Reencontros P. I

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TREZE ANOS MAIS TARDE...

ANASTÁSIA STEELE

—Mamãe mande o August me colocar no chão! —Grito enquanto meu irmão me roda sobre seu ombro.

—August solte minha princesinha. —Papai ordena e August me coloca no chão.

—Idiota! —Digo chutando sua canela e saio andando para a sala de jantar.

—Ai! Sua pirralha! —August protesta.

—Vá se ferrar, idiota! —Sento-me no meu lugar de costume e cruzo os braços.

—O que foi princesinha? —Papai pergunta olhando serenamente.

—Ele fica implicando comigo papai! Eu odeio isso. —Falo fazendo beicinho.

—Ah, August. Pare de implicar tanto com a sua irmã. —Mamãe diz enquanto dá um beijo em minha cabeça. Ela se senta e começa a passar os pratos.

—Ah, parem de mimar a garota. —August diz sentando ao meu lado. —Se não ela, quem eu vou provocar? Eu te amo baixinha.

—Eu também te amo seu bruto. Por mais que você seja idiota. —Digo dando um tapa em seu braço.

—Ah querida, você voltou a usar esse colar? —Mamãe pergunta apontando para o colar.

—Hã... Eu o achei em uma daquelas caixas no sótão, eu nem lembro aonde arrumei isso.

—Você falava tanto do menino que te deu. —August diz enquanto dá uma garfada em seu aspargo.

—É mesmo... Como era? —Papai força a lembrança e sorri. —Christian. Você tem uma matinha também, não tem?

—Não. —Digo fazendo uma careta. —Quem é esse Christian?

—Ah, Ana, jura que não se lembra? Ele era sua melhor amigo. Você só falava dele. —Mamãe diz.

—Mãe, eu não lembro nem o que eu almocei ontem, como vou lembrar-me desse garoto. —Digo balançando o colar. —E isso é só um colar bobo. Não significa nada.

—Hmm. —Mamãe murmura no seu tom de desaprovação. —Acho que eu imaginei que você esqueceria, você se esquece de tudo tão fácil.

—Isso não é verdade. —Defendo-me.

—Ana, qual o nome do seu primeiro peixinho? —August pergunta.

—Espera. Eu já tive um peixe? —Pergunto e ele gargalha.

—Assim que você chegou aqui querida. —Papai diz rindo. —Você o chamava de C. e depois o jogou no vaso para ele viver uma verdadeira aventura.

—Eu era terrível. —Digo rindo.

—Ainda é. —August provoca e eu mostro língua para ele.

—Ah, Ana, falando sobre o seu amigo...

—Ele não é meu amigo mamãe, eu nem sei quem ele é. —Corto-a.

—Posso terminar? —Ela pergunta arqueando uma sobrancelha e eu balanço a cabeça. —Daqui dois dias vai haver uma convenção, no orfanato onde você morou, e você vai ter que ir.

—Ah, não! Mamãe, como você só me fala disso agora?

—Querida, eu só soube ontem, a Sofia fez questão da sua presença, e nós somos sócios do orfanato, é bom saber que ele ainda funciona, e que há mais crianças lá que podem ter um futuro assim como o seu.

—Mamãe, eu acho isso ótima, mas eu não preciso ir.

—Precisa sim, o Tobias, a Sofia e a Lea estão loucos para rever a pequena aventureira. —Papai fala sorrindo.

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