Capítulo 3-esqueça sua antiga vida.

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Em uma vila no meio da floresta, num dia chuvoso, ela corria sem rumo, a chuva deixava ela encharcada,não parava de correr, ela atravessava a floresta o mais rápido que podia, porém, as vozes continuavam a seguir ela. Os passos eram ouvidos, os gritos eram insuportáveis, ela já estava quase sem forças, ela morreria se a pegassem? eles seriam tão cruéis assim? O cansaço  tomou seu corpo, ela caiu, não conseguia mais andar, as vozes foram ficando mais altas, um homem apareceu no meio das árvores, ele era grande e carregava um facão, os olhos brilhavam no escuro, ela foi se arrastando para longe, suas pernas estavam pesadas, o homem veio andando lentamente, ele iria matá-la agora? O  homem, porém, não a matou, ele pegou seus pulsos e os amarrou, arrastou ela até uma carroça,atrás dela avia uma jaula, dentro dela tinha cinco garotas, o homem abriu a porta da jaula e a jogou lá dentro, as outras garotas estavam assustadas, mas a que mais estava assustada era ela, o que estava acontecendo? Na frente avia dois homens, o que tinha jogado ela ali, e outro que usava a rédeas do cavalo, a carroça começou a se movimentar, eles estavam partindo.

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A garota não tinha conversado com ninguém ainda, ela ficava isolada, não queria chegar perto das outras, o medo a dominava, por que ela está ali? Eles iriam matá-la?  Enquanto ela mantinha-se longe da demais, uma das cinco garotas começou a discutir com outra.

-eu sou uma padeira, eu não deveria estar aqui!-falou uma garota de cabelos negros.

-eles não ligam. Seremos vendidas como escravas para vampiros.-respondeu um delas que tinha cabelos caramelo, ela estava estranhamente calma.

As outras, ao ouvirem isso, se desesperaram, ela não entendeu direito porque, mas não perguntou nada, não disse nada, ela apenas se escondeu, não deixando elas verem inclusive seus cabelos e seu rosto. Ela só queria sumir dali, as outras se consolavam, como se isso fosse ajudar, por que ajudaria? Elas seriam escravas não é? Ela não entendia, elas pareciam amigas, nunca agiam assim com ela, por que agiam assim? Uma delas trocaria a outra por sua liberdade, era óbvio, afinal, eram humanas. A relação delas pareciam aumentar a cada dia, o que durou umas quatro semanas ou mais. Quando a carroça parou viu que estavam numa espécia de taverna, foi o que uma das moças disse.

Tinha varias pessoas ali, mas, muitas delas foram despachadas quando as seis chegaram, ninguém notava elas, eles iam resmungando por ter que sair mais cedo, o homem que estava vendendo bebidas saiu da bancada e cumprimentou os homens

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Tinha varias pessoas ali, mas, muitas delas foram despachadas quando as seis chegaram, ninguém notava elas, eles iam resmungando por ter que sair mais cedo, o homem que estava vendendo bebidas saiu da bancada e cumprimentou os homens.

-Muhammad, Finley!- falou o homem.

-como vai Jayden. Nós troucemos nova mercadoria para você. 

O tal de Jayden começou a olhar as garotas, Ela não gostou do jeito que ele olhou para ela, tentando ver seu rosto. Ele olhou os dois homens e deu uma risada esganiçada, ela odiou a risada dele, mas tinha medo de dizer, os outros homens se juntaram a ele e as risadas começaram.

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Lewis andava pelo corredor, ele tinha que se encontrar com Adam e Joshua antes do anoitecer,  eles queriam  ir para a taverna, ele não gostava dos amigos terem a vontade estranha de bebida alcoólica, tudo bem berber um pouco, porém, seu amigo Joshua costumava exagerar, na verdade ele era um vampiro, ele tomava cerveja por capricho. Lewis saiu do castelo da família Gittel, e foi até a cidade, viu seus companheiros o esperando o centro dela,os três foram andando até um lugar onde apenas Joshua sabia.

-onde nós vamos agora Joshua?-perguntou Lewis sabendo que pelo menos tinha algo a ver com bebida.

-vamos para uma taverna! E vi que tem uma perto da saída da cidade!

Os três foram andando até o final, olharam o lado de fora da taverna, tinha um javali desenhado numa bandeira, eles entraram, mas eles notaram que tinha algo diferente, tinha menos gente e a maioria estava olhando seis garotas presas, elas estavam assustadas, Adam olhou com nojo, estavam vendendo elas como escravas, ele saiu da taverna, Lewis o seguiu, ele viu seu amigo indo embora.

-onde você vai?-perguntou. 

-ONDE EU VOU!? Eu não vou entrar lá de novo!

-mas você pode ajudar.

-COMO!? COMO POSSO AJUDAR? Eu não sou o rei! Elas vão ser vendidas, VENDIDAS! E eu não posso ajudar nenhuma!

Lewis viu seu amigo ir embora, ele sabia que era melhor não ir atrás. Ele suspirou, o vento frio bateu em seu rosto,ele deveria saber que isso daria errado, como não daria?  Mas, inesperadamente um som o fez olhar para baixo, não era um som assustador, na verdade era conhecido, em baixo de seus pés estava Christopher, o gato da princesa Annie, o bichano preto olhou para o servo e miou, o gato foi andando na direção da taverna sendo vigiado por Lewis, Christopher virou sua cabeça, encarou Lewis e voltou  a andar , ele seguiu o gato até dentro da taverna,  Lewis percebeu que duas das moças já tinham sido vendidas,ainda faltava quatro garotas. Ele começou a procurar seu amigo, será que Joshua se importa com elas? Foi o que pensou. Ele só queria ir embora o mais rápido possível, foi quando venderam mais uma moça que Lewis notou, o gato estava atrás de uma delas, ela escondia seu rosto, o gato olhou para ela e depois para ele, algo dentro dele o fez ir falar com o encarregado daquilo tudo, ele foi até o homem que fazia as apostas, todos tinham parado de fazer as apostas para beber um pouco, os que compraram as três garotas foram embora com elas, ele se encheu de coragem para fazer algo que nem ele sabia o do porque está fazendo aquilo.

-com licença. O senhor é o que está vendendo elas?-perguntou quase sem fôlego.

-sim, como posso ajuda-lo?

-eu quero comprar uma.

-qual delas?

-a ultima da fila, a que está escondendo seu rosto.

O vendedor olhou curioso, na verdade se sentiu bem feliz, ninguém tinha demonstrado interesse nela, e ele não queria peso morto, então se sentiu bem feliz de vender ela pelo preço mais baixo que arranjou, Lewis viu o homem a arrastar com força para perto dele, ele deu o cabo da corda que prendia os pulso da garota, os dois foram embora da taverna, ela não falou nada, apenas andou o mais longe que podia dele, Christopher seguia os dois, quando os dois estavam bem longe daquele lugar, ele se virou, se aproximou dela, e começou a desamarrar ela, a jovem tremia, mas parou quando viu que o homem que a comprou sorria.

-olha eu vou ser direto, eu sei que você não gosta de mim, mas, você não tem outra opção, se você  tentar ir embora eles irão te pegar de volta, então eu irei te dar esse conselho: esqueça sua antiga vida. Agora você trabalha comigo no castelo.


Frágil como PorcelanaOnde histórias criam vida. Descubra agora