Sentada com um ppote de doce de abóbora -que Aaron havia passado a noite procurando- , eu assistia um filme qualquer de comedia na grande tv de Caniff. Cada mordida naquele doce era uma careta diferente. Eu sempre odiei abóbora, mas já faziam três dias que eu sentia desejo de comer isso. Aaron, coitado, fazia questão de procurar tudo que fosse de meu desejo, mesmo eu insistindo que não precisava.
-Essa coisa me da enjôo - Keyla fez careta se referindo ao doce.
-Sua cara me da enjôo desde o dia em que te conheci, nem por isso fico reclamando. - falei fazendo-a rir.
-Seu mal-humor aumentou vinte e cindo por cento desde a gravidez, principalmente nos últimos meses.
-Desde quando você entende de porcentagem, Keyla? - a encarei.
-Não entendo - deu de ombros - mas entendo de comida boa e isso aí - apontou para o pote que eu segurava - não está nem perto de ser bom - se levantou e saiu rumo a cozinha.
Voltei minha atenção para o filme totalmente sem graça, mas fui interrompida quando Aaron e todos os outros garotos entraram na sala rindo e falando alto. Eles se sentaram nos sofás e Aaron deu um beijo rápido em minha bochecha. Johnson trocou de canal, agora colocando em um jogo de basquete, qual eu desconhecia os times. Olhei para o pote de doce em minhas mãos e fiz careta, deixei o pote de lado e peguei meu celular para conferir minhas redes sociais. Dava like nas fotos aleatórias que apareciam na timeline do meu instagram enquanto pensava no que comeria agora. Me levantei decidida a ir para a cozinha e senti uma forte dor na barriga. Respirei fundo passando a mão por ela e continuei caminhando até passar pela porta. Lox, Mad, Keyla e Cláudia, a nova namorada de Johnson, estavam ali, comendo o resto de lasanha que havia sobrado e rindo de alguma piada aleatoria. Me sentei em um dos bancos e peguei uma bolacha que ali havia. Fique prestando atenção na conversa sem pé nem cabeça das garotas até sentir um "ferruada" na barriga.
-Tudo bem? - Madison perguntou me olhando.
Assenti com a cabeça sorrindo fraco. Me levantei ainda com dor e, devagar, caminhei até a porta. Passei meu olhar pelos garotos e parei em meu marido, que estava consentrado no jogo.
-Aaron? - o chamei e ele me olhou sorridente - está na hora.
Narrador pov's
O sorriso do garoto foi se desmanchando ao tempo que os outros se levantavam assustados. As garotas que antes estavam na cozinha, agora se encontravam ao lado de Demi. Lox, sabendo que a bolsa preparada para esse caso estava no quarto de cima, correu até lá. Madison segurou a garota que de tanta dor quase não conseguia parar em pé. Matthew e Gilinsky correram até a grávida ajudando-a a ir até o carro que estava a frente da casa. O caminho até o hospital parecia não ter fim e todos só ficavam ainda mais assustados quando a garota gritava com as contrações. Para descer do carro foi ainda mais difícil. Taylor, que foi o mais rápido para correr para dentro do hospital, trouxe uma cadeira de rodas, oque facilitou a entrada deles. Algumas enfermeiras correram de encontro a eles, levando-a rapidamente para as salas de dentro. Os jovens que não puderam entrar, estavam tão nervosos quanto Aaron, que foi o único que pode entrar junto. As contrações só aumentavam, a dor era quase insuportável, a visão embaçada e as vozes que pareciam se passar distantes, tudo parecia estar em câmera lenta. Tudo oque Demi conseguia ver era as enfermeiras correndo e alguns médicos ali também. Ela precisava ganhar os bebês agora.
Levou um tempo para tudo se arrumar, mas agora a garota já se encontrava deitada na cama, pronta para o parto.
-Quando você sentir uma contração, faça força - uma médica, que parecia ser muito simpática, disse para a garota morena.
Ela respirou fundo mais uma vez enquanto sentia os leves carinho de Aaron em sua mão. Tentativa falha de deixa-la mais calma. E então veio uma contração. A mão de Aaron parecia que iria quebrar com tamanha força que sua esposa apertou. A moça gritou fazendo com que o rapaz se sentisse mais assustado.
-Faça força - a voz feminina soou no meio do grito de dor.
Com dificuldade, Demi fez o máximo de força que conseguiu. Aquele desespero parecia não acabar mais, até que... o choro fino e esganiçado pode ser ouvido. Eles haviam nascido. O alívio tomou conta do corpo da garota e seus ombros caíram se sentido relaxada. Ela virou o rosto e viu seu marido quase chorando enquanto olhava para frente. Com calma ela levantou a cabeça vendo o médico segurando os dois bebês que choravam sem parar. Seu sorriso foi instantâneo, assim como a lágrima que escorreu por sua bochecha.
Demi pov's
Com certeza, uma das melhores sensações que alguém pode ter, é segurar o próprio filho no colo. É como se você pudesse segurar um pedaço de você mesmo. Você tem o maior cuidado do mundo e quer proteger de tudo e todos.
No momento Aaron se encontrava sentado ao meu lado na cama de hospital segurando a pequena e frágil garotinha. Seu sorriso era tão bobo quanto o meu.
-Toc toc - direcionei meu olhar para a porta e vi todos meus amigos ali.
Eles entraram no quarto branco e um pouco pequeno e se posicionaram por volta da cama, sorrindo ao ver as pequenas crianças.
-Que coisas mais fofas - Ceh sorriu abraçando Matthew pela cintura.
-Quer segurar? - perguntei e ela assentiu.
Com cuidado ela pegou Harvey no colo e tanto ela quanto Matt sorriram bobos. Vê-los daquele jeito, sorrindo e balançando de leve o menininho, deixou um sorriso estampado em meus lábios. Meu coração pareceu se esquentar e foi como se algo dentro de mim estivesse se encaixado. Como se eu finalmente estivesse completa.
Fim
Notas
Esse foi o fim mais bosta que eu já fiz em toda minha vida.
Mas espera
Eu vou explicar
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Deron ⭐ Aaron Carpenter
FanfictionDemi é uma menina de 18 anos, famosa no viner e intagram e começando sua vida de atriz. Aaron, um menino de 18 anos, famosos pelo vine e pela magcon, também começando sua carreira.