Capítulo 45

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Nicholas

Nós sentamos nas cadeiras vazia, ao redor da grande mesa, o clima parecia tenso, e isso todos notaram.

-- Por que o trouxe? -- Ouvi sussurros baixos entre as garotas que ficavam um pouco mais afastadas.

-- Achei que não tinha problema. -- Hanna se defendeu, e recebeu um olhar mortal de Sophia. -- Ok, desculpas. -- Sophia rolou os olhos. -- Pensei que talvez pudessem conversar, e resolver tudo.

-- É, mas pensou errado não irei perdoa-lo, nada me fará mudar de ideia. Respeite a minha decisão. -- Fala firme, o que me deixou com raiva. -- Para de ficar tentando resolver as coisas, eu não quero, está bem? -- Se levanta e vai em direção ao banheiro.

-- O que tanto pensa? -- Carla pergunta me tirando totalmente da direção em que antes olhava.

-- Nada demais. -- Dei de ombros e ela me roubou um selinho, sorri fraco e Hanna me olhou negando com a cabeça.

Levantou-se também, disse algo no ouvido de Mia e as duas foram a casa de banho, provavelmente conversar com Sophia.

Sophia

Respira, respirar... Era o que eu exatamente estava tentando fazer, lágrimas caiam. Minhas mãos apoiavam na pia enorme.

-- Não chora vai. -- Hanna entra no banheiro, e me vira para ela. -- Não sabia que você iria reagir assim. Desculpas. -- Sussurrou, em poucos minutos de chorar, minha respiração voltava ao normal.

-- Quem é aquela garota? -- Pergunto limpando algumas lágrimas que escorriam no rosto.

-- Agora aquilo não foi minha ideia. -- Levantou as mãos. -- Odeio aquela garota. -- Rosnou me fazendo rir.

-- Anh ... -- Gemi me escorando em um dos braços de Mia e me endireitando, meu corpo ainda doía muito, isso eu não podia negar.

-- Você está bem? -- Dizem juntas, eu apenas assenti e tirei minhas mãos de seu braços.

-- Não se preocupem, estou bem. São apenas os remédios. -- Sussurro e dou um sorriso amarelo. -- Vamos voltar, quero que acabe logo esse janta, não suporto olhar para aquele casalzinho, me dá ânsia.

-- Uma coisa você está completamente certa, eu concordo contigo. -- Mia disse fazendo menção de vomitar.

Nicholas

As três voltaram do banheiro e sentaram-se, desta vez Noah se sentava perto a Sophia, ou seja, próximo a mim. Podia sentir seu cheiro suave.

-- Pare de olhar tanto para ela. -- Carla se irritou. -- Se for olhar ao menos desfaça, está comigo não com ela. -- Falou alto.

-- Mal chegou já está se achando dono dele. -- Hanna diz alto fazendo todos escutarem. Peter dar-me pequenas cutucadas na mesa, assim como eu faço com Carla.

Sophia parece não perceber o que estava acontecendo, seu olhar estava baixo, suas mãos na cabeça, ela não está bem, disso eu tinha certeza, porém não podia fazer nada.

Sentir sua respiração pesada, parecia ofegante, gemia um pouco baixo, mas sua cadeira estava a poucos passos de mim. Noah também reparou no seu mal-estar.

-- Boneca está tudo bem? -- Noah Sussurrou a mesma, que permanecia calada e de cabeça baixa. -- Cadê o remédio para dor? -- Perguntou ela respondeu muito baixo não deu para ouvir.

Ele a entregou um copo de água e dois comprimidos diferentes a mesma, e ela tomou tudo, fungou.

Ela estava chorando.

-- Que ir para casa? -- Noah passava uma de suas mãos pelas as costas cobertas.

-- Não, não quero estragar sua noite. Parece está se divertindo, pode continuar. -- Ela sorriu tentando transmitir que estava tudo bem, o que nem ela mesma acreditava. -- Vou só tomar um pouco de ar aqui está me sufocando. -- Fungou novamente.

-- Certeza? Não quer que eu vá com você. -- Noah perguntou e a mesma assentiu e o pediu para ficar sozinha.

Além de mim e Peter, ninguém avia percebido. Ela se posicionou de pé , e foi em direção a porta da saída.

-- Vai. -- Hanna disse por fim, sorriu e olhou para a porta. Peter concordou com ela e assentiu. -- Eu distraio ela! -- Sussurrou e apontou disfarçadamente para Carla que mexia no celular, sua conversar com qualquer pessoa estava de trás da tela, com certeza estava mais interessante que o nosso "jantar" entre amigos.

Levantei-me e direcionei meus passos até a porta pela a qual Sophia passará agora pouco. Suspirei criando coragem, para talvez uma nova briga, ou o que eu queria a nossa reconciliação.

Apesar de não namorar ela, sinto algo bom quando estou perto, uma sensação de paz, a cada sorriso dela, me faz mostrar que eu realmente queria está ali naquele momento.

Só... Eu e ela.

Sair pela a grande porta, visei ela por todos os lados, a rua vazia, apenas carros parados perto as calçadas. Uma única luz iluminava seus cabelos pretos, ela estava olhando para cima. Fechada nos seus próprios pensamentos a qual eu daria tudo para saber, seus olhos estava vermelhos, sinal de que ainda permanecia com lágrimas caindo.

-- Argh... -- Reclamou, colocou a mão sobre a barriga, com certeza ela não estava nada bem. -- Ahn. -- Choraminga, e se apoia no carro.

-- Ei, calma. Você não tá bem. -- Por impulso me aproximo e a seguro. Ela se assusta com minha presença.

-- Deixe-me. -- Sussurrou colocando suas mãos no rosto, eu podia escutar seus soluços. -- Sai daqui. -- Sua voz saia embargada.

-- Não vou deixar tu sozinha nesse escuro não. -- Digo assim que a ponho em minha frente escorada no carro. Ela tinha mais alguns minutos. -- Psiu, vai passar pequena, estou aqui. -- Mexo em seus cabelos, e ela finalmente se entrega ao meu abraço.

-- Está doendo Ni. -- Sussurra abafado, senti minha camisa molhar. -- Faz parar, faz. -- Pedi e levanta a cabeça, fico encarando esses olhos brilhantes.

-- Vem pequena, vou cuidar de você. -- Beijo sua cabeça, mas ela recua e limpa seus olhos.

-- Não, isso tá errado. -- Se soltou de meus braços. -- Me solta, não vou contigo. -- Tentou soltar o seu braço assim que eu agarrei.

-- Para, não faz isso com nós dois. -- Imploro, ela tem que conversar comigo.

-- NÃO, não faz isso você. -- Seus olhos se enchem de água. -- Será que não percebe que isso só nos machuca mais ainda? Para de tentar se aproximar. -- Sua voz falha. -- Nicholas você me magoou muito.

-- Não gosto quando me chama de Nicholas, é Nick. -- Minha voz sai rouca e baixa. -- Por mais que peça para me afastar, não consigo, não posso, não quero, não dá! -- Ando em sua direção. -- Eu sei que te magoei. -- Ela fechou os olhos e eu colei sua testa na minha.

Beijei.

Apaixonada Por Ele [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora