Episódio 3

7 1 0
                                    

  Após o menino aceitar sua proposta, o ancião abriu um sorriso no rosto de orelha a orelha, percebendo que sua visão se tornava realidade.

— Ótimo! Porém... Você precisará de armas... E minha madeira acabou. — Complementou o velho.

  O garoto então apontou para o seu pedaço de madeira que ele carregava. O ancião foi até a porta, segurou a madeira, analisando. Após alguns segundos olhando, decidiu que era um ótimo pedaço para fazer uma arma para ele.

   Foi então até a forja que este tinha atrás de um armário, e a arrastou até o centro da humilde casa. Pegou algumas barras de ferro, e colocou-as lá dentro para virar líquido. Depois de alguns minutos, este tirou o ferro derretido colocando diretamente numa forma de lâmina para machados, enquanto o garoto apenas observava, achando tudo aquilo maluquice dele, sem entender muito o que acontecia. Depois de aproximadamente meia hora dentro da forma, o velho colocou o ferro semi-solido num balde d'água, fazendo uma fumaça que tomou conta da casa toda, fazendo ele e o garoto tossirem. Após isso, pegou o pedaço de madeira, o cortando num tamanho médio com um pequeno facão, e fazendo um corte na parte superior do cabo, para encaixar a lâmina na madeira. Tirou o ferro do balde de água e o secou. E assim fez uma arma primária rapidamente. Pegou um fio de palha, de um dos chapéus que tinha na estante e amarrou a lâmina no cabo, para encaixar com mais força e a madeira não escapar com tanta facilidade. Lhe entregou o machado, e disse para ele sair para treinar, pois o velho já não conseguia por conta própria fazer isto, a idade já o abalava um pouco. O garoto negou primeiramente, mas o ancião insistiu bastante para que este fosse, e ele, num suspiro aceitou de cabeça baixa. Foi até a porta junto com o ancião, abrindo-a. Ali o velho o parou, tirando duas ampulhetas do bolso, levantando-as na altura do rosto, e as virou ao mesmo tempo.

 — Quando a ampulheta chegar ao final de seu ciclo retorne, essa ampulheta em minha visão determinava o início da era que se aproximava, e não quero que se atrase. Não se preocupe, pode balançar ela à vontade. Não há problema se atrasar um pouco. É só para ter uma noção de quando voltar. — Disse o velho, enquanto o garoto olhava para elas.

Então o ancião amarrou uma das ampulhetas na cintura do garoto com outro fio de palha, colocando a outra sobre um armário ao lado da porta, enquanto o jovem ia atrás de algo para fazer, que não envolvesse lutas, por ainda não confiar nas palavras dele...

The HeroOnde histórias criam vida. Descubra agora