Terrores do Passado

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- Como assim explodiu?

- Aceleração muito rápida, ele não resistiu.

- Qual pode ser a causa? -Lizi disse com a voz rouca.

- O anti-vírus fez com que organismo entrasse em colapso, vou pesquisar mais a fundo para poder esclarecer melhor isso.

Todos ali ainda estavam impressionados com a cena que havia se desenrolado, Raquel pegou um lençol branco e colocou sobre o corpo sem vida de Eddie, pediu para que todos se retirassem, nós a obedecemos deixando a sala rapidamente, Elizabeth saiu o mais rápido possível e eu a perdi, ela precisava de um tempo, foram muitos acontecimentos marcantes em menos de 72 horas. Voltei para meu quarto peguei algumas coisas e fui para os muros.

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Já passava das duas da manhã quando larguei meu turno, fui até o refeitório pesquei uma maçã de dentro de umas das cesta ali e fui para meu quarto, passei pela ala das crianças que estava enfeitada com bolinhas e guirlandas nas portas e pelo corredor, natal estava chegando e apesar de todos ali estarem sempre lurando por suas vidas era bom ver que as crianças ainda eram apenas crianças, bati com os dedos em algumas bolinhas, aquilo me deu uma ideia, caminhei até o quarto de Lizi, ela já deveria estar acordada já que mesma horas antes havia me pedido para pegar um turno, mordi minha maçã e bati na porta que abriu sem nenhuma resistência, coloquei a cabeça e espiei, estava tudo escuro e nem mesmo a cama tinha sido desfeita, franzi o senho pegando meu radio:

" Alguém viu Elizabeth?" recebi a resposta negativa de vários a não ser por Hannah "vi ela indo para cobertura".

Agradeci pela informação e subi até lá, ao abrir a porta avistei Elizabeth com a cabeça baixa, seu corpo tremia com os soluços, ela chorava desconsoladamente, me aproximei e vi que seus punhos sangravam como se ela tivesse socado uma parede:

- Lizi você está sangrando, o que você fez ? 

- Esse anel - ela disse baixinho enquanto o tirava do dedo - Significava tanta coisa, Adam o deu para mim em vez dela.

- Como surgiu tudo isso? - perguntei querendo que ela colocasse pra fora toda aquela dor que estava sentindo.

- Eramos jovens quando tudo começou, fazíamos parte do primeiro grupo de atiradores, Eu, Brithiney, Adam e Britany, nós não nos conhecíamos fazia pouco tempo que as torres tinham sido construídas, trabalhamos a primeira noite lá e nada aconteceu, todos se sentiam incríveis, mas infelizmente o segundo dia não foi assim, algo aconteceu alguns mortos entraram, um deles veio para cima de Britany e eu que estava sem óculos e não conseguia ver direito mesmo assim saquei minha arma e atirei e foi então que...

