#13 Chegando Na Vila

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Quarto capítulo da maratona.

Chamei um senhor que parecia ter 30 anos e pedi informações sobre lugares bonitos para fazer piquenique, Damon havia entrado para mostrar o quarto daquela garota ridícula.

Ele me falou que tinha um lago de águas claras e limpas ali perto, ainda dentro do reino de Damon.

- Obrigado senhor Alfredo.

Falei agradecendo e entrei vendo Damon beijando aquela garota, seus lábios estavam colados, mas seu capuz continuava em sua cabeça.

O Beijo deles parou, não sei mais o que pensar e sai dali correndo, pior que sinto como se estivesse sendo traída.

Damon era meu noivo de mentira, só isso, ele podia sim beijar quem ele quisesse. Confesso que não aguentei segurar as lágrimas por muito tempo e elas escorregaram pelo meu rosto, que com certeza estava vermelho, sempre fico quando choro. Uma dor corre em meu coração, pelo meu corpo, minha mente, aquilo era horrível, estava mais sensível do que antes e do que podia imaginar, não queria depender de alguém, do carinho, dos sorriso, do beijo ou mesmo do desejo de alguém, quero ser independente e pra isso preciso me manter distante de todos.

Corri ladeira a baixo com velocidade e parei quando encontrei o tal lago de águas claras e limpas, em poucos segundos me jogo no chão desabando. Além de não ter meus amigos, meus irmãos que mau conheço, meu pai, ainda tenho que aturar uma traição desse tipo do meu "noivo"?

Mas espera um pouco... Estou fora do castelo, agora tenho liberdade para sair dali e escapar daquele lugar que já me fez chorar e sofrer.
Me levantei, sequei minhas lágrimas e comecei a andar em direção a uma vila com várias casas pequenas e pobres, poderia pedir abrigo por um tempo, ajuda ou informação.

Andei bastante e cheguei naquela vila pequena cheia de pessoas pobres. Um senhor estava vendendo água, parei e olhei pra ele, o mesmo se curvou e sorriu

- Princesa? Não está um pouco longe de seu castelo?

Sua voz saiu trêmula, eu não ligava se estava longe ou não, só queria alguma ajuda, alguém pra me explicar algo.

- Não me chame assim, estou fugindo, sabe onde posso ficar?

Falei e ele me olhou preocupado, eu fiquei ali olhando seus olhos sérios.

- Na minha casa, mas lhe aviso que não há luxo algum.

Eu sorri e aceitei, fui com ele até sua casa onde morava uma senhora, que deduzi ser sua mulher, duas crianças e pelo que o senhor, chamado Lourenço, falou tinha mais um filho que estava caçando, era um dos que protegia e alimentava a todos naquela vila pequena.

A senhora chamada Charlotte disse que tinha pouca coisa, mas queria minha ajuda no jantar, óbvio que aceitei. As crianças se chamam Eduardo e Marcelo, os dois tinham a mesma idade, mas um deles era filho de Lourenço com outra mulher que morreu.

Tudo ali era alegria, não tinham nada, mas faziam ser o suficiente para eles serem felizes e amáveis. Todos eram morenos dos olhos escuros, usando roupas velhas, rasgadas e sujas.

Senti um pouco de pena sim, eu confesso, mas eles estavam me acolhendo tão bem que logo pensei que quem merecia o sentimento de pena era eu mesma, eles vivem felizes de verdade, eu apenas vivo...

- Meu filho já deve estar chegando, irei lhe apresentar a ele.

Falou a mulher sorridente, parecia feliz por me ter em sua casa, mas eu estava muito mais agradecida a ela do que a mesma imaginava.

Fugir de um príncipe e ainda ficar no meio de seu reino, foi burrice ou ingenuidade? Burrice mesmo.

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