Capítulo XII

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"If I pulled a you on you, you wouldn't like that shit. I put this reel out, but you wouldn't bite that shit. I type a text, but then I never mind that shit. I got these feelings but you never mind that shit."

Remus tinha se esforçado. Depois que Tonks e ele tinham decidido que iam morar juntos, ele se afastou de Emmeline. Passou a recusar suas ligações, evitou sair com os amigos por um tempo, e por mais que doesse, a ignorou por completo. 

E então, quando os meses de férias acabaram, lá estava ela: tão linda quanto na última vez que ele a tinha visto. Com o mesmo sorriso sedutor e recheado de confiança que dizia, petulante: "você realmente achou que ia conseguir se livrar de mim?"

Ele tinha lhe perguntado o que ela estava fazendo ali, e ela respondeu sem mudar sua expressão que tinha descoberto uma paixão pelo ensino e pela política, e que tinha se aplicado para ser sua estagiária. 

Remus quase gargalhou, porque sabia muito bem que ensinar era algo que Emmeline nunca teve vontade de fazer, mas concordou, dividido entre felicidade, culpa e frustração.

Quando os dois decidiram terminar, ainda na faculdade, manter a distância tinha sido impossível. Eles faziam as mesmas matérias, já que tinham optado pela mesma faculdade e pelo mesmo curso superior. Os amigos saiam juntos o tempo todo, e de novo lá estavam eles, obrigados a conviver um com o outro. 

Era inevitável que acabassem todas as vezes com as roupas jogadas em algum canto, fazendo o que sabiam melhor.

Porém, tudo mudou quando Emmeline lhe contou que tinha se aplicado para um intercâmbio, e iria passar um ano no Canadá. Os dois se despediram sabendo que precisavam daquele tempo afastados para que o relacionamento deles tivesse uma chance de sobreviver. E Remus sabia que quando ela voltasse, eles também voltariam. 

Mas mesmo assim, ele não conseguiu evitar de se apaixonar por Tonks.

E quando Emmeline voltou, todos os seus sentimentos voltaram junto. Quando ele a viu aparecer no aeroporto e quando viu seu sorriso, Remus se esqueceu de tudo que tinha acontecido naquele ano, pelo menos por alguns minutos, enquanto a abraçava e a beijava, sabendo que tinha sentido falta dela a cada minuto. 

Mas era impossível que as coisas voltassem a ser as mesmas. Tonks era parte de sua vida, e ele não podia ignorar o quanto se importava com ela.

Emmeline não pareceu surpresa quando ele lhe contou sobre Tonks. E não pareceu se importar, também. E se ela não se importava, estava tudo bem.

Eles continuaram se vendo com a mesma frequência que antes, agora que ela estava de volta às aulas e aos programas com os amigos. E os dois continuavam a passar noites, tardes e manhãs juntos, mesmo que ele não tivesse parado de sair com Tonks, e Emmeline continuava a dizer que aquilo não tinha importância. Que se ele precisava navegar por outros mares antes de conseguir se resolver, ela não se importava. 

E mais uma vez Remus pensou que estava tudo bem.

E então, ele e Tonks tiveram uma conversa e decidiram que queriam namorar. Na verdade, Remus se lembrava bem, ela tinha dito de forma explícita que queria namorá-lo, e não continuar naquela situação instável e frágil. 

Queria que os dois firmassem algum tipo de compromisso, que passassem a se ver exclusivamente. E Remus concordou, porque sabia que não conseguiria fechar aquela porta, não naquele momento, e porque também sabia que se voltasse com Emmeline, eles se destruiriam de novo.

E então ele contou à Emmeline que ele e Tonks eram, oficialmente, namorados. 

Por um segundo, viu um lampejo de raiva, desespero e decepção em seu olhar, mas logo Emmeline abriu um sorriso sedutor e disse que não se importava, pois não era ciumenta. Remus tentou dizer para si mesmo que não faria aquilo com Tonks, que tinha assumido um compromisso com ela e precisava honrá-lo, mas era mais fácil falar do que fazer. 

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