Best Friends

Irmãos

ANASTÁSIA STEELE

Dou um passo para trás incrédula... A Kate? Minha... Irmã? Não... Isso é loucura. Não pode ser.

Passo correndo pelos meus pais e subo as escadas indo em direção ao meu quarto, assim que entro vejo que August veio atrás de mim, ele entra e fecha a porta com a chave. Levanto o dedo pedindo um minuto. Pego meu celular e disco o número de Kate.

—Aninha, oi, já chegou? —Ela pergunta animada como sempre.

—Você é minha irmã? —Pergunto chorando. Tudo fica em silêncio, e isso dura minutos. —Kate... Responde, eu não estou brava com você, só não me diga que é mentira, eu só tenho você, eu não confio mais nele. Diga. Você é minha irmã?

—Você vai me amar se eu disser que sim? —Kate pergunta e sei que está chorando.

—Irmã... —Sussurro.

—Eu queria ter te contado. Juro. Mas ele me ameaçou. Ele matou a minha mãe e do Ethan.

—O Ethan é meu irmão também?

—Sim...

—Ah, Deus! Kate! Você é minha irmã? Minha irmã? E o Ethan?

—Você me odeia?

—Claro que não sua boba! Eu amo você.

—Ah, Ana, é tão bom ouvir isso. Eu morreria se você me odiasse. —Kate suspira aliviada. —O que ele fez?

—O August... Ele me contou toda a verdade. Nós brigamos.

—O August?

—Você o conhece?

—Quem você acha que me dava notícias sobre você? Nós só conversamos por telefone, nunca nos vimos. Mas eu precisava falar com ele para saber se você estava bem mesmo.

—Ah, Kate. —Começo a chorar novamente e soluçar alto. —Vem me buscar? Eu quero morar com você. Por favor. Cuida de mim Kate? Eu não quero mais ficar com ele. Eu amo você. Você é minha irmã. Minha mãe de criação. Por favor.

—Ah, Deus! É Claro que eu vou, claro que eu cuido de você princesinha.

—Então vem. Eu vou ficar com o August até você poder vir, mas, por favor, não me deixa sozinha com ele nunca mais.

—Claro que não. Olha, deixa-me falar com o August.

—Ok. Eu amo você... Irmã.

—E eu amo você princesa.

Passo o telefone para August e ele começa a conversar com Kate. Sento em minha cama e me encolho voltando a chorar. August desliga o celular e senta ao meu lado, ele segura minhas mãos para me consolar.

—Não me odeie, por favor... —Ele sussurra.

—Nunca. —Sorrio. —Nós temos o mesmo sangue sabia? Se eu precisar de uma transfusão você poderá fazer.

—Ah, vou me lembrar disso. —August diz rindo e me abraça. —Eu amo você.

—E eu amo você. —Sorrio.

Ouvimos uma pequena batida na porta e nos entreolhamos.

—Ana... —A voz de mamãe ecoa do outro lado.

—Conversa com ela... Você precisa disso. —August diz e eu balanço a cabeça.

Ele se levanta e caminha até a porta abrindo-o, August abraça nossa mãe e sai do quarto. Timidamente mamãe entra e caminha até a cama, ela se senta ao meu lado e encolhe os ombros.