Capítulo 20

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Ficaria muito feliz com votos e comentários.
Boa leitura!
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》Bom dia! Hora de acordar amor! – a voz de Shawn chegou como a melhor das músicas aos ouvidos da namorada, que ainda não estava completamente acordada.

O coração de Letícia falhou uma batida quando ela abriu os olhos e teve a visão de Shawn sorridente, sentado na beira da cama e levemente inclinado em cima dela, as mãos apoiadas no colchão ao lado de sua cabeça. As cortinas estavam meio abertas, o que permitia que a luz do sol da manhã entrasse, iluminando o rapaz em um ângulo perfeito. Ela sorriu tão grande que suas bochechas doeram, não evitando comparar o namorado com o mais perfeito dos anjos.

》Bom dia meu amor – ela disse sorrindo depois dele se inclinar e deixar um beijo carinhoso em sua lábios. Ambos riram quando a barriga dela fez um som muito alto, indicando que ela estava faminta.

》Aqui, eu trouxe o café. – ele disse se levantando e pegando uma bandeja de madeira de cima de uma mesa. Nela havia panquecas com morangos, café, suco de laranja, yorgut com mel, bolo, torradas com geleia, ovos mexidos e bacon. Ela arqueou uma sobrancelha pro namorado, como se dissesse que não havia como ela conseguir comer a metade de tudo aquilo.

Shawn sabia que se bobeasse  ela comia até a parte dele.

》Ei amor, feche os olhos, por favor. – ele disse quando ambos terminaram de comer, quebrando o silêncio confortável em que eles estavam até então.

》Por que? – ela perguntou já começando a rir.
Shawn se perguntou se algum dia entenderia porquê ela ria de tudo.
Provavelmente não.

》Apenas feche. – ele disse já rindo também, contagiado pela risada da moça.
Assim ela fez, abrindo só quando ele disse que já podia. A primeira coisa que viu foi a pequena caixa prata que o rapaz tinha posto em suas mãos. Shawn já não estava sentado à sua frente, mas ela podia sentir seus braços ao redor da sua cintura e seu queixo apoiado em um de seus ombros, já que ele a abraçava por trás.

》Oh meu Deus! É linda Shawn, obrigado! – dentro da caixa havia uma delicada pulseira de prata, daquelas que você pode colocar pingentes personalizados. Ela delicadamente a virou nas mãos, observando os pequenos pingentes que já estavam ali. Havia um pequeno coração vermelho, uma nota musical, uma pequena bandeira do Brasil e uma do Canadá, uma pequena guitarra e um vestido azul.

》Você pode trocar os pingentes se quiser, ou adicionar mais. Você gostou? – ele perguntou, não conseguindo disfarçar o nervosismo com a ideia da garota ter odiado o presente.

》Ah Shawn, eu amei. Pode por em mim? – ela perguntou se virando, ainda nos braços dele, e o beijando antes de estender o braço pra que ele prendesse a  pulseira em seu pulso.

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》Senhorita Sales? Há um rapaz aqui pedindo pra vê-la. – a secretária falou, com só metade do corpo dentro da sala da moça.
Maria levantou os olhos da mesa digital aonde trabalhava e franziu o cenho, estranhando a visita inesperada.

》Okay Isabel, eu já estou indo. Sirva a ele um café ou coisa assim, por favor. – a mulher concordou com a cabeça e se retirou.

》O que faz aqui? – ela perguntou um pouco espantada por encontrar Nash sentado em uma das poltronas da recepção, totalmente lindo com seus olhos azuis brilhando em entusiasmo.
No momento em que as palavras saíram de sua boca ela se arrependeu, com medo de ter sido grossa.

》Desculpe se te atrapalhei, mas já está meio tarde e eu pensei que talvez você não gostaria de almoçar ou tomar um café comigo. – ele disse com uma risada ligeiramente nervosa.

Ela sorriu. Realmente, estava faminta, e a companhia dele era sempre muito boa. Depois de toda a emoção da noite anterior, ela agradecia a oportunidade de só conversar e esquecer os problemas.

》Eu adoraria. – ela o respondeu sorrindo, vendo o sorriso dele se alargar imediatamente.

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》Eu não vou andar com seguranças Shawn! – Letícia falou alto de dentro do closet, para que o namorado pudesse ouvi-la do quarto.

》Letícia, por favor. A Luiza me explicou toda aquela questão do tal de Lucas e, amor, ele pode ser perigoso. Por favor, é só um. Você nem vai perceber que ele está lá, vai ser só por garantia.

》Shawn, escuta. Mesmo que ele seja discreto, ainda vai estar lá. Ainda vai precisar estar comigo o dia inteiro. Sério que você acha que isso vai ser fácil lá na empresa? – ela perguntou saindo do closet e caminhando até o namorado, se sentando no colo dele. Em um segundo seus braços estavam em volta dela, suas mãos na tão conhecida cintura dela.

》Nós podemos tentar, não? Por favor amor, eu preciso saber que você está segura. – ele disse baixinho, fazendo carinho nos cabelos dela quando a moça encostou a cabeça no ombro dele.
Letícia finalmente concordou, emburrada, e ele sorriu feliz.

Sabia que ela odiava seguranças, mas era necessário. Ele não deixaria que ela ficasse sozinha, exposta a todo o tipo de perigo. Ainda mais agora.

》Vamos, eu já estou atrasada. – ela disse animada, se levantando e andando até a porta do quarto. Shawn riu da repentina mudança de humor dela, se levantando e a seguindo.

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》Okay, okay. E porque o símbolo de áries? – Nash perguntou, tentando se recuperar de uma crise de riso. Luiza tomou um minuto ou dois, recuperando o fôlego depois de rir tanto, antes de responder o rapaz.

》É um signo que está bem presente na minha vida sabe. A minha mãe, a minha avó, a minha melhor amiga... Todas são arianas. – ela respondeu, lançando uma olhada a pequena tatuagem que ela tinha no pulso esquerdo, um delicado signo de áries.
Ele sorriu observando o olhar que ela dava ao pequeno desenho no próprio pulso, como se visse muito mais do que o desenho.

》Todas as suas tatuagens tem significado? – ela assentiu com a cabeça, bebendo um gole do seu café. – E quantas você tem ao todo?

》Ham, tem esse símbolo de áries; tem esses dois corações na lateral do pulso direito, que fazem par com a da Letícia; tem uma âncora no meu pé; um Yin Yang atrás da minha orelha direita; uma frase no pulso direito, que eu fiz pra minha mãe; esses triângulos que combinam com as da Letícia e da Lana. Só essas seis por enquanto. – ela sorriu quando terminou, achando graça da boca aberta do rapaz a sua frente. Ele parecia espantado, tanto que demorou alguns minutos pra continuar bebendo seu café.

》Quando você começou a fazer tatuagens?

》Eu fiz a primeira com 18, uns dias depois do meu aniversário. As outras eu só fiz depois dos 19 mesmo. – ela deu de ombros, achando aquilo totalmente normal.
Nash estava um pouco espantado. Ele tinha 20 anos também, era apenas uns 2 meses mais novos que Luiza, mas não tinha uma linha desenhada no corpo. Talvez, e apenas talvez, ele não fosse fã da idéia de agulhas o perfurando e enfiando tinta por debaixo da sua pele.

Ele acentiu com a cabeça e  deixou de lado o assunto das tatuagens dela, logo puxando outro, como eles estavam fazendo a quase uma hora.
E assim eles passaram aquelas horas, comendo, conversando e rindo.

No final, antes de entrar no carro, Luiza agradeceu pela ótima companhia e pela oportunidade de esquecer os problemas.

》É sempre um prazer – ele disse simplesmente, chegando mais perto do que era realmente necessário. Um grande sorriso gentil sempre em seus lábios.

A moça foi surpreendida pelos lábios grossos e macios de Nash sobre os seus, em um beijo casto e calmo. Ela fechou os olhos, aproveitando o contato.
Quando a língua dele tocou seu lábio inferior, delicadamente pedindo passagem, ela abriu minimamente a boca e encontrou a língua dele com a sua própria, correspondendo ao seu beijo.

Eles se separaram depois do que pareceu uma eternidade, com sorrisos calmos em seus rostos. Ela podia sentir o aperto agradável das mãos grandes dele em sua cintura, a mantendo perto.

Quando elas tinham achado seu caminho até ali?

Não importava. Não realmente. Ela queria que elas ficassem ali mais um pouco.

》Acho que você tem que ir não é? Não queremos que você se atrase. – Nash disse em voz baixa, um enorme sorriso ainda em seus lábios. Suas mãos ainda estavam estavam na cintura da garota a sua frente, a segurando próxima a ele, contradizendo suas palavras. Seus polegares lentamente desenhavam círculos por cima da camiseta dela em um carinho lento. Maria também não mexeu um músculo pra se afastar.

》Sim, você tem razão. Eu ainda tenho um projeto importante pra terminar em menos de dois dias, não posso me atrasar. – Nash concordou com a cabeça e ela finalmente deu um passo pra trás, se afastando dele. Luiza sorriu o mais brilhante dos sorrisos antes de entrar no carro. Aquele sorriso que fazia seus olhos diminuírem e parecerem mais escuros, profundos, misteriosos.
O sorriso pelo qual o rapaz estava encantado.

Nash ficou ali, parado na calçada do centro de Toronto no frio daquela tarde, vendo a Range Rover da garota se afastar. E ele sorriu de novo, tocando seus lábios e repassando mentalmente o beijo de alguns minutos atrás.

Assim ele se virou e começou a caminhar, sem nem perceber o sorriso bobo que tinha nos lábios.

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》Maria, eu não tô mais entendendo esse filme. – Letícia falou naquela noite, quando ela e a amiga estavam vendo um filme qualquer, jogadas no sofá da sala. – Maria, você tá ouvindo? – ela perguntou quando viu a garota mais velha olhando fixamente o celular, parecendo bem deligada.

》Ham? Ah, o filme. Você quer que eu volte um pouco? – ela falou quando finalmente soltou o celular, depois de digitar alguma coisa. Letícia concordou, uma sobrancelha arqueada em curiosidade. Maria estava sorrindo pra um filme de drama depois de olhar pro celular.

Infelizmente pra ela, a garota não falou mais nada, apenas continuou assistindo o filme é comendo sua pipoca.

Letícia jurou a si mesma que ia descobrir o que estava acontecendo.

De: Nash- Amei a tarde hoje. Espero que você tenha gostado o suficiente pra que ela se repita.
Boa noite ;D

Em resposta a: Nash- Eu adorei, e também espero que se repita.
Boa noite :)

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