Flores Mágicas

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Já haviam passado algumas horas desde o momento em que os Royals e Rebels foram atrás das rosas. Harry e Louis estavam na biblioteca procurando algo que falava sobre a Rosa da Primavera. Vários livros haviam sido detonados, eles liam sem parar, esparramados no chão da sala. Os dois estavam cansados e talvez com um pouco de fome. Desde o momento em que seus amigos foram procurar as rosas eles mal trocaram dez palavras, estava se tornando constrangedor.
    Harry, cansado do silêncio, levantou-se e com a voz rouca pela falta de uso da mesma, falou:
    - Eu estou indo buscar algo para comer. - suspirou ao perceber que Louis não havia lhe dado atenção: - Precisa de alguma coisa?
    - Na verdade eu quero um chá. - foram as únicas palavras do Rebel. Depois disso Louis nem percebeu em que momento o príncipe saiu, também não sabia quanto tempo havia passado.
    O filho da Rainha Má se cansou de ficar sentado, voltou a vasculhar nas prateleiras atrás de alguma informação. Pegou a escada que era enganchada nas estantes e subiu alguns degraus. Seguiu procurando até que avistou a alguns metros acima um livro não muito grosso que dizia "Flores Mágicas".

Animado, Louis subiu os degraus com pressa, agarrou o livro e percebeu que ele podia ser o que procuravam

