6 - Ceder

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Essas paranóias já me assustavam. Por isso, ao chegar na porta do pequeno prédio de Namjoon, logo interfonei e ele deixou-me entrar.

Seu apartamento era apertado, porém aconchegante, provavelmente conseguira o local na época que vendia drogas. Hoje ele trabalha como garçom em uma cafeteria para pagar a faculdade de jornalismo. A luz adentrava o local e fazia entrar um vento leve através da janela escancarada.

- Tudo bem, J? - Disse ele sentando-se e indicando para eu fazer o mesmo.

- Ahn... Sim.

Sentei-me e senti como se estivesse caindo de um prédio grande e fosse me espatifar no chão duro de concreto que me esperava lá embaixo.

- Tem certeza? Seus olhos estão um pouco inchados... Parece que andou chorando, você andou chorando? - Inclinou-se na minha direção estendendo o braço nas minhas costas.

- Um pouco.

Uma pausa e continuei:

- Tudo anda muito confuso, Namjoon. Primeiro um garoto novo em minha vida, aquele que lhe disse pelas mensagens, depois começo a delirar vendo Tae e agora ele volta para o Brasil e tudo fica ainda pior... Acho que estou enlouquecendo aos poucos... - Uma lágrima escorreu em meus olhos e fiquei com muita vontade de gritar naquele momento.

- Calma... Olha. - Levantou-se e foi até uma gaveta, onde tirou um baseado e um isqueiro preto. - Acenda, isso deve lhe acalmar um pouco.

- Obrigado, faz tempo que não fumo isso - Sequei a lágrima na palma da mão e acendi o baseado.

Suguei a fumaça para meus pulmões e prendi a respiração, por fora, podia sentir meus olhos ficando vermelhos. Soltei a fumaça e fiquei jogado no sofá, repetindo o ato várias vezes, revezando com Namjoon até ficar uma bituca pequena e ele joga-la dentro do vaso e dar descarga.

- Vou preparar algo para comer, quer?

- Claro.

Eu já estava muito mais calmo do que antes e enquanto Namjoon preparava uma pizza congelada no forno, o interfone tocou.

- Poderia atender? Estou ocupado aqui.

Levantei do sofá e atendi. Era uma voz familiar: Taehyung. Fiquei ali parado pensando cercado de medo e nervosismo até que cedi e deixei-o entrar, mesmo sem pedir permissão para o dono do apartamento. Não demorou muito para ele subir.

- Taehyung? - Disse Namjoon secando as mãos em um pano de prato ao ver Tae parado na porta.

Taehyung o abraçou, um abraço forte.

- O que você veio fazer aqui? - Perguntei.

- Nem tudo gira em torno de você, sabe, Jungkook... Vim ver meu velho amigo, caso não se importe. - Sua expressão era de certo modo séria, mas a voz saira descontraída por conta de estar olhando diretamente para Namjoon ao dizer isso.

- Estou fazendo pizza... congelada, espero que goste!

- Bem, eu acabei de comer. - Falou encarando-me.

- Ai merda! Não tem nada para beber... Vou ali no mercadinho do lado e já volto. Se importariam? - Nos olhou desconfiado?

Eu ligava, mas para não pagar de insuportável, deixei que fosse sem dizer nada. Então ficou só eu e Taehyung ali na sala de estar de Namjoon. Um silêncio constrangedor até que ele o quebrasse.

- Jungkook...

Ele simplesmente avançou encima de mim, seu beijo entrelaçou meus lábios e fez-me arrepiar, de certo modo eu não queria estar ali com ele, porém tudo indicava que precisava acontecer. Deixou-me de quatro deitado de bruços no sofá, enquanto ele ficava de joelhos no piso de madeira do apartamento, tirou seu pau para fora e enfiou-me no meu ânus, mas antes cuspiu para que entrasse melhor.

- Taehyung... eu não estou preparado, pode ocorrer um acidente, sabe? - Disse tímido, quase mordendo as almofadas do sofá.

Não respondeu, não ligou.

Só foi mais fundo e mais forte, até que entre meus gemidos eu pude sentir que provavelmente eu tinha o marcado e quando olhei para trás, pude ver seu pau ensanguentado.

- Caralho! - Fiquei assustado, pois isso nunca acontecera nem na minha primeira vez.

Entretanto não queria que ele parasse, muito pelo contrário, o forcei a entrar mais fundo dentro de mim, o empurrei pelas costas e ele aumentou a velocidade e quando ouvimos o barulho do molho de chaves de Namjoon, Taehyung ainda não havia parado.

- Para! Ele vai v-ver... - Disse entre meus gemidos de prazer.

- Eu to quase gozando.

E quando Namjoon abriu a porta do apartamento, Taehyung tirou o pau cheio de sangue do meu cu e bateu uma punheta até o jato de porra expelir por todo sofá.

- Nunca mais deixo vocês sozinhos, seus gays! - Deixando a coca-cola recém comprada cair de sua mão direita e virando o rosto para não ver a cena.

Já eu, só conseguia acompanhar minha respiração ofegante e sentir o suor percorrer meu rosto até receber um tapa na bunda de Taehyung, que enfim saiu de cima de mim para sentar-se pelado no sofá todo gozado.

Taehyung Morreu | JIKOOK & TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora