CAPÍTULO 65 (Olha o que você me fez fazer)

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Victor
        "- Depois de cometer meu primeiro assassinato as coisas meio que foram fluindo rapidamente e apenas uma pessoa tinha presenciado o que eu fiz era uma vizinha que estava sempre por perto ajundando minha mãe e o cretino do meu pai,depois fiquei sabendo pela suas próprias palavras que aquele maldito tinha tentado abusar dela mas graças à Deus não tinha tido sucesso,era mesmo uma ótima garota muito linda,levei um tempo pra perceber que era assim que conseguia ludibriar suas vítimas devia ter prestado atenção nos sinais mas na hora não conseguia repensar em qualquer coisa."
              — Mesmo sem querer isso transforma meu descanso em um possível alerta,posso sentir na maneira como não sossega em meus braços que esse tipo de coisa está lhe deixando desconfortável,ao beijar o topo da sua cabeça isso à faz relaxar é como uma bandeira branca levantada entre nós.
              — Tinha dezessete anos Wanessa quando precisei matar uns caras pra proteger minha namorada que na época tinha deixado de ser aquela vizinha gentil para se tornar alguém que esteve sempre ao meu lado presenciando meu trabalho tentando não ver as merdas que pensei estarem cobertas,naquela época essa tal vizinha já sabia bem a maneira como administrava meu trabalho,tinha se passado alguns anos desde que precisei matar meu pai pra proteger minha mãe cansado de vê-lo descarregar seu ódio nela quando chegava em casa bêbado,claro que poucos meses depois a mulher enlouqueceu por saber pelo médico que seu marido tinha morrido,isso lhe fez tirar a própria vida no hospital,fiquei de luto por alguns dias mas tinha Miranda,ela..."
            "- De repente paro pois sei que se começar não vou conseguir parar de falar,aquilo era minha cruz que precisei carregar nada mais que isso só que igual uma bola de neve começava à acumular mais peso nos meus ombros aos poucos,no decorrer dos dias já que tentei fazer algo bom por alguém que amo para em seguida ter todo meu chão sendo arrancado dos meus pés."
Wanessa:- Tudo bem Victor pode me contar.
          - Wanessa falava isso enquanto estava sem muito fôlego e com suas bochechas rosadas enquanto era penetrada por mim,meu Deus adorava vê-la assim mas foi só quando saciamos um pouco nossa vontade um do outro pela madrugada que comecei à contar a real história do meu envolvimento com ela é claro que minha Lolita tinha descoberto quase tudo mas faltava o principal estava me preparando pra isso porque  sabia que doeria nela muito e não conseguia vê-la machucada e pra piorar me odiando por fazer isso.
Victor:- Você é muito boa sabia disso?
           "- Adorava tocar em seus cabelos logo depois de termos terminado era uma sensação de puro prazer,satisfação,conforto mútuo entre ambos que parecia silenciar todos os medos pelo menos durante algumas horas."
Wanessa:- Victor?
Victor:- Hum?
Wanessa:- Não vamos resolver nada apenas transando o tempo todo sabia?
Victor:- Tem certeza?
            "- O silêncio segue como uma sombra na noite mas finalmente crio coragem pra dizer o que preciso à ela."
Victor:- Miranda era exatamente como você é perigosa sexy e cruel quando queria ser,conseguia envolver qualquer um nas suas teias de mentiras apenas para não se sentir a vilã da sua própria história.
Wanessa:- Eu ainda não entendo onde quer chegar.
Víctor:- Miranda era o que você aparenta ser...tinha vontade de matar,era compulsivamente perigosa...tinha surtos,era cruel mas também muito carinhosa quando queria,apenas pra disfarçar realmente sua verdadeira natureza...mas mesmo depois de tudo Wanessa eu à queria,talvez eu seja mesmo um louco!
Wanessa:- Talvez.
          "- Ambos rimos de nós mesmos como se isso fosse a piada mais louca e engraçada que poderíamos achar um no outro e a parte mais louca disso tudo era que compreendiamos todas as loucuras que dizíamos e mesmo sendo doentio aquilo parecia ser o mais natural de se fazer naquele momento é para ser honesto com você querida parecia aliviar o peso do meu fracasso com Miranda,minha ex psicopata."
Víctor:– Tinha ido matar um cara em outra cidade e deixei ela e nosso filho recém-nascido sobre os cuidados de Melissa e uma ótima minha sabia que era perigoso mas precisava ganhar uma grana já que pela gravidez de alto risco e por não estar cem por cento minha mulher ficaria imcapacitada foi aí que avisei as duas sobre como Mirand poderia ser imprevisível e que não deixassem ela sozinha com meu garoto.
Wanessa:– O que houve?
Victor:– Entrei em casa e vi marcas de sangue corri até o quarto do bebê e o encontrei morto dentro da banheira e ela do lado cantando a mesma canção de ninar quando ainda estava grávida.
Wanessa:– Deus Victor!
            — Aquelas lembranças nunca seriam esquecidas mas precisava compartilhá-las agora mais que nunca.
Wanessa:– E Melissa e essa tal prima sua?O que aconteceu?
Victor:– Não tinha conseguido salvar nosso filho e depois de ter desacordado as duas e quase ter degolado a Melissa eu cobri o corpo do meu filho em um cobertor e tranquei Miranda em um quarto de hóspedes e discuti por horas com as outras até que ficou decidido que seria eu à acabar com isso.
Victor:– Você à matou?
            — Lágrimas de raiva e tristeza caiam mas a pior dor foi ter que acabar com isso eu mesmo não poderia ser uma brincadeira de mal-gosto pior do que essa ter a felicidade e acabar com ela em seguida.
Victor:– Fui até a Miranda que continuava sorrindo e perguntando quanto tempo levaria para nosso filho acordar e lhe abracei forte dizendo que em breve os dois estariam juntos no céu e à esfaquiei nas costas.

Trauma - (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora