#2 Sua Casa, Seu Perfume

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Meus demônios tomam conta...
De mim...
Do meu ser...
Você é meu antídoto...
Me cure!
By: Leide Emilly

Chegamos na casa dele rápido, a rua estava cheia de pessoas que nunca vi, algumas passeando, outras muito apressadas.

- essa é a minha casa.

Carlos falou ao sair do carro e nos dando espaço para sair também.

Era enorme, primeiro andar, com duas varandas na parte de cima, com janelas enormes de vidro, a porta de madeira escura, várias flores no jardim, o muro era de ferro deixando que todos pudessem ver a beleza daquela mansão.

- é linda!

Sofia disse enquanto eu fiquei sem palavras, Carlos sorria olhando pra enorme casa onde morava, o motorista apertou algo que fez o portão de ferro se abrir para dentro.

- venham comigo!

Carlos falou entrando e nós fomos logo atrás, olhando cada detalhe, a grama verde e molhada, as rosas vermelha, branca e amarela, um balanço branco que se mexia sozinho no meio do jardim, acho que era o vento, com certeza era.

Olhei para a entrada, esperando ver a porta já aberta, mas Carlos encarava a porta fechada, como se estivesse tomando coragem.

- Carlos? Algum problema?

Perguntei colocando a mão em seu ombro, seu jeito de homem maduro não deixava parecer que ele tinha 10 anos, o mesmo não ligava pra isso, por todos dizer que ele era muito novo, que devia se divertir, que estava virando homem antes do tempo, a alguns anos preferia se divertir, mas agora é um dos mais estudiosos da escola toda.

Como eu sei disso? Eu estudo ao lado da escola dele ou estudava, não sei...

Pensei, pois agora não poderia mais ir a escola, já que eles vão me procurar lá.

- eu espero que meu pai não esteja...

Falou abrindo a porta, a sala era enorme com um imenso sofá marrom, dois computadores no canto, uma televisão na parede e logo embaixo uma pequena estante  com DVDs, livros e CDs.

- nossa...

Foi a única coisa que consegui falar, ele subiu rápido as escadas, quase nos deixando para trás, mas conseguimos seguir seu ritmo e chegar no seu quarto.

- aqui é onde vão ficar, só enquanto não converso com meu pai para que possam ficar e ele arrumar um quarto só de vocês.

Carlos disse se virando e nos olhando, o quarto era do tipo garoto rico, ele tinha um computador, a cama de casal, televisão, dvd e um videogame.

- você acha que ele vai deixar?

Sofia perguntou se sentando na cama dele, enquanto o mesmo tirava a camisa. Sua barriga não era muito grande, nem muito pequena, estava normal. Percebi que tinha várias marcas vermelhas e roxas em seu corpo.

- não sei, isso só vou poder responder depois que falar com ele.

Falou jogando a blusa encima da cadeira do computador e abrindo uma porta, vi que era seu closet, tinha várias roupas, o mesmo fechou a porta, mas antes piscou pra mim pela brecha que ainda existia ali.

- O que vamos fazer agora? Não podemos ficar aqui, podemos? A Sra. Josivalda sabe que ele é seu amigo e virá atrás de nós duas.

Sofia disse baixo, para ninguém além de mim ouvir.
Suas roupas estavam sujas, quando saímos do orfanato era uma blusa branca com uma calça jeans escura, mas agora a blusa está amarelada, com uma calça cheia de manchas e com pequenos rasgos.

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