Capítulo X

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— Muito obrigada, Al. Estou te devendo uma — Marlene desligou o telefone e voltou a olhar para Sirius — Pronto. Mandei uma mensagem para os meus pais dizendo que vou dormir na casa da Alice e ela está avisada.

— Ótimo — Sirius sorriu e deu um beijo rápido em Marlene — Sabe no que eu estou pensando?

— No quanto você quer me beijar mais agora? — ela pediu.

Sirius deu uma risada gostosa.

— Você é linda demais para o seu próprio bem — ele beijou Marlene, mas logo se afastou — Na verdade, estou pensando no seu aniversário.

— Eu não quero lembrar disso — ela fez um bico.

— Lene — Sirius segurou em seu queixo, fazendo com que ela olhasse para ele — Eu sei que pisei na bola ao não ter aparecido ou nem ter te ligado. Mas precisamos comemorar de alguma forma.

Marlene olhou para Sirius e viu que ele não ia desistir. 

— Tudo bem — ela suspirou — Podemos arranjar isso. Eu organizo minha própria festa todos os anos. Claro que dessa vez eu acabei me esquecendo de planejar as coisas — Marlene falou como quem não quer nada, mas não deixou de notar um brilho de culpa passar pelos olhos de Sirius — Mas isso é fácil de resolver! Só precisamos de um lugar, porque eu não posso fazer nada na minha casa em cima da hora.

— Eu já sei o lugar perfeito. Tem alguém me devendo um favor.

— Onde? — os olhos de Marlene brilharam de expectativa.

— Emmeline. Você nunca foi no apartamento dela, mas eles têm uma área para festas bem legal no prédio dela.

Marlene murchou.

— Sirius, eu... Acho que esqueci de comentar um detalhe sobre a Emmeline.

— Lene — ele disse carinhoso — Eu sei que foi a Emme que te contou sobre a Íris. Eu soube desde o princípio. E eu sei que você não deve estar com altas expectativas, mas te garanto que a opinião da Emme mudou um pouco nos últimos dias.

— É? — Marlene refletiu um pouco — Tudo bem, então. Se ela permitir, aviso as meninas e organizamos as coisas por lá.


Emmeline olhou para Remus antes de descer do carro, buscando nos olhos dele relembrar que precisava fazer aquilo. Poucas coisas na vida a desgastavam mais do que pedir desculpas. Mas sabia que o erro tinha sido dela, e não é como se aquilo fosse sobre uma pessoa qualquer que ela pudesse descartar.

— Sirius — ela disse, encontrando-o exatamente onde sabia que ele estaria: sentado no bar, com seu copo de whisky. Como ele não respondeu, ela se virou para a atendente do bar, que olhava preocupada — Stella, há quantas horas ele está aqui?

— Desde que abrimos. Isso porque tive que arrastá-lo daqui ontem à noite e convencê-lo a voltar para casa. O que aconteceu, Emmeline?

— Acho que eu pisei na bola dessa vez — ela sussurrou para Stella — Sirius, chega de auto piedade — Emmeline puxou o copo e entregou para Stella, e depois virou a cadeira dele, forçando Sirius a encará-la.

— O que você quer, Emme?

— Te pedir desculpas, idiota. Então para de complicar a minha vida.

Sirius voltou a olhar para ela, e ela continuou.

— Olha, eu errei. Pisei na bola total. Fodi a coisa toda. Eu achei que estava te ajudando e ajudando uma inocente garota de dezessete anos incapaz de aguentar seu passado. Eu errei. Mesmo se estiver certa, isso não me dá o direito de contar seu segredo para outra pessoa. Eu nunca devia ter falado da Íris para a Marlene. Eu sinto muito, muito mesmo, Sirius.

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