The Secret

7. Longa viagem

O pessoal ficou fazendo mais algumas brincadeiras e eu rindo pra disfarçar.
-Gente, vocês vão mesmo acreditar nessa fofoca que está saindo na internet?
-Claro que não né Jô, até porque sabemos que agora você só quer focar no trabalho e um namorado agora ia ser distração pura.

Neyelle respondeu me dando um abraço, em seguida Jéssica fez o mesmo e sussurrou em meu ouvido:
-Mas até que vocês dois formariam um casal lindo!

Apenas sorri pra ela. Lembrei que Natália iria me ligar e meu celular estava com Rogers. Se eu fosse até ele e pedisse ia ser óbvio demais, se eu perguntasse em voz alta renderia mais algumas piadas, mas era melhor do que correr o risco.
-Rogers!
-Diga patroa.
-Deixa de formalidade cara, fala logo: Sim meu amor!

Thiago falou e todos riram. Rogers estava ficando estressado com toda aquela situação. Mas o que eu poderia fazer?! Estava fora do meu alcance impedir aquilo tudo.
-Deixa de história Thiago, se não vou te demitir também menino! Rogers, tu viu meu celular? Achei que tinha deixado na sala de ensaios e pedi pro Renê procurar, mas ele não achou...
-Aah, tá aqui sim. Você ia esquecer lá, aí coloquei no bolso pra te entregar.

Ele tirou o celular do bolso e esticou o braço pra me dar. Caminhei até ele, peguei meu celular e verifiquei se tinha alguma mensagem ou ligação da Nat. Não tinha nada, mas pelo horário era normal. Todos já estavam mais calmos e sentados em seus devidos lugares. Tinha um lugar vazio ao lado de Rogers, me sentei do lado dele e me certifiquei que ninguém estava prestando atenção. Apesar de ser normal que eu viajasse ao lado dele, nós dois éramos o assunto do momento e qualquer deslize tudo iria por água abaixo. Ele estava de cabeça baixa, com os fones no pescoço. Ele sabia que eu estava sentada do lado dele, mas não fez o mínimo esforço nem pra ao menos olhar pra mim.
-Juro que eu queria acabar com tudo isso. Olha pra mim, por favor!

Ele levantou o olhar, que estava pesado. Ele estava mais chateado do que nunca e eu detestava saber que ele estava assim. Me sentia culpada com aquilo tudo. Nessas horas queria dar um fim nessa história e assumir tudo pra todos. Mas ainda não estava pronta. Não podia deixar uma emoção me fazer tomar uma decisão que causaria mais um reboliço na minha vida. Me ajeitei na cadeira, sentei de lado olhando pra ele, com a cabeça encostado na poltrona. Levei uma de minhas mãos até seu pescoço e comecei a fazer carinho ali.
-Me perdoa, não queria que fosse assim...

Ele pegou na mão que estava em seu rosto, entrelaçou seus dedos nos meus e beijo-a. Naquele momento eu sorri pra ele, que retribuiu o sorriso com uma leveza no olhar. Ficamos ali um tempo, trocando olhares e risos, morrendo de vontade de ficar grudadinhos um no outro, trocando beijos. A vontade de beijá-lo foi aumentando e quando percebemos já estávamos pertos demais um do outro. Mordi meu lábio inferior, e olhei para seus lábios que estavam tão próximos dos meus que eu podia sentir seu gosto mesmo tocá-los.
-Não é uma boa ideia Rogers.
-Eu sei, mas não sei se consigo controlar.
-E se flagrarem a gente?
-A gente assume tudo, e acaba logo com isso.

Não estava mais aguentando, queria beijá-lo, mas não ali. Levantei, em voz baixa, pedi para que ele me acompanhasse. Andei pelo ônibus e vi que a maioria da equipe estava dormindo, os que estavam acordados estavam no celular com fones de ouvido. Continuei andando até chegar às escadas do segundo andar, subi devagar e olhei pra trás para ver se Rogers estava atrás de mim. Ele estava um pouco afastado de mim e não parava de olhar pros lados pra ver se não vinha alguém. Sorri e continuei subindo os degraus. Chegamos ao segundo andar e tinham apenas 2 pessoas dormindo nas poltronas da frente. Olhei pra trás, segurei na mão de Rogers e andei mais rápido até o final do ônibus em direção ao meu quarto. Entrei com ele, fechei a porta e tranquei-a. Ele sorriu e não perdeu tempo, foi logo me encostando na parede e me beijando com intensidade e desejo. Suas mãos passeavam com voracidade pelo meu corpo, cada centímetro de mim estava arrepiado e desejando ardentemente que ele me amasse ali mesmo.

*Rogers*

Naquele momento não existia medo ou dúvidas. Só existia eu e ela. Queria ter o corpo dela, queria amá-la. Segurei sua cintura com força e coloquei-a sentada na cama. A respiração dela estava forte o que me deixava mais louco ainda. Ela levantou o olhar até o meu e fez uma cara safada. Suas mãos foram até o meu cinto, e ela me puxou para si fazendo com que eu caísse por cima dela. Voltei a beijá-la, e desci meus beijos por seu corpo. Rapidamente tirei sua blusa e apertei seus seios com força. Ouvi sua respiração ficar mais forte. Afastei seu sutiã, beijei um de seus mamilos e o mordi levemente. Ela deixou escapar um gemido abafado e baixo. Deixei uma de minhas mãos apertando seus seios enquanto descia os beijos por sua barriga, desci mais um pouco e me deparei com sua calça. Aos poucos fui retirando a mesma. Deixei-a apenas de calcinha e sutiã. Era uma imagem deslumbrante, amava vê-la naquele estado. Não por caprichos sexuais, mas sim por conta do seu corpo esbelto, com curvas na medida certa. Ela sentou-se na cama e afastou as pernas. Sabia o que ela queria e estava disposto a dar a ela. Me ajoelhei, tirei minha camisa e voltei a colocar uma de minhas mãos em seus seios e apertá-lo. Com a minha mão livre, apertei sua coxa e comecei a depositar beijos e alguns chupões ali. Fui subindo os beijos até chegar em sua virilha e me deparar com sua calcinha. Afastei ela devagar, e com calma depositei um selinho em seu clitóris. Ela deitou seu corpo sobre a cama e gemeu baixo. Comecei a chupá-la devagar enquanto apertava seus seios. Ela colocou uma de suas mãos em cima da minha que estava em eu seio e a apertou. Com sua mão livre, ela começou a arranhar minhas costas, que fez com que eu aumentasse o ritmo dos movimentos da minha boca. Afastei minha boca de sua intimidade e comecei a penetrar meus dedos devagar, aos poucos fui aumentando a velocidade das investidas. A medida que eu ia aumentado a velocidade, seus gemidos iam ficando mais intensos, e ela ia se contorcendo cada vez mais. Senti que o clímax dela estava chegando e voltei a chupá-la ainda penetrando meus dedos. Senti seu corpo estremecer e em seguida se contrair. Me afastei, levantei e me deitei ao seu lado beijando sua orelha. Seu rosto estava vermelho, e todo seu corpo estava suado. Ela estava com os olhos fechados, e uma de suas mãos fazia um carinho bem de leve em meu rosto. Aos poucos sua respiração e sua cor foram voltando ao normal. Quando ela caiu em si, apenas virou a cabeça pra mim, sorriu e sussurrou:
-Eu amo você.