei naquela cama ainda, rasguei sua roupa e te comi, significa que eu não te amo neeh? Mas e se eu não trabalhei esses dias todos e estou aqui cuidando de você, do teu lado não sai um minuto, eu sou o que?! Um filho da puta?!

Ele me desceu da janela, e começou a se vestir. Arrumou a cama e antes de sair me disse.

– Quando você entender e usar isto - ele apontou para cabeça- ao invés disto, - e agora para a minha boceta- você me procura! - me beijou na testa e foi embora.

Sem pensar duas me enfiei no chuveiro, tomei banho e fui trabalhar. Naquela noite eu planejei começar cedo e ter o quanto antes a minha filha comigo.

Doce VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora