Capítulo 11

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Ela o encarou com total descrença para o cara que usava uma máscara de ski e lhe apontava a arma. Sua sorte nunca esteve tão boa quanto naquele momento. O cara se aproximou ainda mais, o dedo no gatilho preste a atirar, talvez a subjugasse como o sexo frágil, fácil demais para matar, mas ela já não era assim. Os últimos meses haviam lhe mostrado o quão forte poderia ser quando queria.

Arrastou o corpo puxando as pernas do cara o fazendo cair no chão. Ficou de pé invocando seus poderes, de suas mãos saiam a nevoa gelada que antes tentava tão arduamente controlar, agora ela era uma velha amiga. Pelo olhar no rosto do homem podia saber que seus olhos haviam adquirido o tom de azul gélido, ele tentou pegar a arma que havia deslizado para longe, mas ela foi mais rápida e lançou a rajada de gelo congelando o revolver contra o chão. Se aproximou dele, o medo estava estampado em seu rosto.

-Quem te mandou? – indagou com calma. Ele continuou calado se afastando dela o máximo possível, alguns recuavam, outros atacavam, alguns congelavam de medo, outros...bem, nem sempre seremos os mocinhos da história. Formou uma pequena adaga em sua mão e se aproximou dele. – Não faça repetir pela segunda vez.

-Não sei o nome dela, mas ela se auto intitula de Lady, Milady. – ele disse em meio a um granido de medo. Ela para.

-Quanto você vai ganhar para me matar?

-O tanto que a gente quiser, ela apenas te quer morta.

-Ela te disse mais alguma coisa? – indagou, queria saber se mais alguém sabia de Henry ou não.

-Não, apenas que te queria morta.

Soltou a adaga no chão e se virou com as mãos na cintura pronta para sair, então ouviu o click de uma arma sendo engatilhada.

-Tem certeza que quer fazer isso, querido? – indagou ainda de costas, ouviu o cara se preparar, então se virou usando seu poder para joga-lo contra o espelho, a pancada foi tão forte que fez o objeto se quebrar em milhares de pedaços. Jogou o cabelo para o lado, deixando seu corpo se acalmar, saiu pela porta. Já estava perto de sua mesa quando ouviu os gritos vindos do banheiro, sorriu consigo mesma. Esticou a mão para o lado recebendo seu drink. – Obrigado Linus.

-Onde você estava? – Cisco perguntou.

-Fui ao banheiro. – disse pegando a bolsa e o casaco.

-Onde você vai? Mal chegamos. – Felicity indagou.

-Desculpa, mas a noite para mim já acabou.

-Ela deve estar cansada depois daquela pequena exibição na pista. – Dominic disse de maneira fria, Caitlin sorriu para ele.

-Primeiro, eu danço com quem eu quiser, da maneira que quiser e segundo, eu realmente estou bastante cansada, porque além de ter dançado horrores com Jandro, eu ainda tive que lutar pela minha vida no banheiro feminino.

Barry se engasgou com a bebida, todos a olharam confusos. Ela o ignorou, ignorou a todos, então caminhou até o balcão e entregou duas notas de cinquenta a Linus, ele sorriu agradecido. Saiu do bar acenando para o primeiro táxi que viu, então sentiu uma mão envolver seu cotovelo a fazendo parar, se preparou para atacar novamente.

-Como assim você foi atacada? – Barry perguntou preocupado, ela suspirou deixando um pouco da pose de durona de lado.

-Ele já estava no banheiro quando eu entrei, ele me atacou e eu me defendi. – disse.

-Você está bem? Ele te machucou?

-Não, apenas meu braço que está um pouco dolorido. – falou olhando para onde a mão dele estava, Barry a soltou.

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