Capítulo 15: Verdades (parte2)

7 0 0
                                    

-Me solta! - Gritei
- Volte para seu mundo e siga os sinais - disse a mesma voz que falava com a Stella no armario, mais agora ao meu ouvido- eles vão te revelar tudo.
- Mas o que..."
- Seline? Stella?
Escutei alguem gritando mais não respondi estava olhando para aquela rosa no chão.
- A-aqui! - Gritou Stella
"Siga as pistas"
***************************
- Você está bem realmente Seli?
Olhei para Gregori mais me sentia vazia. Concordei com a cabeça e voltei a olhar para a paisagem que passava por nos enquanto ia-mos embora. Não queria conversar com ninguem, só queria pensar no que me aconteceu. Como ele sabia que eu não era de lá? e de qual pistas ele estava falando? e quem é ele? eram muitas perguntas que cresciam ao decorrer do tempo. Assim que cheguei em casa, vi o carro de minha mãe estacionado na garagem.
- Não sabia que minha mãe havia voltado - disse olhando para Gregori.
- Nem eu Seli - respondeu ele confuso - vamos logo ver o que aconteceu.
Assim que eu Gregori e Stella saimos do carro, um vento forte bateu em meu rosto dando-me certa dificuldade para andar.
- Seli você está bem?
Olhei para Gregori e sorri em resposta. Adentramos em casa e ouvi mamãe conversando com Izz e Boe. Ela voltou seu olhar para mim e depois para as duas pessoas que me acompanhavam.
- Oi filha
- Onde a senhora estava? - perguntei pontualmente vendo seus olhar sobrecarregado.
- Na empresa de seu pai resolvendo...
- Poderia ter me ligado, ou quem sabe mandado uma mensagem - falei a interrompendo.
- Desculpa Seline - respondeu ela - é que estava muito ocupada. Eu queria voltar.
- Então porque voltou? - falei rispida.
Ouvi alguem limpar a garganta fortemente e lembrei que havia quatro pares de olhos assistindo a nossa pequena conversa.
- Vocês podem subir rapidinho? - pedi olhando para todos - preciso conversar com minha mãe.
Todos assentiram e foram seguindo para os quartos ate minha mãe os chamar.
- Fiquem - disse ela - Seline você já sabe de bastante coisa...
- Não graças a você - respondi.
O silencio predominou o local. Fitei-a com certo desejo de ouvir da boca dela tudo que eu agora sabia. Ter o gosto de ouvir minha mãe falar tudo aquilo que ela me escondia por anos.
- Estou vontando para...
- E quando volta? Se é que pretende voltar - perguntei olhando-a.
Ela levantou sua cabeça e voltou seus olhos para os meus.
- Não sei se irei voltar querida - respondeu ela. Assenti com a cabeça e voltei minha atenção para o envelope que havia em suas mãos.
- Okay - respondi - mais pelo menos mantenha contato.
- Manterei - confirmou ela - esta casa está em seu nome, juntamente com o carro. Na verdade tudo que eu e seu... pai temos está no seu nome filha.
- Não quero heranças - respondi.
- Mas lhe daremos da mesma forma. Voltarei quando possivel e enquanto isso... - ela voltou seu olhar para todos - você terá proteção.
- Ela sempre teve - respondeu Gregori pontualmente.
Mamãe sorriu para Gregori.
- Eu sei querido - ela se levantou e esticou o envelope para mim - aqui contem algumas respotas para suas duvidas. Tome cuidado filha.
Olhei para ela e depois para o envelope e o peguei.
- Tomarei mãe - respondi e lhe abracei.
- Não permita que nada te derrube querida. Você é forte.
- Eu sei - menti.
***************************
Assim que minha mãe partiu novamente para a empresa de papai, subi para meu quarto, coloquei o envelope na gaveta de meu guarda roupa no meio das meias e deitei na cama. Minha cabeça estava a mil por hora. Tantas situações que passei em apemas um ano e meio que sentia que toda a carga que eu evitava, agora vinham a tona de uma unica vez.
- Seli?
Olhei para a porta e vi a cabeça de Boe na porta entre-aberta.
- Entre - disse o encorajando a entrar.
Ele adentrou o quarto e parou nos pés da cama.
- Você está bem?
Fechei meus olhos e concordei com a cabeça.
- Fale a verdade Seli
Fiquei em silencio e senti um tumutuo de sentimentos me envadirem.
- Não estou bem - disse por fim deixando-me chorar.
Boe veio ao meu lado e sentou na cama. Passou a mão no meu cabelo e enxugou uma lagrima que rolava.
- Estou tão perdida Boe - disse segurando o choro.
- Eu estou aqui para te ajudar - disse ele.
- Deite Boe - disse para ele - preciso de companhia.
Ele deitou com relutancia. Abracei ele enquanto chorava, ele me abraçou em resposta e passou as mãos em minha costa.
- Não sei o que fazer - disse fazendo minha voz sair abafada.
- Tudo bem Seli, isto é normal - respondeu ele.
- Por que tudo isso tinha que acontecer comigo? - perguntei
- A certas coisas que são precisas - respondeu ele.
- Isso não responde minha pergunta - alertei.
- Porque você é uma garota maravilhosa - respondeu ele e fiquei em silencio. - Sabe Seline, eu não gostava muito de você antes, mais agora sinto um carinho e amor enorme por você. Sei que a maioria dos anjos não tem sentimentos, mais você gera isso com nós.
Sorri em meio as lágrimas. Boe tinha esse jeito dele de fazer tudo melhorar com simples palavras.
- Boe? - sussurrei levantando meu olhar para ele.
- Sim Seli - vi seu olhar pousar em meus olhos.
- Nunca, jamais me deixe - sussurrei - eu não suportaria a ideia de perder você ou qualquer um de vocês.
- Calma Seli jamais te deixaremos.
Assenti e me aconcheguei em seu peito. O cheiro de terra molhada e madeira me fizeram dormir rapidamente. Não sonhei com nada, me senti caindo em um sono profundo.
Eu precisava de coisas novas, de uma vida nova. De respostas.

Destino... Ou Morte (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora