NOTAS DA AUTORA
Hey, mais um capítulo fresquinho para vocês
Se estão gostando, deixem seu voto e adicionem a biblioteca :)
Bejokas <3
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"Pare, pense e reflita... Tudo que você precisa está aí."
O ser é mais difícil, mais complexo e precisa de mais determinação. O estar é simples, você sequer precisa gostar do que faz, apenas ficar ali parado, sem pensar ou raciocinar. O problema estar em equilibrá-los.
Olivia estava sentada naquela cadeira há exatamente meia hora, o que fazia seu corpo ansiar por uma caminhada. Precisava terminar aqueles laudos o mais rápido possível, para depois levá-los a Mikes e ir, em fim, para casa. Simples.
Mas sua cabeça não estava ajudando em nada. A dor era absurda e constante. Sua mão apertava as têmporas com força, deixando os nós de seus dedos esbranquiçados.
- Tudo bem com você? - Shelie perguntou preocupada.
- Minha cabeça está doendo. - Respondeu fazendo careta por mais uma pontada.
- Acho que tenho remédio na bolsa. - Ela levantou e foi em busca da bolsa preta, pendurada no gancho da porta.
- Não quero, obrigada. - Olhou para a amiga e sorriu. - Deve ser sono, quando eu chegar em casa e dormir, passa.
- Você e essa mania de tentar fazer todo mundo achar que está bem. - Reclamou pondo as mãos na cintura. - Mas, querida, eu sou sua amiga e querendo ou não vai ao hospital comigo. Entendeu?
- Não acho que seja neces... Ai! - Se encolheu de dor.
- Nada de desculpas, vou chamar o Still para fazer esses laudos. - E saiu da sala às pressas.
Olivia não pôde dizer nada, na verdade, nem queria. Estava grata por ter uma amiga tão dedicada.
***
- Eu já disse que detesto hospital? - Shelie murmurou, engolindo em seco, enquanto esperavam na recepção.
- Já. - Olivia sorriu, logo fazendo outra careta de dor.
Elas estavam acomodadas em cadeiras de ferro, dispostas em filas, de frente a um balcão cor de pêssego. A recepcionista era uma senhora de aparência pouco admirável, mas esta sorria, apesar do cansaço aparente.
- Olivia Campbell? - As duas se levantaram e seguiram por um corredor, até uma porta amadeirada que constava "Dr. Phillip Brown (Neurologista)".
- Entre. - Ouviram depois de bater.
- Com licença. - Disse Olivia, timidamente.
Parou por alguns instantes, admirou o ambiente sofisticado e confortável. Era tudo perfeitamente encaixado em seu devido lugar, até mesmo o médico. Este era loiro de olhos verdes, parecia colossal mesmo sentado.
- Gosta do que ver? - Perguntou com um sorriso de canto, pegando a jovem no flagra.
- Hãn, bem, a sala é muito bonita. - O sorriso do médico alargou com tal comentário, deixando Olivia completamente sem jeito.
- Claro, sentem-se. - Indicou as duas cadeiras à frente. - Quem é a paciente?
- Ela. - Shelie apontou para a outra com um sorriso estampado no rosto.
Olivia a encarou por um tempo, claramente zangada. Ela conseguia ler as intenções da amiga, ou melhor, qualquer um poderia fazer isso.
- O que sente, querida? - Perguntou Phillip de maneira delicada.
- Dor de cabeça. - Disse simplesmente.
- Forte? - Ele a encarava profundamente a cada pergunta.
- Muito. - Olivia, por outro lado, sempre desviava o olhar.
- Certo, vou lhe receitar um medicamento. - Comentou enquanto escrevia. - Mas se não passar, volte, tudo bem?
- Okay. - Respondeu, encarando a caneta que mexia de um lado a outro, de forma sincronizada.
- Muito bem, tenha um bom dia. - Levantou-se e estendeu a mão para a jovem.
- Obrigada. - Olivia retribuiu o gesto, mas pensando "Quantos médicos cumprimentam seus pacientes assim? Ainda mais de graça?".
Ao saírem da sala, Shelie a encarava sem parar de andar, com um sorriso de orelha a orelha.
- Você viu isso? - Ela gargalhou. - Meu Deus, ele estava te paquerando.
- Você está imaginando coisas. - Resmungou.
- Pára, você também notou. - Disse sem tirar o sorriso do rosto.
- Vamos embora, estou com dor de cabeça.
***
- Quem fez esses laudos? - Ethan vociferou em alto e bom tom. - Não servem nem como papel higiênico.
- Calma, cara. - Charlie ria do amigo. - Você está nervoso.
- Serio? - Um sorriso irônico surgiu na boca do delegado. - Como você é perspicaz, amigo. - De repente seu semblante ficou sério de novo. - CABO WILL!
Entrou na sala um homem magricela, totalmente desengonçado, tropeçando nos próprios pés.
- Senhor?!
- Chame Mikes e o responsável por esses laudos. - O homem ainda permaneceu parado o olhando. - AGORA!
Ethan se jogou na cadeira e apertou as têmporas. O estresse do turno o havia consumido totalmente. Ele só queria descarregar tudo isso.
- Você precisa de férias. - Comentou o escrivão, incrivelmente relaxado.
- Impossivel. - Suspirou pesadamente. - O caso do assassino em série só está no inicio.
- Conseguiram mais alguma coisa? - Indagou Charlie, se virando e encarando o amigo.
- Nada.
Ele virou a cadeira e encarou a janela. Sua vida estava mais complicada do que há anos atrás. Não tinha feito nenhum progresso significativo, apenas era reconhecido como o bom profissional. Mas nada que o fizesse se orgulhar de quem era, faltava algo, mas o quê?
- Ethan?! - Mikes adentrou a sala. - Mandou chamar?
- Mandei. - Segurou os papeis nas mãos. - Quem estava responsável por esses laudos?
- Olivia. - Respondeu receoso.
- Onde ela está? - Perguntou baixo, porém duro.
- A caminho.
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Destinos Traçados
RandomOs caminhos não se cruzam por acaso! Entre sonhos, medos, passados, dores, amores e rotina, seria o homem capaz de mudar? Essa misteriosa e envolvente história te fará sentir tantas emoções quanto pode aguentar. #ATENÇÃO Se você é hipertenso, tem p...