Júlia
Cidade de Vera Cruz no México.
Bar del Juan!
Eu estava lavando a louça do bar quando alguém me abraçou por trás me fazendo tomar um susto e deixar um prato cair e quebrar. Olhei pra trás e vi Juan aparentemente bêbado com um sorriso malicioso no rosto sorrindo pra mim como aquele homem desgraçado que dizia ser meu pai sorria me desesperei e me afastei dele.
— Saia de perto de mim ou lhe mato! — gritei apontando uma faca em cima da pia.
— Ela é nervosa! — ele zombou — Abaixa isso sua vadia imunda! — ele falou tirando uma arma de sua cintura.
— Juan por favor! — eu estava em desespero.
— Cala a boca vagabunda! — ele guardou a arma na cintura novamente e veio me abraçar.
Dei um chute entre suas pernas e distribui tapas pelas suas costas, ele apertou meus braços e me puxou pelo corredor que dava na porta de trás do bar onde ficava a casa de Juan, eu já sabia pra onde ele estava me levando e já sabia o que ia acontecer.
Ele me soltou dentro do quarto sem janelas e apenas com uma cama e uma lâmpada, ele fechou a porta antes que eu conseguisse me levantar do chão.
— Vai ficar aí pra aprender a ser uma vadia obediente! — ele falou do outro lado da porta e riu.
— Juan me tira daqui! Por favor! — eu gritei e bate na porta, mas ele não respondeu, ouviu seus passos se afastando.
Era sempre assim, quando não fazia o que ele queria ele me trancava aqui, me deixava sem comida durante um ou dois dias. Não era só eu que sofria nas mãos dele, mas era a que mais passava por isso porque não aceitava o que ele mandava eu fazer.
~~~ ☆ ~~~
Acordei assustada olhando pra todos os lados até que percebi que estava chorando. Olhei no relógio e já era seis horas, levantei correndo e me arrumei pra ir trabalhar, Deby não estava, mas em casa e então presumir que já havia ido trabalhar.
Cheguei no trabalho com dois minutos de atraso, fiz as minhas obrigações até o senhor Christopher me chamar.
— A senhora já tem uma resposta sobre a proposta de ontem? — ele perguntou assim que entrei em sua sala.
— Sim! — falei ainda atordoada com o sonho que tive.
— Sim já tem uma resposta ou sim a senhorita aceitaria? — ele parecia esta sem paciência hoje.
— Sim eu aceito sua proposto senhor! — falei olhando pra parede atrás dele.
— Senhorita Hernandez você me parece um pouco distraída hoje — ele observou — Aconteceu algo? — perguntou curioso.
— Me desculpe senhor! Não ouvi nada, problemas pessoais! — falei o mais profissional possível.
— Okay então, a senhorita já pode ir! — falou e voltou a sua atenção pro computador, mas quando eu ia saindo ele me chamou novamente.
— Senhorita Hernandez? A viagem será amanhã às cinco da manhã. Passarei em sua casa para te buscar. — concordei com a cabeça e sai de sua sala.
Foi difícil me concentrar o resto do dia, mas mesmo assim eu consegui fazer o meu trabalho direto, mesmo quando tive que tirar xerox do mesmo documento quatro vezes.
A noite também não teve nada de interessante, conheci o tal Adam e ele é bem legal, ele levou algumas roupas lá pra casa hoje e trará o resto amanhã.
Fui dormir cedo já que teria que acorda antes das cinco, fiz minhas mala e tomei um copo de leite antes de dormir.
Acordei às quatro em ponto, me arrumei e tomei café, fiquei esperando pelo meu chefe e quando do foi umas quatro e quarenta ele chegou em uma Land Rover preta, ele era quem estava dirigindo.
— Bom dia! — falei enquanto ele descia do carro e ele não respondeu.
— Você trouxe poucas malas! Vamos ficar seis meses fora — ele notou e parecia estar de mau humor.
— Trouxe as roupas que dá pra usar sem parecer uma mendiga! — falei e ele me olhou sério, definitivamente ele estava de mau humor.
— Não — ele parou e depois continuou — Acho melhor a senhorita entrar no carro.
Entrei no carro sem falar nada ele também não abriu a boca pra falar nada, fomos o caminho todo até o aeroporto assim. Lá ele me guiou até uma área reservada onde ficava seu jatinho particular, meio óbvio e claro que um homem tão rico não andaria em qualquer avião se não o dele.
— O jatinho tem dois quartos, pode ficar com o segundo! — falou assim que embarcamos lá dentro.
Era enorme lá dentro, tinha tipo uma sala na entrada, na direção da calda ficava a cozinha e na direção das duas asas ficava os quartos, um de frente pro outro. As laterais, sofás e cadeiras eram em bege puxado pro salmão, muito bonito eu confesso, fiquei parada olhado pra tudo a minha volta age que ele me levou até o quarto do lado direito que estava escrito o número um.
— Você fica nesse! — ele falou apontando pra porta.
Lá dentro era bem espaçoso com uma cama de casal, closet e banheiro, tinha também uma TV lá.
— Nossa! — falei quando vi aquilo tudo.
— Fique a vontade pra tomar um banho se quiser, tem roupas no closet assim na precisa desfazer as malas! — ele avisou e eu balancei a cabeça.
— Obrigado senhor — Fui interrompida.
— Para de me chamar de senhor! — falou na porta.
— Mas o senhor é meu chefe! — falei sem jeito.
— Vamos fazer assim, durante essa viajem você não me chama de senhor e eu não te chamo de senhorita? Okay? — ele falou parecendo se divertir.
— E como devo chamar o senhor? — perguntei e ele suspirou.
— Me chame de você ou de Christopher! Tanto faz, só não me chame de senhor! — falou e saiu do quarto.
— Tudo bem — falei pra mim mesma enquanto coloquei a mala ao lado da cama.
Fui no closet e estava cheia de roupas, sapatos e assessórios, peguei um vestido preto e uma rasteira que tinha lá, na gaveta havia roupas íntimas novas com a etiqueta ainda. Tomei um banho e me vesti, não gostei muito do vestido achei um pouco curto, mas não o troquei.
Passei doze horas no avião junto com o Christopher, ele parecia estar evitando estar no mesmo lugar que eu e ainda mais depois que ficou olhando para as minhas pernas quando sai do quarto me fazendo corar na hora.
Logo o aviador disse que íamos pousar o que me deixou aliviada e, ao mesmo tempo assustada, me sentei no sofá da sala e o avião deu umas tremidinhas me fazendo fechar os olhos com medo.
— Não precisa ter medo, ele só está pousando! — Christopher falou sentado na poltrona olhando pela janela.
— Não estou com medo! — falei abrindo os olhos — Estou receosa! — falei e jurava ter visto um sorriso em seu rosto antes que ele virasse pra mim sério.
O avião pousou depois de meia hora que foi avisado que íamos pousar o que me fez ter noção do quão alto estávamos.
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Meu Querido Chefe
FanfictionChristopher Clark Halle Júnior é dono de uma das maiores empresas do ramo da joalheria do mundo. Mas é um homem arrogante, egocêntrico, prepotente e muito mais muito bonito. Júlia Hernandez Rios, é uma Cubana que se mudou pra Nova York na esperança...