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Animado, Louis subiu os degraus com pressa, agarrou o livro e percebeu que ele podia ser o que procuravam. Quando se preparou para descer o Rebel viu que algo estava errado, as escadas balançaram um pouco obrigando-o a se agarrar nelas para não cair. Pensando que havia sido apenas um erro por causa de seu peso ele voltou a descer. Mas dessa vez a escada se desprendeu da estante balançando para trás, Louis ficou assustado e tentou se agarrar a prateleira, mas sua mão resvalou e ele pôde sentir seu corpo largar as escadas. Desesperado o garoto procurou se lembrar de alguma magia que pudesse ajudá-lo naquela situação, mas era tarde demais.
    Louis caiu no chão batendo sua cabeça e desmaiando.
**
    Harry estava voltando para a biblioteca onde iria encontrar Louis. Havia saído para pegar alguns biscoitos e chá, mas acabou demorando um pouco mais já que encontrou Justin, o filho da Merida no caminho. Eles ficaram conversando por um tempo até que o amigo de Harry foi procurar pela prima Kendall. O príncipe voltou a seguir em direção a biblioteca, estava animado e com um ótimo sentimento em relação à busca de informações sobre a Rosa da Primavera.
    Ao chegar na sala de livros Harry seguiu para  perto da lareira onde Louis estava, mas travou no lugar assim que viu o corpo do Rebel estirado no chão com a escada das prateleiras em cima dele. Os biscoitos e o chá foram para o chão, a xícara quente despedaçou-se ao atingir o mármore frio, o barulho foi auto o suficiente para assustar quem estivesse por perto, mas Harry ignorou todos os cacos correndo diretamente ao corpo de Louis. Desesperado, tirou a escada de cima do garoto e segurou sua cabeça em seu colo. Chamou o nome do Rebel, balançou seu corpo e deu leves tapinhas em seu rosto na intenção de desperta-lo, mas Louis não acordou. O Royal pegou o garoto no colo levando-o até um divã esquecido no canto da biblioteca, ajeitou o corpo do menor entre as almofadas e voltou a chamá-lo. Lentamente os olhos de Louis foram abrindo, ele piscava freneticamente tentando colocar a visão em foco, mas sua cabeça doía muito. Depois de alguns segundos ele se concentrou nos olhos verdes do garoto a sua frente.
    - Louis? - ele ouviu o príncipe chamar.
    - O que aconteceu? - tentou virar a cabeça, mas sentiu uma forte dor na nuca.
    - Você estava desmaiado no chão. - Harry forçou o Rebel a se deitar novamente.
    - A escada. - Louis fechou os olhos. - A escada soltou da estante.
    - Eu vi. - o príncipe tocou os cabelos de Louis procurando algum machucado mais grave. - Você está sentindo alguma dor?
    - Minha nuca. - sussurrou abrindo os olhos. - Está doendo.
    Os olhos verdes de Harry se prenderam no azul infinito de Louis, os dois se mantiveram em silêncio apenas se encarando. Tal momento estava sendo perfeito e calmo demais para qualquer pessoa que presenciasse tivesse a audácia de quebrar. Ninguém nunca imaginaria que o filho da Rainha Má em algum momento ia estar se entrosando com o filho mais novo da rainha Bela. Ninguém imaginava tal acontecimento, tal união para uma situação tão incomum. Nem mesmo o Royal ou o Rebel imaginavam que seus corações iam estar tão calmos em tal momento e ao mesmo tempo agitados de uma forma anormal. Nenhum dos dois imaginava que o outro fosse tão cheio de segredos e despertasse uma curiosidade assustadora, eles não esperavam se interessar tanto pelas atitudes ou pelo passado do outro. Eles também não imaginavam que as cores azul e verde combinavam em uma harmonia linda e elétrica. Uma eletricidade que aquecia seus corpos e deixava-os tão cheios de energia.
    - Seus olhos. - Harry murmurou ainda em transe. Um pequeno sorriso surgiu no canto de seus lábios.
    - Eles estão vermelhos? - perguntou Louis ainda focado nos olhos do Royal. Ele percebeu o quanto o sorriso do outro parecia sincero e calmo.
    - Não. - o sorriso do príncipe aumentou. - Eles são lindos quando estão brilhando dessa forma.
    Mais uma vez o silêncio se instalou pela sala, Louis sentiu uma eletricidade em forma de arrepio subir por seu corpo ao encarar o sorriso do outro, ele então se permitiu seguir o sorriso de Harry. Seus lábios repuxaram nos cantos formando um sorriso pequeno e torto que deixou o príncipe ainda mais maravilhado.
    O momento foi cortado por um barulho alto de alguém entrando na biblioteca.
    - Harry, o que esse Rebel está fazendo aqui? - era Taylor e ela parecia furiosa.
    - Taylor, o nome dele é Louis. - Harry se levantou do divã ficando de frente para a garota raivosa.
    - Seus pais sabem que ele está aqui? - ela apontou para Louis de forma enojada.
    - Sabem, e mesmo que não soubessem não vejo problema em tê-lo aqui.
    - Péssima influência. - sussurrou a loira. - Cuidado, ele pode envenenar sua maçã.
    - Olha bem como você fala de mim. - Louis se levantou ignorando a dor na nuca que sentia. - Eu não tenho nada haver com a rixa de nossas mães.
    - Quanta deselegância. - a garota revirou os olhos enquanto cruzava os braços. - Acho que ele é assim por que não teve uma mãe presente para ensiná-lo a ser educado.
