Depois de longas horas a conversar com a Cassie e tentar consciencializá-la de como deveria agir perante a situação proposta, ela foi ter com os seus pais à esquadra. Estão a resolver a situação do assalto à sua casa, visto que o alarme acabou por disparar uns minutos depois de eu o ter previsto; a Cassie estava completamente assustada com a manipulação feita no seu próprio corpo. Não sabia como, nem quem o tinha feito. Lembrava-se de pequenos detalhes do rosto, dado que com certeza a pessoa fê-la esquecer-se dela. Foi uma manipulação de sucesso. Mas eles, essas pessoas, esquecem-se que eu estou passos à frente deles. E isso nunca será alterado. Se eles quiserem fazer alguma coisa, eu vou saber, mesmo que seja um segundo antes. Mas eu vou saber.De repente, um trovão resoou pela casa e o meu telemóvel tocou ao mesmo tempo. Revirei os olhos ao imaginar quem era e quando vi o nome dele - do ser irritante - no ecrã, suspirei muito fundo antes de ler a mensagem, porque nada vindo dele poderia ser bom. Só se o corpo dele tivesse sido possuído, mas dado as cirscunstâncias, ele já é idiota e isso é mesmo dele. Nem eu nem ele precisamos de uma desculpa para justificar isso.
Harry
Às 20:30 estou na tua casa para irmos dar uma volta. Não aceito um não como resposta.Eu
Não vou contigo a lado nenhum.Harry
Mas eu não te perguntei nada.Eu
Mas eu também não afirmei nada.Eu adorava irritá-lo; era um dos meus passatempos favoritos no mundo. Não sabia o porquê de o fazer, mas era deveras divertido. Ele era aquele tipo de rapaz que sempre teve tudo na sua mão: possuiu o poder e sempre ganhou em tudo na vida. Era o tipo de rapaz que deveria ser odiado; e era-o, pelo menos por mim. Porque se eu fosse a típica rapariga estupida para me apaixonar por ele, teria por garantido um coração partido, porque por favor: o Harry é um destruidor de corações. Dá para ver de longe.
Harry
Não jogues este jogo comigo, linda. Ou vens a bem ou a mal.Eu
Eu odeio-te e não quero sair contigo. Ainda não entendeste?Harry
Se odiasses, não precisavas de o confirmar. Quem confirma o óbvio, acaba por afirmar que no fundo, não sente nada disso.Comecei-me a rir, na minha casa, para as paredes ouvirem e lamuriarem-se; ele era demasiado inteligente. Sabia o que dizer e o que fazer no momento certo, como se também soubesse de tudo o que estava para acontecer; era estratégico. Não me queixava disso, porque era a verdade. Quando temos de confirmar uma coisa, temos só a necessidade de que as pessoas acreditem naquilo, mas no fundo não estamos a ser verdadeiros connosco, e nem com os outros. É como se eu tivesse de confirmar que sou sincera. Porque haveria de o comprovar e não demonstrar isso com as minhas atitudes? O mundo era um lugar louco e a nossa cabeça era o ponto de rutura de toda a loucura.
Eu
Já não sei se estou a falar com o Harry Styles ou com o Albert Einstein.Harry
És muito engraçada.Eu
Eu sei.Bloqueei o ecrã e atirei o telémovel para a outra ponta da cama; acabei por me deitar novamente nela, a olhar em direção à janela. Faltava apenas quinze minutos para as oito e meia - hora da saída com o imbecil - e o dia estava muito tenebroso. O sol ainda não tinha espreitado hoje e infelizmente o meu pai tinha-me dito para eu ir ao bar que ele costuma frequentar à noite para pagar as suas despesas com o dinheiro que eu poupei do trabalho que tive o ano passado. Não me apetecia ir a lado nenhum, mas tinha de ser. Ele ameaçou-me.
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Afraid of you | H.S|
Fanfiction'' E o que farias tu, se tivesses de te aliar à pessoa que mais odeias neste mundo para te salvares a ti mesma? "