7 - Natal

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Era manhã de vinte e quatro de dezembro daquele ano, Taehyung morava em minha casa e Namjoon estava hospedado ali fazia um dia, pois pretendia passar o natal conosco. Passou-se um mês dos ocorridos.

Jimin nunca mais deu notícias desde então, mas mal sabia eu que naquela manhã nublada e fria ele aparecia na minha porta inesperadamente em busca de um lugar para jantar sua ceia.

- Jimin? - Falei quando abri a porta dr roupão e esfregando os olhos recém abertos.

- Quem é amor? - Taehyung gritou do quarto antes mesmo de Jimin poder dizer algo.

- Jimin.

Ouviu-se um barulho vindo do quarto e então Tae veio correndo, tropeçando no tapete da sala e quase caindo de boca na frente da porta.

- O que você faz aqui? - Perguntou ele com cara de bravo.

Jimin abriu um sorriso de orelha a orelha, pois a cara de bravo de Tae, não passava de um rosto recém acordado.

- Fica frio, só quero comer e... Trocar presentes, é claro.

E entrou, sentando-se no sofá ao lado de Namjoon que dormia igual uma pedra.

- Você não acha que é um pouco folgado? Vir para a casa dos outro sem ser convidado e ainda no natal! - Taehyung usava uma cueca samba canção, o cabelo bagunçado e uma meia comprida de dinossauros.

- Não. - Falou desbloqueando seu celular e ignorando os olhares furiosos dele.

Eu fiquei ali parado, sem reação, achando tudo muito engraçado, mas sem coragem de rir. Até que fui para a cozinha e Taehyung veio atrás de mim, agora eu podia ver seu olhar de raiva e indignação.

- Não vai mandar esse merdinha ir embora não?

- Tae... Deixa ele.

- O QUE?! Você me traiu com esse merdinha e agora quer que eu aceite ele aqui nesta casa? - Jimin olhou para trás, nos olhando curioso por cima da bancada da cozinha estilo americana.

- Para de chamar ele assim... - Cochichei.

- Manda ele embora, ou eu vou.

- Nossa, quanto drama, Taehyung. - Puxei o roupão junto a mim depois que um vento frio adentrou o cômodo.

- Ei, sabe de uma coisa... Melhor eu ir... Acho que não é bom ficar aqui. - Jimin levantou-se e ia saindo pela porta.

Eu não impedi e muito menos Taehyung.

Depois de algumas horas, quando ia escurecendo e eu preparava os últimos detalhes da ceia que eu mesmo havia preparado, percebi que faltava uma coisa preciosa para uma noite preciosa: O vinho. Então saí as pressas do apartamento na esperança de achar algum lugar aberto naquela altura do campeonato. Revirei a cidade inteira, até que enfim resolvi ir no lugar mais óbvio. A mercenária que eu sempre comprava minha cerveja. E onde eu conheci Jimin.

Quando cheguei e estacionei o carro lá estava ele. Jimin, sentado no meio fio do estacionamento, com uma garrafa de vinho na mão e duas vazias do lado. Encontrava-se cabisbaixo e quando cheguei perto ouvi um choro.

- Jimin? Tá tudo bem? - Sentei-me ao seu lado, já estava de noite e fazia muito calor agora.

- Não.

- Acho que você tem fetiche por essa palavra...

- Jungkook, nunca terei com quem comemorar o natal, eu acho. - Limpava as lágrimas na mão.

- Porquê não vai com sua família? - Fiquei muito triste por ter que jogar ele para outro lugar por simples birra de Tae.

- Não tenho família, Jungkook. São todos uns merdas, não é atoa que fiz um site pornô e cai fora na primeira oportunidade qur tive... Enfim, vou indo embora, você tem uma ceia para comemorar.

- Vem comigo. Você vai ter sua ceia. Quer dizer... Se conseguir ficar em pé! Mas me espera aqui, vou ali dentro comprar uma garrafa desse vinho e já volto. Falando nisso... Como conseguiu estas?

- Pedi para um velho tão bêbado quanto eu.

Quando chegamos em casa, pude ver Namjoon e Taehyung sentados a mesa. Riam e conversavam sobre algo que eu nunca saberia.

E ao ver Jungkook ele simplesmente pareceu aceitar, sabia que aquela minha atitude queria dizer que eu não iria ceder a suas birras. E acima de tudo, confiava em mim e sabia haver um motivo plausível para eu trazer o homem com quem me deitei e o traí para nossa casa em pleno natal.

- Trouxe o vinho? - Namjoon disse sorridente e bem arrumado.

- Claro. - Mostrei - O mais barato!

Rimos e Jimin sentou a mesa, enquanto eu fui até a cozinha para retirar o peru que estava assando enquanto fui buscar o vinho.

- Você parece um pouco bêbado. - Disse Tae olhando para Jimin.

- Um pouco...

- Tem quantos anos? - Servia o vinho em sua taça e olhava sério para o garoto.

Enquanto eu observava a cena da cozinha.

- 17.

Taehyung, que estava sentado de frente para a cozinha, levou a taça até a boca e olhou-me sério.

Abri um sorriso forçado e perguntei para todos:

- Quem vai querer peru?

- Eu quero! - Jimin respondeu animado.

E ao ouvir isto, Taehyung engasgou com o vinho.

Taehyung Morreu | JIKOOK & TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora