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... e da academia no andar de baixo.
Deveria se arriscar?
Será que Marc ouviria?
Procurou por seu velho maio antes que mudasse de idéia. Nadar era justamente o que precisava. A casa era imensa e, além disso, Marc provavelmente já estava dormindo profundamente.
Não se preocupou em ligar as luzes; deixou a babá eletrônica e a toalha em uma das espreguiçadeiras e entrou na piscina iluminada pelo luar.
A tensão dos músculos começou a desaparecer à medida que o líquido prateado lhe envolvia, o chapinhar da água contra as laterais da piscina o único som enquanto ela nadava.
Nina parou para amarrar novamente os cabelos e, piscando por causa da água nos olhos, viu um par de pernas 
masculinas bronzeadas paradas à beira da piscina. Ergueu lentamente a cabeça e deu de cara com Marc.
Ele ainda a fitou por um bom tempo, o silêncio a envolvê-los.
— Algum problema, Nina? Está com dificuldades para dormir sozinha?
Ela ergueu o queixo.
— Não. E você?
Os olhos dele buscaram o ponto onde a água lhe tocava os seios. Nina estremeceu, como se ele tivesse acariciado aquela região com a ponta dos dedos. Sentiu os mamilos enrijecerem sob o velho maio, a pele dos braços e das pernas se arrepiando. Tentou não olhar para o corpo moreno, mas era incrivelmente difícil ignorar o abdômen modelado e a trilha escura de pêlos que desapareciam sob o short preto.
Ergueu o pescoço para manter contato visual, sentindo uma sensação peculiar no estômago quando Marc começou a entrar na água.
— O-o que está fazendo? — Ela recuou.
— O que acha que estou fazendo?
Nina decidiu sair da piscina, mas o pé escorregou do degrau. Sentiu as mãos de Marc amparando-a pela cintura.
O ar que tanto precisava para respirar ficou preso na garganta quando ele fez com que ficassem frente a frente. Podia sentir a atração magnética daquele corpo, atraindo-a cada vez mais, mesmo que a parte racional de seu cérebro insistisse para que ela se afastasse. Os dedos de Marc apertavam ligeiramente sua cintura, as coxas musculosas se colocando entre as dela.
— Acho que isso não é boa idéia — Nina disse, na esperança de que ele não notasse seu nervosismo.
— O que não é boa idéia? — ele perguntou, os olhos ardentes.
— P-pense no que isso pode lhe custar. — Nina sentia a coxa dele se pressionar ainda mais contra ela.
As mãos dele agora estavam em seus ombros para garantir que Nina não virasse o rosto, a voz era rouca e profunda.
— Acha que me importo com o dinheiro? Nina umedeceu os lábios, mas logo desejou não ter feito isso, pois o olhar de Marc foi atraído para sua boca.
—- É mu-muito dinheiro. e se dobrar a quantia. — Olhou para a boca de Marc, imaginando se ele a beijaria. Só um beijo. Isso não quebraria a promessa de não consumar o casamento, quebraria?
Marc baixou a cabeça lentamente, detendo a boca a milímetros da dela. Nina fechou os olhos enquanto seu corpo procurava pelo calor dele.
Ao primeiro encontro dos lábios, a excitação se alastrou feito chama, inflamando seus sentidos numa fogueira de paixão. Marc lhe atacou a boca, empurrando sua cabeça para trás enquanto a língua avançava com determinação, os braços puxando-a para que sentisse onde seu corpo mais pulsava.
Nina buscou pelo pescoço dele, os dedos afundando-se nos cabelos, os seios espremidos contra o peito dele, os mamilos sensíveis.
As mãos dele buscaram os seios, moldando-os sobre o tecido gasto, as palmas cálidas tomando-os possessivamente, a boca ainda colada à dela. Marc afastou as alças do maio, as pontas dos dedos correndo sobre os mamilos até Nina desejar que ele fizesse o mesmo com a língua.
Como se tivesse pronunciado seu desejo em voz alta, Marc voltou-se para os seios expostos, usando boca e língua, fazendo com que Nina mal se agüentasse sobre as pernas.
As mãos de Nina desceram até a cintura dele, os dedos inexperientes deslizando sobre onde o short estava distendido, a ereção aumentando como se ansiasse pelo toque feminino.
Marc gemeu quando ela o tocou, gemeu ainda mais quando os dedos de Nina deslizaram para dentro do short, onde ele pulsava com crescente urgência.
Ele interrompeu o beijo e encarou Nina, os olhos escuros ardendo de desejo, o peito arfando enquanto tentava recuperar o fôlego.
— Era exatamente o que você planejava, não é? — ele disse entre os dentes. — Queria que eu comesse minhas próprias palavras, cada uma delas.
— Não! — As mãos de Nina afastaram-se do corpo dele. — Não, claro que não.
Marc rosnou de escárnio.
— E mais um de seus truques. Você gosta de bancar a inocente de vez em quando para disfarçar seus verdadeiros motivos. — Marc se afastou, os olhos ainda cheios de desprezo.
— Marc. eu.
— Sei o que pretende. — Saiu da piscina e voltou a olhar para ela. — Não vai descansar até me ver implorar. É o que quer, não, Nina? Seu triunfo final frente à rejeição de André seria ter o irmão mais velho aos seus pés, oferecendo tudo o que quisesse em troca de seu corpo. Por isso não quis dinheiro, não foi?
— Mas.
— Saia da minha frente! Leve suas mentiras e seus joguinhos para longe de mim!
Nina saiu da piscina com dignidade, seu orgulho impedindo que Marc a intimidasse com sua fúria. Sabia que estava mais irritado consigo mesmo do que com ela. Irritado por desejá-la, apesar de tudo o que ele dizia para negar.
— Não pode ficar me dando ordens — ela disse, parando diante dele. — Não vou permitir.
— Não vai permitir? — ele perguntou, curvando o canto dos lábios.
— Não — ela respondeu, sustentando-lhe o olhar. — Não permito que fale comigo desta maneira.
Marc ergueu os ombros.
— Diga, Nina, como pretende me deter? Ela umedeceu os lábios.
— Pensarei em algo.
Marc jogou a cabeça para trás e riu. Nina franziu os lábios, zangada.
— Seus modos são deploráveis. Deve ser porque você tem dinheiro demais. Você pensa que pode convencer ...

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