Capítulo 10: O amor e a dor

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NOTAS INICIAIS: HELLO GUYS! Esse capítulo tem música! Pra quem ama isso como eu, aproveitem porque essa música é maravilhosa demais! A música é só pra trazer a vibe mesmo. Foi o que eu ouvi durante a escrita da primeira parte, então já podem começar a leitura ouvindo ela. 

Eu queria agradecer muito a todos que favoritam, votam e comentam na fic, vocês não têm ideia do quanto isso é importante. Do quanto me incentiva a escrever e do quanto ajuda na divulgação da fic. Eu sou muito grata por todo o apoio e carinho que ando recebendo tanto aqui, quanto nas minhas redes sociais e isso só me deixa indescritivelmente feliz. Me inspira, de verdade. Muito obrigada. Falando nisso, discutam comigo o capítulo no twitter. Vou adorar conversar com vocês sobre!

Eu queria também me desculpar, apesar de nenhuma desculpa ser o suficiente, mas eu realmente estive tendo um tempo muito difícil para escrever. Minhas ideias estavam bloqueadas e nada parecia ser bom o suficiente. Eu escolhi um caminho bastante perigoso para continuar essa história, mas saibam que eu estou fazendo o melhor de mim. Eu não quero chegar aqui e escrever qualquer capítulo com qualquer interação Clexa/Elycia só para acalmar vocês e pronto. Eu quero fazer direito, eu amo essa história mais do que vocês possam imaginar e quero trazer algo bom pra vocês. Algo que vai além de uma fanfic pra passar o tempo, mas que toque vocês em todos os sentidos. Que façam vocês pensarem. Se questionarem sobre as coisas. Torcerem pelos personagens. Sofrerem junto com eles e serem felizes junto com eles também. Essa é a graça. Enfim, eu tentei escrever um capítulo bem grande. Não foi o que eu esperava, mas é o maior capítulo até agora e eu pretendo manter mais ou menos esse tamanho para compensar as eventuais demoras. Eu queria ter escrito mais, porém, vocês já esperaram demais. Aqui está o capítulo que faz realmente essa história começar e eu sinto que já sei a direção que quero ir. Eu espero que vocês gostem, um beijo no coração de cada um.

Boa leitura <3



Costia.

Me perdoa!


Tinha passado exatamente duas semanas. Eu estava exausta em todos sentidos, aspectos, músculos e nervos possíveis. Meu apartamento tinha sido praticamente abandonado, recebendo poucas e rápidas visitas, apenas no intuito de pegar algumas roupas limpas e tomar banhos. Na escola era difícil me concentrar, eu estava perdida nas papeladas, desatenta durante as aulas e completamente desconfortável ao trombar com Eliza pelos corredores. Eu nunca achei que poderia acontecer algo remotamente parecido com isso, mas eu mal conseguia olhar para seu rosto e tentava a todo custo evitá-la. Eu simplesmente não podia. Eu estava dividida, ou melhor, meu coração estava partido em dois.

Eliza sempre fora sinônimo de amor. Com ela eu sentia todo o significado dessa palavra, sentia tudo explodir dentro de mim e tudo gritar por ela. Não precisava muito, era só seus olhos queimarem sobre minha pele que eu estava a sua mercê. Simples assim. Mas por outro lado ela sempre fora sinônimo de dor. Desde que aparecera em minha vida me fez encarar sentimentos novos e enfrentar a mim mesma numa batalha contra meu próprio eu, só para estar com ela. Mesmo sabendo de sua doença. Mesmo sabendo que eu poderia perdê-la a qualquer momento. Doía mais do que eu poderia colocar em palavras, doía todo dia ao acordar de manhã e pensar na possibilidade de tê-la perdido durante o sono sem que eu sequer pudesse me despedir. Doía o tempo todo. Vê-la é como sentir a dor de uma cicatriz causada por uma experiência incrível. É confuso e devastador.

Eu não podia lidar com isso, ou melhor, eu não queria. Não enquanto Costia permanecia internada no hospital em condições graves só porque, na minha cabeça, eu estava destinada à outra pessoa. Por que Eliza tinha que ter saído de sei lá quando, só pra bagunçar minha vida e ferrar com a minha cabeça? Por que eu era a única a lembrar dela? De tudo que tivemos e, principalmente, de tudo que perdemos? Por que eu tinha que carregar esse fardo quando nem mesmo ela consegue lembrar de qualquer coisa? É tão injusto. Ela desaparece da minha vida como se nunca tivesse existido, me faz engolir o luto e sofrê-lo sozinha e em silêncio, para depois de anos tentando fechar a ferida, depois de conhecer alguém incrível que faz merecer o meu melhor, ela aparece. Radiante. Renovada. Como se nunca tivesse ido embora, abre minhas feridas como se estivessem escancaradas todo esse tempo, me faz reviver tudo de novo, esquecer tudo que passei e conquistei sem ela, só pra correr em sua direção. Conquistá-la. Reconquistá-la. Quão injusto isso é? E como se não bastasse, me faz machucar em todos os sentidos possíveis a pessoa que mais me ajudou a esquecer a dor que ela deixou.

Universo AtemporalWhere stories live. Discover now