CAPITULO 63 (Será que vamos terminar juntos?)

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Víctor:- Não quero que se sinta pressionada amor.
- Me relembrar do que aconteceu antes de me tornar o que eu era agora só me causava dor e sofrimento já que por mais que pegasse e acabasse com a vida de pedófilos e violentadores nojentos nunca nenhum deles seria meu pai.
Wanessa:- Victor eu...por favor não posso mais!
Víctor:- Pode sim e não vou soltá-la até compartilhar toda essa dor do seu peito com alguém!Não percebeu que se nunca falar talvez isso nunca acabe de te assombrar!?
"- Engraçado como uma única pessoa é capaz de te salvar nos piores dias da nossa loucura,bom pelo menos em partes.e minha irmã mais velha Susana sabia que eu era a próxima da lista nojenta e doente do meu pai e quando completavam doze era que os abusos começavam e minha irmã sabia disso com vinte dois anos tentou me proteger o quanto pôde daquele desgraçado,foi quando Rafael à matou,na época o laudo acusou de acidente tipo minha mãe era tão obcecada pelo marido quanto era pelas filhas mas no fim das contas a paixão doentia dela fez escolher o lado errado da história e não posso dizer que espero que tenha encontrado a paz porque é impossível já que ela um pouco antes de ter se redimido aínda era a mesma louca de antes mas não lembrava mais daquela triste mulher com tanto ódio apenas sentia pena do que aconteceu."
Victor:- Seu pai conseguiu abusar de você?
- Tentei me ajeitar o mais confortável possível nos seus braços mas é quase impossível não consigo fazer aquilo é me manter quieta é mais forte do que eu e me lembrar significava reviver aquela noite negra!
Victor:- Wanessa?Me diga tudo por favor.
Wanessa:- Pra que Victor?!
Não adianta mais!O passado já acabou e...estou cansada!
- Nesse momento sou silenciada pela sua boca macia e voraz que parece entender meu silêncio e meu grito por pausa já que sou acalmada e embalada pelos seus braços ao meu redor me fazendo carícias tão gostosas que me pergunto se tem consciência da maneira que me faz bem é quase um remédio para todas as dores emocionais que sentia naquele segundo.
- Sou um animal enjaulado agora e esse cara é a chave que me destranca pra fora dessa prisão e finalmente digo aquilo que nem pra mim mesma fui capaz de assumir seja por medo ou vergonha o que fosse estava congelado na garganta e finalmente o inverno passou trazendo o calor delicioso do verão.
Wanessa:-.Eu acho que te amo Victor.
Victor:- Ora que interessante isso amor.
Wanessa:- Você é um idiota mesmo!
- Antes que pudesse me levantar seus braços pegam minha cintura e me trazem de volta ao seu corpo.
Víctor:- Você não me contou ainda amor.
- Não sei se ficava com mais raiva do passado ou dele por continuar me acariciando daquela maneira tão gostosa e por ceder graças à isso.
Wanessa:- Não ele nem conseguiu me tocar.
Victor:- O que houve?
Wanessa:- Poucos meses depois da morte da minha irmã Joana que era a irmã do meio tinha quinze eu acho e tentou conversar com minha mãe e lhe falar que nosso pai nunca à amaria e que entregar as filhas para aquele doente se satisfazer nunca traria aquilo que ela mais desejava que era o amor dele.
Joana:- Psicopatas não podem amar mãe!
- Aquela frase até hoje me deixa com raiva de mim mesma já que por tanto odiar aquele homem me transformei nele mas apesar de jurar que só mataria caras que julguei serem culpados mesmo assim a culpa era um amigo cruel e debochado que não me deixava em paz.
Victor:- Você não é como seu pai.
- Aquilo corta meus pensamentos como uma faca na manteiga e preciso observá-lo é claro que só falaria aquilo para me comer de novo mas quando olho profundamente nos olhos daquele bastardo assassino tenho meu fôlego arrancado já que me olhava com uma intensidade tão clara que me fez desviar e ficar sentada na cama com os joelhos abraçados bem perto.
Wanessa:- Como pode dizer esse tipo de coisa!?Você mal me conhece!?
Victor:- Ao longo dessa vida Lolita conheci muita gente má pessoas que até o mais profundo inferno teria medo de abrigar por muito tempo e você com certeza não se enquadra nesse tipo de pessoa.
Wanessa:- Que!?
- Como pode achar que sou alguém que não é no mínimo do mal!?Será que está tão cego por minha causa que nem percebeu que estou planejando matá-lo desde o início!?Ou pelo menos estava antes!?Minha cabeça está uma bagunça agora.
Victor:- Você sofreu um trauma pesado é claro que está com a cabeça ferrada eu no seu lugar teria feito igual ou até pior.
Wanessa:- Você é pertubado!
- Ambos rimos daquela piada cruel e sem noção que era nossas vidas mas aí paro quando escuto aquela pergunta.
Victor:- Como escapou do seu pai?
Wanessa:- Quando completei meus doze anos e a primeira noite seria o abuso que ele iria cometer comigo algo no semblante dela mudou sabe?Talvez tenha sido a morte de uma das filhas ou a conversa que teve com a Joana que fez aquele teatro psicótico na sua mente ruir e enquanto chorava comigo no quarto ele apareceu na porta dizendo para ela que estava na hora e seria melhor nos deixar sozinhos.
Victor:- Mas não aconteceu né?
Wanessa:- Não ela foi para a porta mas não conseguiu sair e isso enfureceu meu pai.
Victor:- Sua mãe matou ele?
Wanessa:- Tinha umas velas acesas sobre a mesa de jantar já que algumas noites que nem tinhamos mais luz elétrica e assim começou o incêndio de casa nem lembro se foi ele ou ela mas se espalhou rápido.
Victor:- E então?
Wanessa:- Mamãe ficou lutando com o papai e gritou que Joana fugisse comigo mas no decorrer do caminho ela cai no chão e fica presa sobre os braços daquele maldito que a seguravam e o fogo ao nosso redor e me manda sair sem olhar para trás ela não queria que olhasse para o passado e foi o que fiz até agora.
Victor:- Minha Lolita valente!
- Sou abraçada e confortada por um estranho mas a sensação não era de raiva por estar nessa situação mas de alívio esse safado tinha razão em dizer que o fardo fica menos pesado com isso de contar.
Wanessa:- Agora é sua vez.

Trauma - (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora