Família

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AUGUST STEELE

—O que? —Pergunto incrédulo.

Elena me olha apavorada e seus olhos ficam marejados. Aproximo-me e Anastásia se encolhe assim como ela.

—Responda! —Digo firme. —O que você disse?

—Desculpe Sr. Steele. Eu não lhe devo satisfação. —Elena diz de forma fria.

—Ana, saia. —Ordeno.

Anastásia encolhe os ombros e sai da sala.

—Isso é verdade? Você está esperando um filho meu?

—Não importa. —Ela diz levantando. —Ele não ficará aqui por muito tempo.

—O que você quer dizer com isso?

—Você acha que eu vou gerar o filho de um homem que eu mal conheço? Que só queria sexo fácil e quando conseguiu foi embora!

—Você não está pensando em abortar... Está?

—Não é da sua conta. —Elena se levanta e tenta passar por mim, seguro seu braço e vejo sua respiração falhar. —Me solta, por favor.

—Eu não vou deixar você fazer isso.

—Você não pode me impedir.

—Posso sim, é meu filho, e eu quero cuidar dele... E de você... —Sussurro encarando seus olhos.

—De mim? —Ela sussurra e algumas lágrimas rolam pelo seu rosto.

—Sim. —Confesso. —Eu sei que eu fui um babaca de ter te deixado sozinha no dia seguinte, e não ter te procurado ou nada, mas entenda, eu nunca me apaixonei por ninguém, e quando eu percebi que estava apaixonado por você, eu me senti confuso.

—Você está... Apaixonado por mim?

—Sim. Muito. E eu não quero mais ser o covarde que era antes de te conhecer, eu quero cuidar de você, e do nosso bebê.

Elena sorri e enxuga algumas lágrimas, puxo-a para os meus braços e ela me aperta. Sinto meu mundo girar de vagar quando seu cheiro invade meu nariz, seu perfume doce que tanto me inebria.

—Me desculpe por ter sido um idiota?

—Tudo bem. —Ela sorri e aquilo me amolece.

—Me deixa cuidar de você? E do nosso filho?

—Claro que sim. —Elena sorri e me abraça novamente. Suas lágrimas molham  a minha camisa e eu me sinto um idiota.

—Nós vamos enfrentar isso juntos. Ok?

—Ok. —Ela sussurra.

—Eu vou estar aqui por você. Sempre...

ANASTÁSIA STEELE

Saio da sala deixando August e Elena sozinhos.

Eu realmente espero que meu irmão resolva isso. Seria loucura se ele não ficasse ao lado dela, mas o conhecendo, eu sei que ele fará o certo. Bom. Ao menos espero por isso.

Saio da escola e não vejo Christian. Hmm. Acho que ele ainda não chegou. Caminho até um dos bancos e me sento colocando minha bolsa ao meu lado. Vejo um carro parar, mas não é Christian... É... Bout. Ele caminha em minha direção e eu sinto minha respiração falhar.

—Acho que isso é seu... —Ele diz estendendo seu distintivo.

—É seu nome que está escrito ai. —Digo olhando para o outro lado.

—Eu não acredito que você é aquela garotinha... Você está tão... Linda. —Fico em silencio e continuo encarando o nada. —Anastásia, eu sinto muito pelo que aconteceu com você e seu pai... O Ray era um dos meus melhores homens. Nós trabalhamos juntos.

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