Já estava vestida e penteando o cabelo quando ele saiu do banheiro.
- A gente pode só esquecer que aquilo aconteceu? - Eu consigo ver sua cara envergonhada ao dizer isso.
- Esquecer o que? - Pergunto sorrindo.
E ele sorri de volta.
- Então, vamos fazer o trabalho? - Ele pergunta sentando na ponta da cama e segurando meu caderno.
- Eu sinto que você me odeia! - Resmungo me jogando na cama.
- Não vamos recomeçar com isso. Vem logo! - Ele me puxa pra eu sentar ao seu lado.
Minha cabeça não consegue parar de dar voltas em pensamentos sobre o beijo dele. Nunca imaginei que ele tivesse tanta pegada.
Ele estava totalmente concentrado no caderno e eu não conseguia pensar em mais nada além de subir em cima dele e agarrar ele igual uma louca.
Tomamos um susto quando ouvimos gritaria no andar inferior. Não dava pra entender bem o que era. Olhei pra ele em busca de respostas e ele só demonstrou que também não sabia o que era.
Minha mãe subiu as escadas chamando meu nome nervosa. Fiz sinal para ele se esconder no banheiro. E ele foi sem questionar.
Ela entra no meu quarto sem bater e pergunta: - Mariana, você sabe aonde o Enzo está?