Executando 《 16 》

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Júlia

Não consegui dormir de tão preocupada que estava mas mesmo assim não mudei de idéia e estava disposta a seguir com o plano, fui até o banheiro tomei um banho e desci pra tomar café, passei pela varanda do quarto e vi meu pai e Christopher tomando café no jardim e resolvi me juntar a eles.

- Bom dia! - falei me aproximando deles.

- Bom dia! - falaram em coro.

- O que temos pro café da manhã? - perguntando olhando pra mesa repleta.

- Tudo o que você quiser minha filha! - meu pai falou e eu me sentei junto a eles.

- Preparada pra hoje a noite? - Christopher perguntou acariciando meu cabelo.

- Um pouco! - falei olhando o pão em minha mãe.

- Tudo bem! Vai dar tudo certo, eu prometo! - ele falou e meu pai concordou.

Depois do café da manhã liguei pra Deby pra ter certeza de que estava a salva e depois de me contar tudo o que aconteceu desde que eu viajei nos mínimos detalhes eu tive certeza de que ela nunca esteve tão segura na vida. Quando dei por mim das horas já eram quatro da tarde e já estava perto da hora de colocar o plano em prática.

Tomei um longo banho e vesti uma calça jeans escura e um moleton preto com uma regata por baixo, quando cheguei a sala de meu pai ele é Christopher estavam colocando umas coisas em uma bolsa.

- Ta pronta? - meu pai perguntou quando me viu entrando na sala.

- Sim! - falei indo até Christopher.

- Vamos colocar uma escuta em você tá? Aja naturalmente pra não perceberem a escuta! - Christopher falou vindo até mim.

Eu concordei e tirei o moleton e depois que a escuta estava em mim o vesti novamente , eles repassaram o plano mas uma vez, deram algumas ordens a umas dezenas de homens mal encarados e seguimos até um carro preto que havia na garagem.

- Ei?! - Christopher tocou meu braço - Depois que tudo isso acabar, vamos tirar umas férias tá? - ele falou e eu concordei.

Ficamos em silêncio o caminho inteiro, dentro de vinte minutos estávamos a quatro quarteirões do bar que marcamos, eu meu pai e Christopher descemos do carro preto e fomos pra um branco onde havia um radinho por onde eles poderiam ouvir tudo o que falarem perto de mim.

- Tudo bem! Você já sabe o que fazer! - Christopher falou .

- Júlia! - meu pai me chamou - Faça tudo o que falarmos pra você no ponto você tem que fazer, nem que seja ter que colocar um de nós em risco, tudo bem? - assenti e me virei pra Christopher.

Ele estava encostado no capô do carro de cabeça baixa, observei enquanto meu pai colocava o ponto no meu ouvido. Fui até Christopher e antes que eu falasse qualquer coisa ele me abraçou e me apertou contra ele.

- Promete que vai se cuidar? - perguntou com o rosto no meu pescoço seu hálito quente fez cócegas na minha pele.

- Prometo! - falei o apertando.

Ele tirou algo da parte da frente da calça, algo prateado e grande, quando passou pela claridade da rua percebi que era uma arma.

- Pra quê é isso? - perguntei olhando pra arma.

- Você vai levar isso contigo e vai me prometer que vai usá-la se precisar! - ele a colocou em minha mão.

- Não! Não! Não posso fazer isso! - ele me silenciou.

- Promete! - falou mas uma vez.

Olhei fixamente pros seus olhos que imploravam pra que eu a levasse comigo.

- Tudo bem! - me rendi a seus olhos implorativos.

- Júlia! Christopher vai contigo até a esquina do café e depois você vai sozinha. - meu pai falou e eu e Chris aceitamos.

Fomos andando em silêncio e quando estávamos a uma esquina do bar ele me abraçou, pediu que eu me cuidasse e então me beijou, ele voltou pra onde meu pai estava e eu segui pro bar, respirei fundo e entrei.

O medo tomava conta de mim quando eu os avistei em uma mesa na canto mas escondido da loja haviam dois, Juan e Matew estavam sentados tomando uma cerveja, a arma em minha cintura na parte de trás me incomodava quando me movia, fui até eles tremendo dos pés a cabeça.

- Vejo que ela aprendeu a ser obediente! - Juan falou assim que apareci em sua frente.

- Ou ela está apenas desesperada pra salvar sua amiga! - Matew falou e riu.

- Me sentei na cadeira a frente deles e os olhei, o pânico nos meus olhos deve ter os enganado.

- Esta com medo Júlia? - Juan perguntou.

- O que vão fazer comigo? - perguntei, minha voz estava trêmula.

- Ta! Primeiro vamos sair daqui! - ele falou se levantando.

- E nem pense em fazer gracinha - Matew falou levantando um pouco da camisa e mostrando um pedaço de sua arma.

Eles me guiaram até a saída do bar e quando chegamos perto de um carro eu ouvi a voz de Christopher no ponto que havia em meu ouvido.

Não fale muito, e não deixe perceberem a arma.

Ele falou e eu apenas escutei, eles colocaram uma venda em minha e me ligaram o carro. Eles cantavam a caminho inteiro e riam enquanto eu ficava cada vez mas apavorada com a situação, eu sabia que Christopher e meu pai estavam vindo logo atrás mas isso não diminuiu meu nervosismo.

- Chegamos! - Juan falou tirando a venda de mim.

- Que lugar e esse? - dor, foi o que senti quando ele me deu um tapa na cara.

- Não lhe interessa onde estamos vadia! - Matew falou e me puxou pelo braço.

Quando eu pensei que ia ser levada pra dentro da casa eu ouvi vários clicks e Matew e Juan pararam de andar, eles se viraram lentamente e haviam uns 30 a 40 homens com armas grandes apontando pra eles, meu pai e Christopher estavam a frente com uma arma também apontando pra eles.

- Larga ela agora! - Christopher falou.

- E porque faríamos isso? - Juan perguntou.

Tire a arma que você tem na cintura minha filha.

Ouvi a voz do meu pai no ponto e o obedeci puxando a arma e a apontando sem jeito para Matew que me segurava.

- Porque não somos os únicos querendo matar vocês!  - meu pai falou e Matew me olhou assustado.

Ele me soltou e eu corri ao encontro do meu pai e de Christopher, uma sirene alta começou a tocar e de repente vários homens eu acho que uns quinze apareceram atrás de Juan e Matew armados.

- Quando tempo Júlio! - uma voz masculina soou por trás dos homens.

Um senhor baixo e careca apareceu e eu sabia quem era, já o vi algumas vezes na boate onde Juan me obrigou a trabalhar como streepe, ele era o chefe da El Sally.

- Achei que estivesse morto Don Carlo! - meu pai falou.

- Não por falta de insistência sua! - o Don Carlo falou e riu.

Christopher me levou pra trás dos homens e eu apaguei, o pânico não me deixou consciente e eu não mas nada.

Meu Querido ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora