Capítulo 1

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Agora faziam duas semanas que elas eram ricas, e Letícia ainda estava se acostumando.

Parecia tão fácil pra Luiza. Mas a amiga sempre fora mais controlada, mais rígida.

As vezes ela não sabia o que fazer. Então simplesmente era a doida natural de sempre, e dane-se se isso era um problema. E Maria tinha dito que ela só precisava ser ela mesma.

Tinham feito muito nessas duas semanas, e ela estava exausta, mas muito feliz. Tinham resolvido a questão das faculdades, que elas tinham cursado apenas um bimestre, e optaram por cancelar as matrículas e se inscrever em outras, a distância e no Canadá. Moda pra ela, arquitetura para a amiga.

Elas estavam em um avião agora, rumo a Toronto, Canadá. Luiza já se encontrava com seus fones de ouvido e um livro aberto nas mãos. Totalmente desligada do mundo.

Ela também estava ouvindo música, seu artista predileto desde que era adolescente, Shawn Mendes. Mas não conseguia prestar atenção nisso agora.

No momento ela agradecia muito a Deus por ter feito todo aquele curso de inglês quando era adolescente. Tanto ela quanto Maria falavam muito bem a língua.

Maria Luiza. Sua melhor amiga a tanto tempo agora que ela mal se lembrava quanto. Uma irmã, e uma mãe as vezes. Ela encarou a pequena tatuagem no pulso da amiga, tatuagem essa que fazia par com uma no seu próprio pulso. Ela estava muito feliz de tê-la ao seu lado agora.

Deus, ela ainda se lembrava de quando elas estavam na escola e sonhavam com esse dia. Dinheiro, um bom visual, as faculdades que queriam, bons empregos.

Elas estavam trilhando seus caminhos pra isso agora.

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10 horas e meia depois, elas desembarcavam no Pearson International Airport.

Estava frio em Toronto. Era começo de novembro agora e o outono já se mostrava presente por ali. Forte e rigoroso. Enquanto em São Paulo a primavera ainda estava em seu auge.

Elas iam demorar pra se acostumar com as coisas daqui.

Um táxi as levou até a porta do incrível condomínio de luxo em que ficava o novo apartamento delas. Um enorme letreiro de um material que ela não fazia ideia do que era anunciava: Pearl House.
O que ela podia esperar, além de luxo? Luiza escolhera o lugar.

Elas pagaram o táxi e saíram, cada uma carregando uma mala e uma bolsa. Pra que elas trariam muitas roupas na bagagem quando poderiam compra-las ali?

Um porteiro gentil e que parecia saído de uma revista se aproximou para dar as boas vindas e ajuda-las com as malas. Então elas se dirigiram até o 15° andar. Aquele prédio tinha apenas 20 andares , pois elas não queriam um lugar muito alto.

Chame de paranóia.

Assim que o porteiro lindo deixou as malas na sala e saiu lhes lançando um sorriso, elas se entre olharam e saíram correndo para explorar a nova casa.

Jesus Cristo, era como em um sonho.

As grandes portas de mogno se abriam para uma sala de estar incrível, toda decorada em bege e com uma grande tv de tela plana em uma das paredes.
Além de um pé direito duplo que emocionou a menina mais velha.

Elas olharam para o grande sofá e, ao mesmo tempo, correram e se jogaram nele. Rindo como hienas drogadas, é claro.

Olhando de novo, elas notaram uma escada também de mogno no fundo da sala e uma passagem muito ampla para o que elas supunham ser a cozinha.

E é claro que as enormes janelas que tomavam toda a parede esquerda do apartamento, do chão ao teto do segundo andar, não poderiam passar despercebidas. Entre elas, elas perceberam que havia uma porta também de vidro que levava a uma varanda enorme e muito bem decorada, em perfeita harmonia com a sala.
Tudo podia ser fechado com grandes persianas claras controladas por um controle remoto.

Continuando a explorar, elas descobriram que a passagem na sala de estar não levava a cozinha, mas a uma sala de jantar despojada e decorada com toques de azul. Uma grande mesa para 10 lugares que parecia grande demais para elas marcava presença no espaço.

A cozinha era mais do que impressionante. Ela era quase toda decorada em branco, com bancadas de mármore claro, eletrodomésticos de aço inoxidável, e alguns detalhes em azul, como na sala de jantar.
Um balcão de mármore ligava a cozinha e a sala de estar. Elas nem tinham reparado nele do outro lado.

Depois disso elas dispararam pro andar de cima e abriram a primeira porta que viram.
Era o quarto de Luiza.

Ele era decorado em azul escuro e branco, com uma grande cama de madeira clara encostada no meio da parede esquerda do quarto ladeada por dois criados mudos do mesmo material, com abajures brancos em cima. Um lindo tapete felpudo branco estava aos pés da cama. Na mesma parede havia uma porta discreta que levava a um grande closet ainda vazio.

Bem a frente, na parede oposta à porta, uma escrivaninha de madeira clara estava na frente de grandes janelas que tomavam toda a parede e que podiam ser fechadas ao puxar grandes cortinas brancas. Um lindo notebook 2 em 1 dourado estava em cima da escrivaninha.

Na parede direita, na frente da cama, estava uma penteadeira cheia de perfumes, maquiagens e outras coisas do tipo. Ao seu lado havia uma porta que levava a um magnífico banheiro.

Na mesma parede da porta, havia uma grande estante de livros, cheia com os mais variados exemplares. No outro canto, perto das janelas, uma poltrona que parecia extremamente confortável estava posicionada ao lado de uma luminária de pé que permitia que aquele canto tivesse luz mesmo quando o resto do quarto estivesse escuro.

Luiza nunca mais iria querer sair daquele quarto assim.

Em seguida vinham os dois quartos de hóspedes. Ambos eram decorados com temas mais neutros, em tons de amarelo e marrom claro, mas nem por isso eram menos impressionantes. Grandes lustres proporcionavam a iluminação e as camas pareciam tão confortáveis quanto o abraço de um anjo.

O ultimo quarto era o de Letícia. O lugar era todo decorado em preto e branco.

Logo de cara era vista uma cama de madeira escura, encostada a parede em frente a porta, ladeada por criados mudos do mesmo material, com abajures brancos em cima. Sobre um deles havia um muito bonito notebook 2 em 1 preto. Um incrível tapete também preto se estendia no centro do quarto.

As grandes janelas da sala de estar se repetiam ali, em toda a parede esquerda do quarto, atrás de uma escrivaninha de madeira escura com uma cadeira confortável, para que ela pudesse desenhar olhando a vista.

Na parede oposta às janelas estava uma penteadeira com perfumes, maquiagem e vários outros produtos. Ao seu lado haviam duas portas. Uma levando a um magnífico banheiro e a outra até um grande closet ainda vazio.

Ela definitivamente amava aquele quarto!

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