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... ia me disse que você é uma boa mãe. E como meu filho disse que você fala nossa língua, devo pedir desculpas pelo insulto daquela noite.
— Não importa. Já esqueci o assunto. Vito clareou a garganta.
— Também devo me desculpar pela carta que enviei. Algumas das coisas que eu disse eram. imperdoáveis. Não sei como aceitou casar-se com Marc tendo uma arma destas para usar contra nós.
Nina ficou tensa. Nadia mencionara uma carta, mas nunca a mostrara. Então Vito teria razão? A irmã escondera a arma que teria evitado aquele casamento?
Percebeu que Marc a observava atentamente, então se dirigiu a Vito.
— Todos dizem e fazem coisas reprováveis no calor do momento.
— Voc� é muito bondosa. Não a imaginei assim. Acho que André não nos ofereceu uma boa imagem sua.
Nina não conseguia olhar para Vito. Mentir para um homem moribundo era repreensível, mesmo que seus motivos fossem altruístas. Concentrou-se no prato, imaginando como resistiria até o fim do jantar. Uma batida na porta anunciou a entrada de um dos criados, que informou que havia um telefonema para Nina.
Ela sentiu o peso do olhar de Marc sobre si ao levantar-se, as pernas ameaçando fraquejar enquanto se dirigia à biblioteca. Fechou a porta e, respirando fundo, pegou o fone.
— Alô?
— Nina, sou eu, seu alto ego. — Nadia deu uma risadinha. Nina apertou o fone.
— Como conseguiu este número? Eu disse para não ligar! É perigoso.
— É claro que posso ligar para minha irmã — Nadia murmurou. — Minha irmãzinha casada com um bilionário — acrescentou com voz arrastada.
— Você planejou isso tudo, não é? Não me mostrou aquela carta. Deixou que eu pensasse que não havia alternativa senão casar com Marc, sabendo que era desnecessário.
Nadia deu uma risada.
— Você caiu tão fácil. Agora quem é a gêmea mais esperta? Você se acha tão inteligente com seu diploma universitário e seu dom para línguas, mas nem conseguiu pensar numa maneira de fugir da vingança dos Marcello.
— O que quer? Transferi o dinheiro para a sua conta. Não me diga que já gastou tudo.
— Na verdade, sim. É por isso que estou ligando. Quero mais.
— Mais? — Nina se espantou.
— Você me ouviu, Nina. Quero depósitos regulais a partir de amanhã.
— Mas não tenho.
— Peça um aumento de mesada ao seu marido Nadia rebateu. — Quero que me dê tudo. É justo, não acha? Você fica com o bebê, então eu recebo a mesada.
— Não acredito no que estou ouvindo. O que aconteceu com Bryce Falkirk e sua grande carreira no cinema?
— Como a maioria dos homens com os quais me envolvo, ele já mostrou quem realmente é e não me dá mais nada. É por isso que conto com você para me sustentar.
— Não deveria contar apenas consigo mesma?
— Um telefonema, Nina — Nadia lembrou friamente. — Basta um telefonema. Ou talvez seja melhor visitar seu marido. Seria mais eficiente, não acha?
— Não ousaria — Nina disse entre os dentes.
— Acha que não?
— Ele tomaria Geórgia de mim sem hesitar. Ela ficaria arrasada; ela agora acha que sou mãe dela.
— Que me importa o que acontece com essa menina? A questão é o dinheiro, Nina. Faça o que eu mando e seu segredinho estará salvo. Ciao.
Nina recolocou o telefone no gancho e voltou para a sala de jantar com o coração pesado. Teria que contar a verdade para Marc antes que a irmã aparecesse, mas não sabia como fazer.
Marc se ergueu quando ela entrou na sala.
— Está tudo bem, Nina? Parece ter ouvido más notícias.
— Não. não é nada. — Forçou um sorriso. — Desculpem-me pela interrupção.
— Não há por que — Vito disse, acenando para o criado. — Na verdade, vou me retirar mais cedo. Estou muito cansado. Buonanotte.
Marc esperou o pai sair para segurar a mão de Nina.
— Sabe o que deveríamos fazer, cara?
— N-não.
— Acho que deveríamos imitar meu pai e nos deitarmos cedo. Enquanto você estava ao telefone, Lúcia disse que Geórgia está dormindo tranqüilamente. Temos o resto da noite para nós. É hora de começarmos nosso casamento no real sentido da palavra.
— Marc. Eu. — Nina se calou. Só uma noite nos braços dele, então revelaria a verdade. Seria pedir demais? Passaria o resto da vida se lamentando se não fizesse amor com ele ao menos uma vez.
— Não vou te machucar desta vez — ele disse, acariciando o rosto dela.
Nina se aproximou dele, amando a sensação dos braços a envolvê-la, confiando em Marc com todo o coração.
— Eu sei.
Marc a levou para cima e trancou a porta do quarto ao entrarem.
Ele a beijou de leve, uma, duas, três vezes. As mãos cálidas a tocavam suavemente, despindo-a, enquanto Nina tentava fazer o mesmo com ele.
Foi levada para a cama com um beijo ardente. Seu corpo reagia calorosamente a cada movimento das línguas, antecipando a união de corpos que ela tanto desejava. Marc passou a beijar-lhe os seios, o úmido calor de sua boca despertando em Nina um frenesi de prazer.
Respirou fundo quando os dedos dele a acariciaram com mais intimidade, o toque possessivo excitando e amedrontando Nina ao mesmo tempo.
Marc a invadiu lentamente com um dedo, esperando o corpo dela aceitá-lo antes de avançar mais.
Nina estremeceu, as pernas fracas enquanto se deixava explorar. Sentiu uma pontada de dor com invasão, os músculos tão tensos que ameaçavam explodir.
— Relaxe, Nina — Marc murmurou.
Nina fechou os olhos e se deixou levar pelas sensações que Marc despertava, permitindo que as ondas de prazer tomassem seu corpo. Percebeu vagamente os gemidos de alguém, assustando-se quando concluiu que eram seus.
Marc esperou que ela relaxasse completamente antes de se deitar sobre ela, sustentando seu peso nos braços.
Nina estava maravilhada. Marc a penetrou com tanto gentileza que quase a fez chorar.
— Está tudo bem? — ele perguntou, parando por um momento.
Ela o abraçou, saboreando a sensação de tê-lo dentro de si.
— Sim. Iss ...

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