7º Capitulo

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O fim-de-semana passou depressa, já era segunda-feira e eu estava a caminho da escola, já tinha parado para desenhar, sentei-me nas escadas, como faço sempre, mas dessa vez só me pus a ouvir música, estava demasiado triste e com muito medo de como iria ser o dia. Não conseguia distrair-me, só pensava no momento em que ia ver aquelas quatro raparigas a entra pela porta da escola armadas em boas e superiores, no preciso momento em que pensei nisso elas entraram, eu encolhi-me tentando passar despercebida mas era impossível, parecia que elas iam à escola só mesmo para me mandarem a baixo.

     - Bom dia...gótica, hahahahah!

     - O teu caderninho de desenhos? Ficou em casa, foi?

     - Deve estar dentro da malinha horrorosa dela.

     - Não dizes nada?

     - O passarinho preto perdeu o pio meninas!

     - Hahahahah!

     - Deixem-me em paz...

     - Oh querida sabes que isso não vai ser possível, não sabes?

     - Porquê?

     - Porque tu foste por um mau caminho e tornaste-te nossa inimiga.

     - Mas eu não vos fiz nada de mal!

     - Basta falares mal com uma de nós ou dizeres alguma coisa contra nós.

     - Vocês são bruxas!

     - Levem-na lá para fora, agora!

     - Para a parte detrás da escola?

     - Sim, parece que vamos ter uma conversinha antes da aula.

     - Não, por favor, deixem-me em paz, por favor!

Pegaram-me nos braços e arrastaram-me até à parte detrás da escola, não havia ninguém ali, estava completamente sozinha, era eu contra elas.

      - Olha lá, não achas que já estás a abusar?

      - Mas o que é que eu vos fiz?!

      - Começa a ter cuidado com o que dizes, nós somos superiores a ti, por acaso já te olhaste ao espelho? És horrível, esse cabelo nojento, essa cara pálida, parece que estás morta, zombie, gótica, falsa, estúpida, gorda, demónio.

      - Pára!!Pára!!! Por favor pára!!!!!!!

      - Estás irritada Taylor? Que menina feia!

      - Deixem-me em paz de uma vez por todas, deixem-me em paz!!

      - Só sais daqui com marcas nossas, se é que me entendes...

      - Não, por favor não me façam mal...

Já era tarde demais, a Lucy pegou num pau e começou a bater-me nos braços e nas pernas, deu-me imensas chapadas, murros e pontapés na barriga e ainda me fez algumas queimaduras com um cigarro, quando tocou elas deixaram-me deitada no chão e foram para a aula. Eu mal me conseguia mexer, só conseguia chorar e mesmo assim doía-me o corpo todo, estava a sangrar do lábio e do nariz de tanta pancada, lá consegui levantar-me e apanhar um autocarro para casa da minha tia.

      - Bom dia, a menina está bem, precisa de alguma coisa?

      - Não obrigada.

Disse ao motorista para onde ia, paguei e fui-me sentar nos últimos lugares quando alguém me agarra o braço, olho para a pessoa e vejo que é o Jeremy, excelente, a pessoa a quem eu ando a esconder estas coisas é a que me vê no pior estado.

Don't Trust The PeopleOnde histórias criam vida. Descubra agora