Lembranças de Outra Vida P. I

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ANASTÁSIA STEELE

—Ana não durma, não durma! —Digo em vão, pois ela logo fica inconsciente. —Porra! Acorda Anastásia!

—Christian, vamos levá-la daqui, rápido. —Ethan diz apreensivo.

Olho para preocupado para August. Ele ainda está sobre Raymond socando-o.

—Leva-a, rápido. Salve minha irmã. Eu cuido do August. —Ethan diz.

—Cuide dele, por favor. —Peço preocupado.

Corro para o carro com Anastásia e a coloco deitada atrás, corro para frente vendo minha roupa toda suja de sangue, mas isso pouco importa, eu não posso perder essa garota, não depois que eu a reencontrei, eu passei anos buscando por ela, até mesmo em meus sonhos. Ela não pode simplesmente se atirar na frente de uma bala e achar que eu vou deixá-la morrer, que ela vai se livrar tão fácil de mim. Nunca!

Corro cortando entre carros, caminhões, motos, tudo o que vejo pela frente, quando estou chegando perto da ponte principal a policia começa a me seguir pelo excesso de velocidade, mas eu corro mais ainda. Eu quero que eles se danem, eu não vou perdê-la. Nunca!  Não. Ela não.

Meu coração se aperta quando vejo o transito se fechando. Droga!

—Porra! —Grito batendo as mãos no volante.

Não vai dar tempo!

Aperto minhas mãos ao ver as sirenes piscando atrás de mim, só agora percebo que não consigo ouvir nada graças a minha preocupação. Freio o carro com tudo e os policiais freiam atrás de mim, desço correndo e os vejo aponta as armas, porém, não paro. Assim que pego Anastásia toda ensanguentada eles entendem meus motivos.

—O que aconteceu? —Pergunto um dos oficiais.

—O pai dela atirou nela. —Digo nervoso. —Se você não se importa, eu realmente preciso tirá-la daqui.

—Há um ponto de atendimento aqui perto. —Ele diz compadecido.

—Sem estrutura. —Digo arrumando-a em meus braços. —Eu vou levá-la para o Hospital Grey.

—Você é louco meu jovem? Fica muito longe, ela vai acabar morrendo.

—Não! Ela vai morrer se eu largá-la em um pronto atendimento. O hospital é da minha família, eu sei como chegar.

—Você é um Grey?

—Christian Grey! E desculpe poupar apresentação, mas eu preciso correr.

—Nós vamos abrir caminho Sr. Grey.

—Não dá tempo. —Digo me virando.

Começo a correr pelas ruas, mas quase não sinto nada. Não sinto o peso dela, não sinto a dor em meu corpo, cansaço, absolutamente nada! Tudo o que sinto é um medo imenso me invadir, o medo de não conseguir salvá-la, o medo que ela morra. Droga! Eu amo essa garota, ela não pode achar que pode simplesmente sair da minha vida assim. Se ela morrer como eu vou viver? Mesmo que ela ache que eu goste dela só como um amigo, foi nela que eu pensei nesses doze anos. Ela era que aparecia em meus sonhos. E é por ela que eu luto todos os dias, então ela não pode simplesmente sair da minha vida! Não mesmo.

Perco a noção de quanto tempo corri, ou levei para chegar, eu só sei que estou em frente ao hospital com Anastásia em meus braços e as pessoas estão me encarando. Corro para dentro e chuto as portas duplas que se abrem com um estrondo. Todos se viram inclusive mamãe que estava conversando com alguém da recepção. Seu sorri se desfaz, não ouço o que ela diz, apenas vejo os enfermeiros correndo em nossa direção com uma maca.

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