Capitulo 6

286 22 1
                                    

Elsa estava chorando em sua cama, estava muito triste pela a última ação do pai e não era pra menos.

(Pensamentos de Elsa)

Porquê? Porque me obriga? Porque é que não posso escolher?
Eu jamais serei feliz com ele, quero conhecer alguém que me ame!
Ele jamais me amará, só me verá como um objeto!

(Fim dos pensamentos)

Jack estava a poucos metros da janela de Elsa, queria retirar-se, mas também não a queria ver assim, e sem pensar, caminhou pelos telhados do palácio, até estar encima do quarto. Debruçou-se ao extremo para que os seus pés tocassem na janela. Ao chegar, abriu a janela lentamente, entrou o mais discretamente possível, não tendo problema com Elsa pois com os choros, ela não o conseguia ouvir. Ele aproximou-se, devagar, da cama, observou que ela estava tapada com lençois e cubrindo o rosto com uma almofada, assim que ela não o podia ver nesse momento.

Ele agarrou silenciosamente uma cadeira que se encontrava por ali e aproximou-se da cama para sentar-se junto a ela.

Elsa notou, que de repente fazia muito frio no quarto, ela tirou a almofada do rosto, levantou-se, viu que a sua janela estava aberta, virou lentamente a cabeça para a esquerda e o viu...

Viu o "Assassino" sentado numa cadeira ao lado de sua cama. Ela sabia que ele era perigoso, sabia que devia correr por sua vida, sabia que pelo menos devia gritar, mas era tanta a sua depressão que nem forças teve para o fazer.
Ela pensava que ele ia matá-la, assim que não queria mais problemas e desejava acabar com aquilo de uma vez por todas.
Ela se encostou de novo, mas agora sem tapar o rosto e lhe disse.

- Vamos, mate-me!

Jack ficou confuso ao ouvir isso, não queria matá-la, só desejava passar um tempo com ela, mas essa confissão despertou o seu interesse.

- Não temes morrer?
- Claro que sim, - respondeu ela- mas agora tenho mais medo doutra coisa!
- E me permite saber do quê?
- Que me rompam o coração!

Jack agora ficou surpreendido por aquela revelação, era óbvio que ela desejava morrer, ele tinha que corrigir isso agora, senão ela podia ser capaz de cometer alguma loucura.

- Duquesa, eu não venho matá-la, só quero falar com você.
- És sempre assim educado? - lhe gozava.
- Quando não trabalho, sim.
- Vá lá, um assassino gentil, quem diria!
- Está me interpretando mal duquesa, eu não queria ser um assassino, me obrigaram a sê-lo.
- Se isso é verdade, porque continuas a fazer isso?
- Tenho que ganhar a vida, não nasci num berço de ouro como você.

Elsa, agora, zangou-se com ele.
- Se não vieste assassinar-me, então que queres?
- Razorar você, a morte não mudará nada sua majestade, mesmo que queira que eu a mate ou se você mesma se suicide, não arranjará as coisas só as vai piorar, pense em sua família, aliás, como dizia a minha mãe, NO FINAL TUDO FICARÁ BEM.
- O meu pai quer que me case com um homem que nem sequer conheço, e você me diz que no final tudo ficará bem?
- Assim é.
- És a pessoa mais estranha que já conheci! - disse ela.
- Seguramente. - disse sorrindo.

Ela, por alguma razão desconhecida, também sorriu ao ver o seu sorriso, algo estranho considerando o simples facto de que estar com ele era perigoso.

- Tenho a tua promessa de que não me farás mal ? - perguntou ela.
- Juro pela minha vida, alteza!
- De coração?

Jack ao ver que Elsa tinha medo, pegou num punhal. Ela se espantou pensando o pior, mas ele só o pegou para lhe dar cuidadosamente em suas mãos, ela agora estava confusa.

- Porque me dás isto? - perguntou confusa.
- Mate-me.
- O quê?
- Mate-me se pensa que lhe farei mal, mate-me neste mesmo momento, já que tem oportunidade.
- Não temes a morte?
- Ela sempre me abraça, mi lady, aparte eu tenho mais medo dela do que você tem a mim.

Elsa viu que ele não mentia, assim que tomou um grande respiro, empunhou muito bem o punhal, tomou impulso e apontou ao coração de Jack. Ele fechou os olhos...
Passaram vários segundos.
A menos que a morte tenha as mesmas sensações da vida... Jack continuava vivo, abriu os olhos e viu que ela cravou o punhal numa pintura que se encontrava ao lado dele, era uma pintura feita à mao de seu pai.
Jack admitiu por um segundo se ela ia matá-lo.

- Pensei... - disse ele.
- Que ia assassinar-te ? Não, não quero sujar as mãos contigo. - dizia ela com tom de gozo. - Aliás acredito que já demonstraste que não mentias.

Agora Jack estava loucamente apaixonado por ela, que atitude nada comparada com outra mulher, ele não se lembrava dela assim tão perigosa, supõe-se que em 8 anos muda-se muitas coisas.

- Então me retiro, sua majestade.
- Tome. - dizia ela querendo entregar a sua arma.
- Fique com ela, tome-la como um presente, esse punhal me foi dado por outro assassino que me salvou a vida, agora penso que será mais útil para você.
- Qual assassino ?
- Nunca soube quem era.
- E me dá este objeto valioso para si a mim?
- Por que não? Agora você me importa, duquesa.

Ela corou um pouco ao escutar isso e guardou o punhal numa caixa que tinha ao lado de sua cama.

- Grazie. (Obrigado) -agradeceu ela.
- Não, grazie a você, por escutar e... e por não matar-me. - dizia rindo um pouco mas também engolindo saliva.

Elsa riu um pouco.

- De niente. (De nada)
- Bouna será, (Boa noite) duquesa.

Jack já se retirava pela janela do quarto quando Elsa a interrompeu.

- Espera... Te voltarei a ver?

Jack deteve-se, duvidava se responder a isso era uma boa ideia, mas no final a sua mente o enganou e sem olhá-la lhe disse.

- Se quiser será um prazer.
- Amanhã à mesma hora, por favor.
- É um compromisso mi lady.

Jack se retirava de novo quando ela o interrompeu outra vez.

- Espera.
- Que se passa?
- Não me disseste o teu nome.
- E jamais o direi.

E antes de que Elsa pudesse voltar a interrompe-lo, Jack saltou da varanda do quarto de Elsa, aterrando de pé no chão e simplesmente escalou umas quantas janelas para voltar a estar no telhado.
Elsa observava tudo da sua janela surpreendida por tanta habilidade.

- Wow! - disse ela perplexa.

E perdeu-o de vista.
Ela ao ver que já não fazia sentido estar na janela, deitou-se na cama e fechou os olhos, ela incrívelmente adormeceu logo, talvez por ter sono ou pela vontade de ver um novo amanhecer, para mais tarde puder estar com o seu novo estranho amigo.

(Entretanto no bar)
Jack entrava pela porta principal e de novo todas as cortesãs aproximaram-se dele e o cumprimentaram muito amavelmente.

- Bouna será Frost, como correu? - perguntou uma das cortesãs.

Jack simplesmente pegou na bolsa de dinheiro que o senhor encapuzado lhe tinha dado para o próximo trabalho, pousou numa mesa e disse subindo as escadas retirando-se para o seu quarto.

- Para vocês, senhoritas.

E trancou a porta.
Uma das senhoritas abriu a bolsa e se surpreenderam ao ver tanto dinheiro. Todas viraram para o quarto de Jack de boca aberta.
Entretanto ele despia o seu traje, tirava as armas e as botas para ir dormir, mas sem antes abrir a janela, para ver mais uma vez a bonita lua que se encontrava no céu.
Fechou a mesma, deitou-se, fechou os olhos e como Elsa, adormeceu profundamente, mas sonhando com a mulher que amava...

Jack e Elsa: The Perfect Assassin (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora