Passou-se 1 ano, eu e o Jeremy estávamos cada vez melhor, a Emily andava sempre connosco mas, às vezes desaparecia do nada e quando a encontrávamos lá estava ela a refilar por não lhe darem comida.
Nunca se está bem a 100%, as memórias não desaparecem e o medo também não.
Acordei com o guarda a chamar-me, levantei-me e fui para o refeitório, sentei-me na mesa de sempre e esperei pelo Jeremy e a Emily.
- Bom dia Taylor.
- Bom dia Emily.
- O Jeremy já vem aí.
- Ah está bem, obrigada.
- Dormiste bem?
- Melhor do que nunca.
- Ainda bem.
- Bom dia meninas.
- Bom dia Jeremy.
- Como estão?
- Bem e tu?
- Também.
Tomámos o pequeno-almoço e depois fomos para o sofá.
- Nunca há nada para fazer aqui.
- É normal, os malucos não precisam de se divertir.
- Eu sei...
- Quem me dera ter aqui o meu leitor de músicas, tenho saudades dos Black Veil Brides.
- Se tivessemos música o tempo passava mais depressa, é verdade.
- Jeremy, porque é que aquele guarda está sempre a olhar para nós?
- Qual...ah já sei, aquele guarda conversou comigo nos primeiros dias que estive aqui.
- O que é que ele te disse?
- Estivemos a falar sobre o porquê de eu ter vindo aqui parar, ele compreendeu-me.
- Ah então é simpático.
- Sim.
- Deve ser o único.
- A Emily tem razão.
- Vamos falar com ele.
- Ele está em trabalho Jeremy, não pode falar.
- O que é que he acontece se falar comigo?
- Pode ser expulso do hospital.
- Então é melhor não ir falar com ele.
- Sim, é melhor Jeremy.
- Tu, rapaz, vem comigo.
- Han?
- Vem comigo!
Não, isto não podia estar a acontecer, o guarda que me andou a vigiar durante estes anos todos chamou o Jeremy, o que é que ele he vai fazer? Eu não quero perder o Jeremy outra vez.
*****
Um dos guardas chamou-me e eu segui-o até uma sala suja e fria.
- Senta-te.
Fiz o que me mandou.
- O que quer de mim?
- Quero-te avisar de uma coisa, fica longe da Taylor.
- O quê?
- Ouviste bem, fica longe dela!
- Porquê?
- Porque eu estou a mandar!
- Eu não o vou fazer!
- Então a tua namoradinha é que paga!
- O quê?! O que o senhor quer dela?!
- Não te diz respeito.
- Não se atreva a tocar na Taylor.
- O que é que me vais fazer?
- Qualquer coisa.
- Que lindo, o menino a defender a namorada até à morte!
- Acredite que vou defendê-la, nem que tenha de morrer.
- Ainda bem que avisas.
- O que é que vai fazer?
- Por enquanto nada.
O guarda abriu a porta e deu-me passagem, empurrou-me e fui contra a parede, pois o corredor era muito estreito. Voltei para o sofá e abracei a Taylor sem lhe dizer uma única palavra, ela bem me perguntava o que se tinha passado mas eu permanecia calado.
Eu não a quero perder, preciso dela para viver, talvez tenha que me afastar dela para o seu próprio bem, não quero que lhe aconteça nada de mal, não sei do que aquele guarda é capaz de lhe fazer mas, vou optar por não me afastar dela, pelo menos por enquanto, quero ver qual é a reação daquele guarda.
Depressa chegou a hora de ir para as celas, no meio da multidão dei um beijo à Taylor e despedi-me da Emily, esta tem sido uma grande ajuda, não só para mim como para a Taylor, tem sido uma verdadeira amiga, apesar de não saber o que ela fez para estar aqui.
Eu queria um dia poder acordar e ver a Taylor ao meu lado, acordá-la com beijos no pescoço e abraçá-la, poder passar o dia todo a ver filmes com ela e à noite, quando nos fossemos deitar, adormecer agarrado a ela, era só isso que eu queria.
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Don't Trust The People
Novela JuvenilApenas uma história de dois adolescentes que se apaixonam e fazem de tudo para estar juntos.