(amar)go

15- Conselho de avó

Acordo sentindo um dose aroma de... Panquecas, meio enrolada levanto da cama e vou direto ao banheiro fazer minha higiene matinal.

Vou de pijama mesmo em direção a cozinha onde minha vó "fazia a festa"como ela gostava de dizer dei um breve "bom dia" e fui a sala de jantar que se encontrava  em um espaço em aberto.

A mesa  estava detalhadamente arrumada com varias frutas, pães, sucos e panquecas e qualquer outra coisa que se possa imaginar.

Me sento em uma cadeira na ponta da mesa, uma empregada me entregou  panquecas e suco de laranja sem esperar "ataquei" estava ótimo, apesar de que o suco não estava muito doce.

Vovó que em algum momento havia sentado em minha frente e comia calmamente e me olhava uma vez ou outra com uma pergunta contida, porém ela não perguntou nada.

Logo depois esquecendo isso,  começamos a conversar sobre o que faríamos  hoje que seria ir ao jardim,  mercado e em fim iriamos a minha "Árvore magica" eu não podia vim aqui sem dar uma passada lá

Fui ao meu quarto fiz uma trança embutida em meus longos cabelos esperando que assim até o final do dia a traça continua-se alí e coloquei uma jardineira jeans um blusa branca em baixo  e um tênis qualquer.

Fomos ao jardim que era enorme atras da casa e começamos a trabalhar arrancando as ervas daninhas, plantando verduras,  regando plantas  e coisas assim...

Minha vó preparou um almoço com as verduras que colhemos, estava muito bom. Depois tomamos um banho para tirar toda aquela terra,   fomos ao mercado seguindo o cronograma,   iriamos de táxi pois era um pouco longe.

Quando chegamos vi que o  mercado era tão velho e pequeno como qualquer outra coisa naquela cidade, como no aeroporto a placa estava com diversas letras faltando, no lado de dentro estava ainda pior do que o de fora prateleiras cheias de teias de aranha apesar de estarem cheias, aquele  mercado decadente era o único mais próximo, talvez fosse o único da cidade!

Aquele lugar retratava como estava o resto da cidade caindo aos pedaços...

Tudo é tão velho aqui, pensei

Tive uma breve conversa com vovó sobre o que eu ando comendo e assim que contei a ela que minha refeição não era nada saudável ela "pirou" e disse que enquanto eu estivesse lá comeria apenas alimentos de verdade

Mais fora a sujeira e as teias de aranha ainda era um mercado, compramos tudo que precisa vamos e fomos em bora.

Quando chegamos em casa depois de guardar todas as compras e colocarmos uma roupa mais confortável finalmente fomos a minha "árvore magica" que não era nada mais nada menos que uma arvore gigante sem exagero ela é enorme mesmo.

Aquele lugar tinha uma bela vista, me sentei em meio as raízes dela e apreciei a vista.

A casa da minha vó dava a duas vistas maravilhosas na parte da frente é possível ver a cidade toda,  mas atras na minha árvore tem uma linda  floresta

 Então minha vó tomou coragem e finalmente perguntou 

-O que te trouxe aqui? Não ache que eu não gosto ter você aqui venha mais é só que você sempre vem aqui quando tem algum problema.

Suspirei  por ter que contar e me lembrar de toda a situação, contei a ela sobre tudo 

-...E em toda essa situação eu sequer sei o que o Alex é meu.-Terminei dizendo 

Ela não falou nada só me abraçou e então eu comecei a chorar eu tentava controlara as lágrimas mais não deu 

-Tudo bem querida chore e depois que você chorar vai perceber, que  depois que você se livrar de todos esses sentimentos ruins o mundo vai parecer brilhar muito mais- me aconselhou,  enquanto passava as mãos em meus cabelos os soltando da trança embutida 

Não sei por quanto tempo fiquei ali só chorando... Quando parei um pouco olhei em volta e percebi as estrelas brilhando intensamente no seu e a minha volta milhares de vagálumes 

Vovó estava realmente certa assim que parei de chorar eu vi o mundo literalmente brilhar...

Fiquei mais um tempo ali só adimirando toda a beleza a minha volta

Depois eu e vovó fomos pra talvez o único lugar em que verdadeiramente posso chamar de lar, dizem que o lar é um lugar onde você se sente seguro, onde você pode descansar, eu nunca me senti assim em nenhum lugar só aqui... 

 Algum tempo depois dentro de casa deitada pro teto tentando escolher se voltava ou não...

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