Capitulo 19

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-Oh não!

Algumas ruas de distância...

A jovem ao chegar em casa, sem perder tempo se aprontou e tomou um leve pequeno-almoço, pão e água, no final ela voltou para a rua, e dirigiu-se ao Palácio para executar a sua tarefa.

Ela andou na rua agindo normalmente, como se nada tivesse acontecido, até poderia mesmo dar ao luxo de se aproximar de um cartaz que mostra Jack como o assassino encapuçado e anunciando uma grande recompensa por o denunciarem, ela arrancou-o sem que ninguém se apercebesse disso e guardou-o no vestido.

-Deves-me uma Jack.- sussurrou para si própria.

-Com licença, senhorita? -disse um desconhecido.

Nessa altura, a pobre teve uma parada cardíaca, pensou que talvez, eventualmente, alguém a  possa tê-la visto a rasgar o cartaz, estava tão aterrorizada que nem se atreveu a virar-se para ver quem estava a falar, provavelmente era um guarda desembainhando a sua espada.

-Senhorita está bem?

Essa pergunta a deixou intrigada, desde quando um guarda se preocupava com o bem-estar dos outros? Ela então se virou com medo para ver quem era, para sua surpresa era um jovem de cabelo castanho muito elegante que à primeira vista se poderia dizer que pertencia a uma família rica, pois sua forma de vestir reluzia, ele vestia um chapéu preto elegante e um fato de gala cinza, além disso tinha uma enorme bolsa com conteúdo desconhecido.

-A senhorita está bem?

-O quê? ... ah ... sim, por que pergunta? -ela.

-Está a sangrar.

Ela se viu, o homem misterioso estava certo, suas feridas da noite anterior em sua mão se abriram ligeiramente novamente.

-Ah, é verdade, obrigado por me dizer.

Ela queria ir-se embora antes de chamar a atenção, mas o jovem a parou.

-Espere, por favor aceite isto.

Ele abriu a bolsa e começou a procurar algo nela, quando por fim encontrou uma pequena garrafa de prata, ela primeiro desconfiou, mas quando viu os olhos do jovem sentiu uma forte confiança nele, e corou um pouco pela oferta.

-Por favor, aceite.

Ela recebeu com gratidão, mas depois reviu, a garrafa não dizia o que continha.

-O que é isso? -perguntou ela.

-Botica, para curar as suas feridas, vejo que tem muitas, com isso ficará sem dores.

Ela não era tonta, uma pessoa desconhecida oferecendo remédios de graça no meio da rua? Duas coisas eram certas, ou a substância que ela segurava era venenosa ou ela teve muita sorte de ter encontrado alguém que era tão simpático que nem ela acreditava, no entanto, ela não queria desrespeitar o jovem e agradeceu-lhe pelo presente.

-Grazie, bom homem.

-De nada, garanto que se sentirá melhor em pouco tempo.

Sem nem se despedir, ela saiu, deixando o rapaz confuso, não pretendia continuar conversando com aquela pessoa.

-Que estranho, tenho que estar mais atenta. - sussurrou novamente consigo mesma.

Ela continuou andando sem parar, mantendo a garrafa, embora considerasse uma má ideia, e ligeiramente virou-se para se certificar de que a pessoa não a seguiu, felizmente ele não o fez, parecia que tinha tomado o seu próprio caminho.

Ela suspirou de alívio, continuou o caminho ate ao Palácio, quando chegou à periferia, simplesmente sentou-se em um banco próximo e começou a observar muito bem o seu entorno.

Jack e Elsa: The Perfect Assassin (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora