Receosa, eu respirei fundo, dando um passo a frente e bato
na porta levemente-Entre - Disse uma voz grossa, virei a maçaneta e entrei no escritório.
Em uma mesa, focado no computador estava meu pai. Me sentei em uma das poltrona, dessa vez ganhei a atenção dele, que me olhou.
-Mandei você sentar? - Perguntou ele. Rapidamente me lavantei - A filha dos Souza está noiva é o assunto do momento. - Começou calmamente
- A atenção esta completamente voltada para eles, isso não me agrada e nem é bom para os negócios. O que quero que você faça é simples. Arrume um namorado.
No tom de voz dele, pude perceber que aquilo se tratava de uma ordem, não de um pedido de um pai, para filha.
Eu não sabia como reagir a isso então simplesmente assenti, era sempre assim eu nunca consegui dizer não a ele, ninguém consegue.
-Ótimo agora saía tenho muito trabalho a fazer - Finalizou voltando atenção ao computador
Sai da sala e andei em direção ao meu quarto subindo as inúmeras escadas e passando pelos infinitos corredores que tinhamos na mansão, quando enfim cheguei ao meu quarto. Me joguei na minha cama peguei um dos travesseiros coloquei no rosto e gritei o mas alto que podia. Mesmo que o som tenha saído abafado levantei andei de um lado pro outro
-Droga, droga, droga - Desabafei, para mim mesma.
Como eu conseguiria um namorado? O problema não é minha aparência afinal sou linda, mas o verdadeiro problema é quem em sã consciência namoraria com uma garota que é desastrada, sem tempo pra nada graças as varias aulas de tudo um pouco que tenho. Tenho 16 anos eu sei que faço drama, mas poxa, vir de uma família muito rica não é fácil tenho que ser perfeita em tudo.
Falo três línguas diferentes, danço e eu tiro sempre as melhores notas da minha classe, e varias outras coisas que consomem meu tempo agora eu vou ter que aguentar um namorado? E se ele for daquele tipo meloso? Ou daqueles que só falam sobre músculos? Eu nunca namorei claro que rolo alguns beijinhos aqui outro ali na minha fase rebelde, mas em fim e agora? Eu deveria ligar pra Rebeka ela é minha única e melhor amiga, ela vai saber o que fazer.
Me levantei e peguei meu celular de última geração e disquei o numero rapidamente.
-Alô - Disse ela com voz de sono, uma coisa que ela definitivamente fazia muito era dormir pensei, deitando na minha cama novamente.
-Oi é a Victorya-eu respondi.
-Tory - Ela exclamou feliz dizendo meu apelido-Lembrou da amiga?
-Ah é foi mal. É que eu estava ocupada e aconteceu algumas coisas...- Expliquei, porem ela me interrompeu
-Conta tudo!! - Ela grito depois de eu contar a situação ela falo toda animada como sempre - Isso é ótimo tenho muitos pretendentes pra te apresentar !
Eu não devia ter contado, me arrependi de imediato.
-Tory vai namora - Cantarolou, mais feliz com a ideia do que eu.
-Beka - Reclamei usando o apelido dela e rindo por causa da risada estranha que ela tinha.
Nos conversamos a noite toda sobre possíveis pretendentes e sobre o como ela esta feliz por isso e dando o maior apoio a ideia do meu pai, e sabe, acho que não vai ser tao ruim afinal de contas. Mas uma coisa que definitivamente vai ser ruim é acordar as sete da manhã sendo que eu fui dormir as quatro depois de muitos "até" e "eu prometo te ligar mais".
Eu finalmente pude descansar naquele edredom quentinho. Eu me virei, de um lado para o outro, tentando achar uma posição confortável e pensando talvez, até um pouco ansiosa, algo me dizia que era apenas o começo de muitas aventuras, e com esse pensamento peguei no sono.
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(amar)go
RomanceOrdem, perfeição, dança, confusão, aventura, amor, namorado, familia. Doce? Amargo? Victorya nunca imaginou que sua rotina ia mudar tão drasticamente assim e que de repente ela poderia escolher seu próprio destino. -Eu te odeio- Eu falei en...