20º Capítulo

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Passou-se 1 ano, eu e o Jeremy estávamos cada vez melhor, a Emily andava sempre connosco mas, às vezes desaparecia do nada e quando a encontrávamos lá estava ela a refilar por não lhe darem comida.

Nunca se está bem a 100%, as memórias não desaparecem e o medo também não.

Acordei com o guarda a chamar-me, levantei-me e fui para o refeitório, sentei-me na mesa de sempre e esperei pelo Jeremy e a Emily.

     - Bom dia Taylor.
     - Bom dia Emily.
     - O Jeremy já vem aí.
     - Ah está bem, obrigada.
     - Dormiste bem?
     - Melhor do que nunca.
     - Ainda bem.
     - Bom dia meninas.
     - Bom dia Jeremy.
     - Como estão?
     - Bem e tu?
     - Também.

Tomámos o pequeno-almoço e depois fomos para o sofá.

     - Nunca há nada para fazer aqui.
     - É normal, os malucos não precisam de se divertir.
     - Eu sei...
     - Quem me dera ter aqui o meu leitor de músicas, tenho saudades dos Black Veil Brides.
     - Se tivessemos música o tempo passava mais depressa, é verdade.
     - Jeremy, porque é que aquele guarda está sempre a olhar para nós?
     - Qual...ah já sei, aquele guarda conversou comigo nos primeiros dias que estive aqui.
     - O que é que ele te disse?
     - Estivemos a falar sobre o porquê de eu ter vindo aqui parar, ele compreendeu-me.
     - Ah então é simpático.
     - Sim.
     - Deve ser o único.
     - A Emily tem razão.
     - Vamos falar com ele.
     - Ele está em trabalho Jeremy, não pode falar.
     - O que é que he acontece se falar comigo?
     - Pode ser expulso do hospital.
     - Então é melhor não ir falar com ele.
     - Sim, é melhor Jeremy.      
    
     - Tu, rapaz, vem comigo.
     - Han?
     - Vem comigo!

Não, isto não podia estar a acontecer, o guarda que me andou a vigiar durante estes anos todos chamou o Jeremy, o que é que ele he vai fazer? Eu não quero perder o Jeremy outra vez.

                                                                          *****

Um dos guardas chamou-me e eu segui-o até uma sala suja e fria.

   
 - Senta-te.

Fiz o que me mandou.

   
 - O que quer de mim?
     - Quero-te avisar de uma coisa, fica longe da Taylor.
     - O quê?
     - Ouviste bem, fica longe dela!
     - Porquê?
     - Porque eu estou a mandar!
     - Eu não o vou fazer!
     - Então a tua namoradinha é que paga!
     - O quê?! O que o senhor quer dela?!
     - Não te diz respeito.
     - Não se atreva a tocar na Taylor.
     - O que é que me vais fazer?
     - Qualquer coisa.
     - Que lindo, o menino a defender a namorada até à morte!
     - Acredite que vou defendê-la, nem que tenha de morrer.
     - Ainda bem que avisas.
     - O que é que vai fazer?
     - Por enquanto nada.
     
O guarda abriu a porta e deu-me passagem, empurrou-me e fui contra a parede, pois o corredor era muito estreito. Voltei para o sofá e abracei a Taylor sem lhe dizer uma única palavra, ela bem me perguntava o que se tinha passado mas eu permanecia calado. 
Eu não a quero perder, preciso dela para viver, talvez tenha que me afastar dela para o seu próprio bem, não quero que lhe aconteça nada de mal, não sei do que aquele guarda é capaz de lhe fazer mas, vou optar por não me afastar dela, pelo menos por enquanto, quero ver qual é a reação daquele guarda.
Depressa chegou a hora de ir para as celas, no meio da multidão dei um beijo à Taylor e despedi-me da Emily, esta tem sido uma grande ajuda, não só para mim como para a Taylor, tem sido uma verdadeira amiga, apesar de não saber o que ela fez para estar aqui.
Eu queria um dia poder acordar e ver a Taylor ao meu lado, acordá-la com beijos no pescoço e abraçá-la, poder passar o dia todo a ver filmes com ela e à noite, quando nos fossemos deitar, adormecer agarrado a ela, era só isso que eu queria.


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