O estacionamento do mercado estava completamente vazio quando tranquei a porta do carro, a não ser por uma moto parada próxima da porta automática. No momento pensava o quão bom seria passar por ela e sentir aquele vento gelado na cabeça por conta da ventilação pairada encima dela. Depois caminhar até o corredor de bebidas, pegar vodka barata e talvez um vinho, ainda tinha dúvida. Na hora de pagar, simplesmente estender o braço na porcaria de comida mais próxima do caixa e ir embora para casa nesta noite calorenta para mais uma madrugada de lamentações e lembranças vagas de quando trepava com meu namorado, que atualmente mora em Paris, longe de eu, longe do meu amor.
Sobretudo, no corredor do "beber para esquecer", esbarrei com um jovem rapaz. Agachado tentando pegar a porcaria de bebida mais barata que nem mesmo eu ousaria pegar.
- Desculpe. - Disse e segui mais adiante do corredor.
Não respondeu, apenas resmungou algo e continuou ali agachado por mais tempo que o necessário.
Quando ia voltando do corredor com uma garrafa de vinho seco e vodka, ele parecia estar tomando a mesma direção que eu, com uma garrafa de vinho nas mãos para a única caixa do mercado deserto. Notei seu rosto delicado e jovial quando pôs a garrafa encima do balcão e jogou uma nota de dez reais junto.
- Identidade. - Falou a mulher com cara de sono mascando um chiclete enquanto a luz branca do local desmascarava suas imperfeições falhadamente escondidas por uma base de má qualidade.
- Hum... Esqueci. - Ele apoiou suas mãos no balcão e ficou na ponta dos pés para parecer maior.
Isso me fez soltar um risinho e consequentemente atrair os olhares dos dois para mim.
- Bom ele está comigo - Coloquei minhas coisas no balcão.- E como a senhora pode ver - Tirei a identidade do bolso de trás da calça jeans - Tenho vinte e oito anos.
Olhou feio para nós dois. Paguei e o garoto saiu apressado segurando sua garrafa de vinho como se fosse um bebê em seu colo paterno.
- Ei, garoto... - Segurei seu punho antes mesmo de subir na moto.
- Oi? Ata, muito obrigado por aquilo. - Disse olhando-me nos olhos.
- Aonde vai dirigindo com essa garrafa? - Percebi estar preocupado.
Ele olhou em volta, provavelmente pensando em uma bela mentira para contar. O estacionamento ainda vazio e silencioso.
- Ahn... Nem sei, cara... Acho que para meu esconderijo.
- Que esconderijo?
- Não está perguntando demais não? - Franziu as sobrancelhas.
- Desculpe se fico agoniado ao ver um garoto jovem com uma moto e uma garrafa de bebida nas mãos... - Soltei seu braço e pensei que tinha segurado por tempo demais.
- Sabe o penhasco perto do rio?
Fiz que sim com a cabeça.
- Então. - Concluiu.
Comecei a suar por conta do calor que fazia.
- Vou para casa mesmo, mas um dia chato depois do trabalho...
- Venha comigo! Adoro conhecer gente nova, vai ser uma boa oportunidade. - Pareceu animado e isso soou estranho já que sou um completo desconhecido.
- Pode ser. Te sigo com meu carro.
- Só pode estar brincando... Tipo, fala sério mesmo? é uma moto, cara! Vamos juntos e depois lhe trago de volta para buscar isso.
Apenas concordei.
Ele sentou primeiro e eu com dificuldade, atrás. Pus as sacolas entre minhas pernas, rezando para que não caíssem durante a viagem.
Colocou o capacete.
- Desculpa, tenho só um, mas não se preocupa.
Acelerou a moto e olhei para trás, a mulher do caixa lixava as unhas e ficava distante cada vez mais.
Ia muito rápido. O vento batia contra meu rosto, meus cabelos esvoaçavam para trás. Fechei os olhos e então deixei de segurar na lateral da garupa para segurar a cintura do menino no qual não sabia o nome.
- A propósito qual seu nome? O meu é Jimin - Falou ele alto e diminuindo a velocidade da moto, pois havíamos chegado.
- Jungkook.
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Taehyung Morreu | JIKOOK & TAEKOOK
FanfictionJungkook conhece Jimin, dono de um site pornô famoso em uma jornada sexual para tentar esquecer seu ex amado. HOT HOT HOT! - Adicione na sua lista de leituras e biblioteca, vote em todos os capítulos e comente. PS: Recomendo ler "Pecados Mordernos"...