Tyler não se lembrava muito da noite anterior.
Tudo era um borrão em sua memória. Se lembrava de ter brigado com sua mãe, saído de casa em meio a lágrimas e encontrar Josh com seu carro no penhasco que o mesmo havia mostrado para Tyler, dias antes.
Agora, estava deitado em sua cama, com sua enxaqueca que não parava e parecia mais forte. Não sabia como havia voltado para casa ou como estava deitado, intacto em sua cama. Tentava pensar em algo que fazia sentido.
Nada fazia sentido.
Escutou batidas na porta de seu quarto. Só podia ser sua mãe, pronta para lhe dar um sermão.
Tyler apenas disse um "entra", vendo a porta se abrir e por sorte, era apenas Zack.
- Ah, é você. - disse baixo, revirando os olhos. Não estava a fim de conversar com o irmão. Não agora.
- Cara, a mamãe está uma fera com você. - Zack falou, ignorando o comentário do irmão.
- E? - Se sentou na cama, cruzando os braços. Não estava dando a mínima para o que sua mãe pensava.
- Pode me dizer pra onde foi ontem e como voltou para casa?
- Você se importa?
- Meu Deus Tyler! É claro que eu me importo! - Se aproximou do irmão mais novo, se sentando ao seu lado. - Você é o meu irmãozinho e eu me preocupo com você.
- Não parece. Não parece que nenhum de vocês se importam, as vezes eu penso que essa família só finge gostar de mim. - suspirou - Ou só gosta de mim por obrigação.
- Você sabe que não é verdade...
- Se eu sumisse, a vida de todos seria mais simples. Papai não gastaria tanto com meus remédios e médicos, mamãe não perderia seu tempo tentando fazer com que eu seja o filho perfeito e vocês, não teriam que fingir que se preocupam. - Bufou, se jogando na cama novamente - As vezes eu só queria sumir de verdade.
Tyler fechou os olhos, escutando o irmão se levantar.
- Nós te amamos Ty, por isso nos preocupamos e queremos o seu bem. - Zack falou por último, saindo do quarto.
Venham pessoal, o Tyler está sozinho.
Escutou vozes gritarem. A enxaqueca havia parado. O que diabos estava acontecendo?
Tudo o que ele disse é mentira. Ninguém se preocupa com você, ninguém te ama. Você é simplesmente um peso para todos. Morra.
Ouvia vozes e mais vozes em sua cabeça. Aquilo era simplesmente horrível.
Levantou a cabeça, quando ouviu alguma coisa batendo em sua janela. Tentou ignorar, como sempre fazia com tudo, mas o que pareciam pedras batiam cada vez mais forte. Então, andou até lá devagar, quando chegou, viu que eram mesmo pedras sendo atiradas por alguém.
Josh.
Tyler pensou, sorrindo. Olhou para baixo, confirmando a sua teoria e abriu a janela.
- Hey. - Josh sussurrou, para que ninguém além de Tyler escutasse - Rapunzel, jogue suas tranças.
- Bem, eu não tenho tranças. - Tyler respondeu, bem baixo, se apoiando na pequena janela - Mas não é muito alto. Se você consegue me acalmar, deve conseguir escalar.
Joshua assentiu, sorrindo e começou a tentar escalar a parede. Havia uma pequena árvore ao lado da janela, onde ele subiu, depois de várias tentativas falhas de escalar a parede. Finalmente, depois de muito tempo, Josh estava dentro do quarto de Tyler.
O de cabelo colorido olhou ao redor, admirado com a limpeza e organização do quarto do menino.
- E então, vai me explicar como vim parar aqui na noite passada? - Tyler perguntou, realmente interessado em saber como Josh havia o colocado na cama.
- Você dormiu no meu carro. - Deu de ombros, se jogando na cama, ao lado de Tyler - Mais precisamente no meu colo. Acho que você estava cansado e assustado.
- E como Joshua Dun me trouxe para a casa?
- Eu sei arrombar portas. E não havia ninguém na casa ontem de noite, te trouxe até aqui e pensei que fosse o seu quarto.
- Como adivinhou?
- Vi aquele ukulele ali. Você tem cara de quem toca. - sorriu, imaginado como Tyler ficaria lindo tocando o instrumento.
Tyler suspirou
- Tocava, antes, bem antes de eu ficar louco. - virou-se para Josh.
- Você não é louco. - encarou Tyler.
Ambos ficaram se encarando pelo que pareciam segundos ou talvez minutos e até mesmo horas.
- Tanto faz. - Tyler deu de ombros, finalizando a conversa, porém, ainda encarando Josh. Desviou os olhos para boca do menino, imaginando como seria a textura de seus lábios.
Por que ele estava pensando essas coisas? Eram erradas. Muito erradas.
O Joseph já havia beijado uma menina antes, porém fazia muito tempo. O nome dela, se lembrava-se bem era Jenna, mas Jenna havia se mudado logo quando os surtos de Tyler começaram.
O de cabelo colorido, suspirou, se ajeitando na cama.
- Você quer conversar sobre o que aconteceu ontem? - Perguntou finalmente, desviando o olhar de Tyler.
Ele queria contar. Queria contar tudo que estava acontecendo, queria pedir ajuda para Josh, mas o mesmo não tinha obrigação nenhuma de ajuda-lo e se soubesse tudo o que se passava dentro da cabeça de Tyler...
- Me desculpe pelo que aconteceu ontem. Você não tem a obrigação de cuidar de mim toda vez que eu tiver um surto ou coisa do tipo. - Se encolheu na cama, com medo da resposta de Josh.
- Mas eu tenho! - sorriu, exclamando um pouco alto demais - Tyler, eu me preocupo com você. Me preocupo de verdade e eu sei que não nos conhecemos há um longo tempo, mas sinto que por algum motivo eu deveria te proteger e te ajudar. - suspirou, ainda sorrindo - Então não peça desculpas sendo que você não teve culpa de nada.
Tyler ficou alguns minutos em silêncio, se aproximando mais de Joshua e deitando sua cabeça no ombro do mesmo, que abraçou as duas costas.
- As vezes sinto que para ficar vivo, eu tenho que matar a minha mente. - sussurrou, fechando os olhos.
-x-
CHEGAMOS A 1K AAAAAAAAAAAA
GENTE, SOCORRO, VCS NÃO TEM NOÇÃO DO QUANTO EU TO FELIZ AAAAAAAA
FAZ TIPO 2 SEMANAS Q EU POSTEI A FANFIC E JA TÁ COM MAIS DE 1K AAAAAA EU NÃO TENHO PALAVRAS PRA DIZER O QUÃO GRATA EU ESTOU, ENTÃO MUITO MUITO OBRIGADA MESMO, VCS NAO TEM IDEIA O QUANTO ISSO É IMPORTANTE PRA MIM!!!! EU AMO TODOS VCS!