    - Lave a sua boca pra falar da minha mãe. - o Rebel avançou alguns passos em direção a Taylor.
    - Eu falo o que eu bem quiser sobre ela. - a Royal gritou irritada. - Ela quase matou minha mãe e você ainda acha que está certo?
    - Faça o que você quiser. - Louis deu as costas para a garota. - Mas espero que nunca mais ouse falar da minha família.
    - Família? - a garota riu sem humor. - Uma mãe psicopata que envenena pessoas e um filho problemático e rebelde? Sua mãe nem está com você para completar sua família, se é que isso pode ser chamado de família. Ela se quer te ama?
    Um estalo alto foi ouvido, depois tudo ficou em silêncio. Louis havia acertado o rosto da garota no ápice de sua raiva, ele nem mesmo se arrependeu depois de cometer tal ato.
    - Cala a sua boca. - foi a única coisa que ele disse antes de dar as costas para os dois Royals e seguir de volta para os livros.
    - Taylor, acho melhor você ir embora. - Harry apontou para a porta e acompanhou a garota até lá.
**
Haviam se passado quatro dias desde o acontecimento com Taylor, Harry não tocou no assunto desde então. Louis estava mais fechado do que antes, tratava todos com grosseria e estava sempre focado em encontrar o livro que precisava. O Rebel contou a Harry que havia encontrado um livro sobre plantas mágicas, mas quando caiu das escadas ele acabou perdendo-o.
Os dois estavam esgotados de tanto procurar pelas prateleiras o tal livro, Harry chiava e bufava a todo momento mostrando sua frustração.
- Não tem como você fazer um bibidi bobidi boom e o livro aparecer? - Harry escorou-se em uma das prateleiras arrumando seus cabelos.
- Eu estou com cara de Fada Madrinha, por acaso? - Louis virou-se para Harry com a expressão séria. - Não responde.
- Mas...
- É um livro mágico, minha magia não funciona nele.
- Eu não aguento mais procurar esse... - o Royal exclamou balançando as mãos exageradamente, com esse movimento um de seus milhares de anéis voou pela biblioteca e parou embaixo de uma das estantes próximas a Louis.
- Você é um desastre. - o menor resmungou abaixando-se para pegar o acessório. Estava um pouco empoeirado, mas foi fácil identificar o anel. Ao lado dele tinha um livro caído, um pouco grosso e com a capa gasta. Louis pegou os dois objetos, jogou o menor para Harry e se preocupou em ler o título do livro. - "Flores Mágicas".
- Você encontrou? - o príncipe se aproximou animado reparando no livro nas mãos do outro. - Ainda bem!
- Espera, vou procurar algo sobre a Rosa da... - as palavras de Louis foram cortadas por um estrondo que balançou toda a estrutura do castelo. Um silêncio repentino se instalou. Depois houve gritaria e correria. O Rebel e o Royal resolveram checar o que estava acontecendo, mas assim que pararam diante do extenso corredor viram uma enorme quantidade de guardas e seguranças correrem para o mesmo lado. O príncipe, angustiado, seguiu o fluxo dos homens de preto. Quando chegaram no térreo Louis reparou para onde estavam indo, para o prédio em que sua mãe estava presa. Ao chegarem nas portas de ferro viram pedaços de concreto espalhados pelo chão. Harry estava na frente, quando chegaram na sala em que a Rainha Má ficava ele entrou primeiro pedindo para o Rebel esperar. Louis tremia de nervoso, ele estava prestes a ter um colapso quando o príncipe voltou chamando-o para dentro.
O chão estava repleto de pedras e concreto, a parede contrária à porta havia sido explodida, quatro guardas estavam desmaiados no chão. O enorme espelho dourado em que sua mãe ficava estava em pedaços. O vidro estilhaçado estava jogado por todos os lados da sala. Louis sentiu suas pernas fraquejarem, um aperto no peito o fez recuar dois passos colidindo com Harry.
O príncipe segurou o Rebel pelos braços impedindo-o de correr. Os guardas que ainda estavam na sala se retiraram levando os desmaiados. Quando os dois ficaram sozinhos, Louis desabou. Ele deixou transparecer toda sua insegurança e frustração, não sabia por que, mas não se importava de chorar e perder a linha em frente a Harry. Diferente de todos, o Royal não o encarava com pena ou dó. Ele apenas o amparava.
E diante daquela cena triste Louis constatou; sua mãe, a Rainha Má, havia fugido.

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Aqui é a autora escrevendo.
Gente eu não vou nem comentar do Niall no Brasil, até parece que eu moro aí de tão feliz. Tô no chão.
Falando e chão, o que foi o Shawn no Caldeirão? PRECIOSOOOOO
O Harry vai estar aqui em Atlanta mês que vem e tô querendo ir, mas tô sem dinheiro.
Todos entenderam que a história é Htops né? Louis é muito passiva, sorry!
O que acham do Troye Sivan?
(quero incluir ele na história como boy do Shawn - todo mundo é gay aqui sim -, mas o Troye tem namorado na vida real e o casal é bem fofo)
Outra coisa:
Alguém gosta de mangá/anime/dorama yaoi????
Tô procurando amigos que assistem/leem esse gênero, por que até agora só tem gente que gosta de shoujo.
Não me deixem no vácuo!
Até o próximo capítulo.
Bjbj!

ReflexoOnde histórias criam vida. Descubra agora