A voz dela desapareceu e lagrimas escorreram pelo seu rosto

- Não foi culpa sua ela ter sido mordida - Eu disse tetando consola-lá

- Ele não a mordeu, meu tiros desesperados, um deles acertou a cabeça dela, foi quando os outros chegaram eles acharam que ela havia sido mordida, Brithiney ficou desconsolada mas eu sabia da verdade pedi uma punição ao senhor Jefferson que me deu um carro uma arma com doze balas, comida para 3 dias e um cobertor, além de um radio, foi a primeira vez que deixei a colonia desde o inicio, deixei meus óculos ele era a minha fraqueza, passaram- se três dias, duas semanas, um mês todos achavam que eu estava morta e não retornaria, preocupado senhor Jefferson me chamava todos os dias no radio esperando um pequeno sinal de que eu ainda estava viva, mas nunca o respondi, voltei trinta dias depois quando consegui acertar os mortos na cabeça sem enxergar direito, quando voltei algumas coisas haviam mudado a colonia estava um pouco maior os atiradores agora estavam mais treinados e tinham sua própria ala. Na noite após minha chegada eles decidiram fazer uma festa para comemorar, foi quando tudo começou, eu nunca tinha falado com Adam só sabia seu nome e achava que ele era só mais esnobe que tinha dado sorte e acho que ele pensava o mesmo sobre mim - ela deu um sorriso triste - Naquela noite bebemos demais e conversamos e mesmo sabendo quem ele era e de quem ele era nós acabamos dormindo juntos, no outro dia tudo o que eu queria era contar a verdade a minha melhor amiga e torcer para que ela me perdoasse, mas quando cheguei em seu quarto ele estava lá junto com ela a beijando, prometi a mim mesma que nada mais aconteceria entre nós, mas foi em vão, pois, o que era uma noite se tornou beijos as escondidas, momentos quentes nas torres de vigia e quando nos demos conta estávamos juntos a mais de três meses, uma noite acordei sentindo dores terríveis tirei minha coberta e vi que estava sangrando, corri até Dr Roger desesperada para obter respostas, mas quando as mesmas vieram desejei nunca ter feito esse pedido, o Dr disse que tive um terrível aborto espontâneo, explicou para mim que as vezes aquilo acontecia e nada me impediria de tentar novamente dali alguns meses, mas tudo o que eu conseguia me concentrar era que eu havia estado gravida e que tinha perdido o bebê, um bebê do Adam, escondi isso dele por meses até o dia em que Carly pediu para que eu a acompanhasse até o médico, como sua melhor amiga a acompanhei, mas só quando me dei conta do que ela estava fazendo que cai na real, Carly estava ali para abortar a criança que estava esperando de Adam um pobre e pequeno feto que crescia no ventre dela. Quando sai da sala me senti suja e enojada por ter participado daquilo, fazia cinco anos desde meu aborto, corri até Adam e contei tudo coloquei tudo para fora, nós tínhamos nos distanciado durante aqueles anos mas, depois de saber da verdade nós ficamos junto novamente tomando cuidado para que Carly não descobrisse, era pra valer eu o amava da mesma forma que ele me amava ficamos juntos até o dia em que eu fugi o dia em que ele me deu esse anel, fizemos promessas um ao outro fiz ele prometer que não morreria sem mim, isso tudo foi a seis meses, por esse meses essa droga de anel foi o simbolo de nossas promessas, mas agora é apenas um lembrete de que promessas nesse mundo não valem de nada.

Ela tirou o anel do dedo pela vigésima vez fez menção de joga-lo mais desistiu recolocou no dedo.

- Não vou dar esse gostinho a ela.

Elizabeth voltou a chorar descontroladamente,me estendi até ela e a abracei, Elizabeth veio sendo testada durante anos e todos o ocorrido desses dias tinha sido a gota d'água, aninhei ela em meus braços até que seus soluços parassem.

- Obrigada - ela levantou seus olhos até os meus - não precisava fazer isso.

- Precisava sim - abaxei meus olhos até seus lábios que estavam vermelhos, pareciam macios, me aproximei lentamente sentia que ela iria me impedir assim que nossos lábios se tocassem, mas isso não aconteceu, selei meu lábios nos dela e fui retribuído, Lizi levou as mãos para meu rosto e aprofundou o beijo, seu beijo era doce pensei em motivos para não ter feito aquilo antes e não encontrei nenhum, quando nos separamos nos encaramos por algum tempo nenhum dois sabia o que falar, olhei para os nós de seus dedos e vi que tinha sangue seco ali de um machucado recente.

- Vamos dar um jeito nisso - segurei sua mão para nos levantar, mas fui impedido.

- Fica, vamos ver o sol nascer - sol ja lançava seus primeiros raios no horizonte - Me traz calma.

A abracei novamente pelos ombros e então me lembrei do porquê de ter vindo ali:

- Lizi?

- Hum? - ela se virou um pouco para me escutar sem tirar os olho do horizonte onde o céu estava começando a ficar laranja.

- Pensei de irmos a uma das lojas antigas de Seattle para conseguir presentes de natal para as crianças.

- Natal? - Elizabeth me olhou com as sobrancelhas arqueadas - Em que dia estamos?

- 23 de dezembro - sorri respondendo - E ai, topa?

- 23 de dezembro, 23 de dezembro - ela repetiu algumas vezes, olhou para mim abriu um belo e raro sorriso - Claro que topo vamos dar o melhor natal para essas crianças.

Continua...





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